Fanfic: DyC Vida Bandida

Capítulo 3

Dul: Que ridículo...
Chris: (com cara de besta) Por que ridículo? Essas coisas podem acontecer.
Dul: Realmente, podem acontecer em cinema e novelas, além de algum livro policial... mas na vida real meu caro, as coisas são bem mais complicadas.
Chris: Ah é? E por quê?
Dulce hesitou. Não sabia se podia revelar o que queria, poderia ser prejudicial para o caso. Ela torceu para fazer o correto e arriscou em revelar parte do que sabia.
Dul: Suas digitais estavam por toda a casa, inclusive nas armas e nos corpos... além disso, vizinhos ouviram vc e temos uma fita gravada como prova da acusação... então meu caro, não me enrola que não cola.
Chris: Inferno! Tudo foi muito bem planejado...
Dul: Ahhh foi... (com cara de cínica) veja bem Sr. Uckermann, várias provas depõem contra vc... a menos que o seu advogado seja muito bom...
Chris: Fuzz.
Dulce: Como?
Chris: Fuzz Malo. É ela quem vai me defender.
Dulce bufou. Fuzz era a melhor advogada de defesa do México. As duas foram colegas e eram amigas, mas rivais mortais no trabalho. As duas eram conhecidas, as duas tinham mais ou menos o memo número de vitórias e derrotas, geralmente perdendo para a outra. Dulce bufou mais uma vez. Por mais segura que estivesse, Fuzz era uma excelente advogada e com seus engenhos poderia tirar Christopher daquela. Ela não poderia ir para o julgamento com tranquilidade, precisaria armar uma incrível acusação, provas e tudo o mais.
Chris: Pela sua cara escolhi bem.
Dul: Incrivelmente bem... saco, a Fuzz conseguiu me bater no último julgamento... mas pelo menos vou ter a minha revanche.
Chris: Estou vendo que não consegui fazer vc desistir da idéia de abandonar o julgamento...
Dul: Já falei, não abandono esse julgamento por nada... a Fuzz é apenas um incentivo a mais...
Chris: Não acredita na minha história?
Dul: (dando uma piscadinha) Vc acredita nela?

Chris: Sei que parece loucura mas...
Dul: É loucura... mas não é apenas isso que estou levando em conta.
Chris: (surpreso) O que vc está levando em conta?
Dul: Seus amiguinhos... (ela dá um sorrisinho) muitos deles eu mandei para a cadeia.
Chris: O que vc quer dizer com isso?
Dul: Que alguém que é amigo do Tony (ela joga uma foto para ele onde aparece Tony e Poncho tomando um café em um boteco) não merece a mínima confiança. Apenas o desprezo.
Chris: (se dando por vencido) Entendo... então vc veio aqui disposta a dizer um não, nunca cogitou em me ouvir?
Dul: E descobrir quem é a advogada... é muito do estilo da Fuzz aparecer no último momento e se apresentar a corte, acabando assim com toda a estratégia da promotoria. Mas graças à vc, me poupou um enorme trabalho.
Chris: Mas vc também revelou informações importantes...
Dul: Nada que a Fuzz já não soubesse (ela deu uma risadinha e pensou 2 a 0).
Chris: Entendo... (ele deu uma risada apesar da sua situação) de qualquer maneira foi uma tarde agradável Srta. Saviñon...
Dul: Não posso dizer o mesmo... (ela joga os cabelos para trás) Acho essa frase meia clichê, mas nos vemos nos tribunais Sr. Uckermann. (ela sai)
Chris: (pensando) Ou talvez nos veremos bem antes disso Dulce Maria.

Dulce saiu da prisão dando um sorriso de orelha a orelha. Assim que Peter a obrigou a ir na visita, Dulce se preparou para saber o que enfrentaria. Demonstrara seu lado doce, mas no fundo apenas queria saber se Fuzz pegaria ou não esse caso. Ao atravessar a rua se deparou com seu primo Christian, esperando por ela. Dulce deu um sorriso de parar o trânsito (o que realmente aconteceu) e se dirigiu para encontrar o primo.

Dul: Priminho uva passa, como vc anda?
Christian: Pelo seu bom humor vc se saiu bem nessa visita intrigante.
Dul: Acertou em cheio. (ela dá um beijo no rosto de Christian) Vc deveria ter ido, perdeu a manhã inteira me esperando.
Christian: Mas valeu a pena... vc sabe que eu te adoro minha prima querida... posso passar o dia inteiro te esperando.
Dul: (cortando a empolgação) É, mas tanto vc quanto eu temos que trabalhar meu caro. E se eu tivesse ficado o dia inteiro com aquele cara, eu enloquecia.
Christian: E então, como ele é? Frio e calculista como todos os assassinos?
Dul: Na realidade não. Ele tem uma calma e uma segurança a sua inocência que chegou a me deixar desnorteada. Se ele não fosse amiguinho do Tony, eu chegaria a acreditar que ele é inocente.
Christian: Mas por que ele queria te ver?
Dul: Queria que eu saísse do caso... acredita nisso? (ela deu a volta e entrou no carro)
Christian: Ele só pode estar doido... (Christian entrou no carro e deu a partida)
Dul: Foi o que eu disse... mas tudo bem primo eu me saí bem nessa... o cara não sabe o que o atingiu até agora.
Christian: Duplamente. Quando ele te viu deve ter babado.
Dul: Também acho. (deu uma risada) Bom, se vc puder me deixar no fórum, me faria um grande favor Christian. Um dia eu ainda me compro um carro. Sou famosa, mas ganho mal.

Christian: Não me custa nada. A Maite me pediu para confirmar se vc vai jantar na casa dela...
Dul: Sim, é que eu moro tão longe da casa dela que se eu não avisar com uma semana de antecedência ela não tem certeza da minha chegada... avisa ela que eu vou e lembre ela que eu moro dois andares a cima do apartamento dela.
Christian: Aviso sim.(rindo) Vc conhece a Maite, sempre organizada...
Dul: (completando) ... ao extremo. Hoje vou colocar os pés em cima da mesa e ver como ela reage.
Christian: Minha mana te mata...
Dul: Ela não teria coragem... Maite é o legítimo Pincher: late, late, late mas nunca morde... e quando morde, sequer chega a fazer cosquinha....

Enquanto isso, um grupo de andarilhos estavam chegando na Cidade do México naquele instante. Eles eram ciganos, ficavam menos de dois meses em cada lugar e viviam se mudando. Anahí, a filha mais velha do líder estava procurando um lugar onde eles pudessem armar acampamento. Usando um vestido rodado vermelho, brincos enormes em forma de argolas e pulseiras em todos os braços, além de uma corrente em forma de estrela, Anahí se perguntou mais uma vez porque convencera seu pai a irem para a Cidade do México. Sabia que o pai odiava os grandes centros, onde o preconceito contra eles era maior, mas sentiu que precisava fazer isso. Mais uma vez ela retirou o jornal surrado onde aparecia a foto de Christopher e releu a matéria, mas desistiu quando chegou na metade. Jogou o jornal fora e finalmente achou um terreno baldio. Avisou seu pai e rapidamente eles foram para lá.

Any: Acho que aqui está bom. O que vc acha papai?
Pai: Para mim está bom filha... apenas não sei por que insistiu em vir para cá. Sabe como odiamos as grandes metrópoles...
Any: Não ficaremos aqui mais do que o necessário papai. Eu vim aqui... porque preciso ajudar um velho amigo.
Pai: Não costumamos nos meter nos assuntos alheios minha filha... ficaremos aqui um mês e seguiremos nosso rumo como o vento... se quer realmente ajudar seu amigo, precisará ser rápida.
Any: Não acredito que poderei ajudá-lo em um mês. Papai, te peço como sua filha e como membro da tribo: por favor, preciso ficar aqui até que esse assunto se resolva. Meu coração não terá paz se eu não ajudá-lo.
Pai: Não quero ser o responsável pela inquietação da minha filha. Tudo bem, farei a sua vontade. Cidade do México pode nos trazer algum lucro, afinal há bastante gente supersticiosa e que gosta dos costumes dos ciganos... talvez no fim as metrópoles sejam melhor do que aparentam.
Any: (dando um sorriso) Obrigada por se esforçar papai... juro que trabalharei o dobro para pagar o inconveniente...

Pai: Apenas quero que o que atormenta a minha filha seja resolvido. (ele dá um beijo no rosto de Anahí) Vamos descansar e amanhã começamos a nos estabelecer. Quanto tempo ficaremos aqui?
Any: Não sei... talvez mais de três meses, dependendo do curso da história.
Pai: Três meses é demais para nós Any... mas se somente assim vc se livrará da angústia, ficaremos aqui o tempo necessário... como líder dessa tribo, os outros sem dúvida respeitarão a minha decisão.
Any: Mais uma vez obrigada papai... resolverei essa história o mais rápido possível.