Fanfic: Paixão incontrolável | Tema: LevyRroni

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Will deu um grande gole. Em seguida, pegou as alianças e ajoelhou-se diante dela.

WLevy— É minha vez.  Pôs a aliança menor em seu anular e lhe passou a outra para que ela a colocasse nele. Quando ficou de pé, Will a beijou mais uma vez, o que provocou mais manifestações de parabéns. — Maite, quero que seja minha esposa.   Mas...  Ergueu o braço antes que ela concordasse.   ...precisa saber de uma coisa, primeiro.   Eu vou sair da polícia.

Ela sorriu. Já esperava por essa decisão. Will era um excelente policial, porém a realidade do sistema e o fato de não poder impedir os males provocados a inocentes pelos bandidos haviam acabado com sua dedicação. Nos últimos seis meses, Will buscara uma solução e, pelo jeito que seus olhos brilhavam, encontrara-a.

MPerroni— Céus... Diga-me que não planeja deixar que eu sustente a casa — Maite brincou.

WLevy— Você já cuidou demais de outras pessoas. Minha irmã está trabalhando em outra área, agora. É assistente de produção em Los Angeles, e eles vão filmar uma nova série aqui... E é sobre policiais. Precisam de um consultor, e pagam bem. Também estou de olho em outra profissão, mas pode ser um capricho, pois poderia levar anos até eu ganhar um centavo.

MPerroni— Parece o trabalho de escritor...

WLevy— E é.

MPerroni— O quê?!

Will pôs a mão na bolsa dela e apanhou a lista de alunos.

WLevy— Não deu uma olhada nisto, deu?

Maite tomou-lhe a folha. Não, não tinha lido. Estivera muito envolvida com o livro para verificar uma lista de nomes que não teriam significado a não ser quando conhecesse as pessoas. E ali estava, o antepenúltimo nome:  Levy, William.

MPerroni— Você vai assistir a minhas aulas?

Ele cruzou os braços.

WLevy— É justo. Eu lhe dei aulas, lhe ensinei. Agora é a sua vez... você pode retribuir. Ouvi falar que haveria uma vaga para o gênero de mistério...

Dirigiram-se para a porta. Will ignorou o espanto de Maite, que a impedia de falar. Ela desconfiava que se tratasse de uma brincadeiira dele, mas não ligava. Will a ajudou a vestir a jaqueta preta que lhe dera no Natal, mais uma prova de que a mente de ambos funcionava em sintonia.

WLevy— Na realidade, Sherlyn pretende escrever alguns roteiros para a série, mas não posso deixar que ela faça tudo. E, apesar de eu saber muito sobre polícia, não sei como escrever. Desse modo, me matriculei em seu curso. Talvez até me saia bem.

Deixaram o restaurante. Era um típico dia de inverno da Flórida. Maite o fez parar. A brisa fria não diminuía o calor que sentia no ventre.

MPerroni— Quer mesmo escrever, ou é só uma desculpa para ficarmos mais tempo juntos?  Ela ficaria feliz, qualquer que fosse o motivo, mas o salto de policial para escritor parecia tão grande que queria entender bem a escolha dele. Algumas coisas não mudavam nunca...

WLevy— Há tempos que penso nisso. Eu também escrevia, quando criança. Então, quando você disse em minha aula que policiais e escritores raciocinam do mesmo modo e que meus casos poderiam inspirar idéias interessantes, escrever me pareceu um desafio. Não se importa por eu invadir sua área, não é?

Maite o enlaçou pelo pescoço e ficou nas pontas dos pés para lhe dar um beijo.

MPerroni— Ao contrário. Gosto disso. — Sorriu, sabendo que Will entenderia seu tom malicioso. — Penso em todas as formas interessantes com que posso motivar sua obra. Mas você deve saber, sou uma professora durona.

Will a abraçou forte.

WLevy— Já ouvi falar. Eu lhe disse que meu primeiro mistério terá ótimo sexo também? Fazer a lição de casa sozinho poderia me matar.

Antes de beijá-la de novo, dessa vez com a lentidão dolorosa e ardente, que fora a primeira lição de Maite sobre o poder da expectativa, ela murmurou:

MPerroni— Sim, mas isso nunca vai acontecer...