Fanfic: El hechizo | Tema: Trendy / Dulce e Poncho

Capítulo 10

Esfregou os olhos e logo os abriu. Olhou para o lado, Alfonso não estava mais na cama. Levantou-se e caminhou até o banheiro a fim de arrumar-se para descer.

Quando ia saindo do quarto, um empregado uniformizado bateu na porta e entrou. Carregava uma bandeja com um lindo café da manhã, havia torradas, pães, requeijão, suco, café e frutas.

-O Sr. Alfonso pediu para trazer-lhe isso. -colocou a bandeja no criado mudo.

-Mas por quê? Pensei que íamos tomar café juntos.

-Ele saiu com os amigos. Volta em breve.

-Isso faz tempo? -pegou a bandeja de café da manhã.

-Não muito. Quer que a senhorita fique no quarto, disse que precisa descansar pelo que aconteceu ontem. -explicou. -Bom, preciso ir. Bom apetite. -saiu.

Fez a primeira refeição do dia na cama. Esperou que ele viesse até o quarto, mas já era meio dia e nada. Então decidiu ver se ele já havia chegado. Desceu as escadas. Procurou por alguns instantes, a casa parecia estar vazia, mas foi na sala de estar que encontrou ele e todos seus amigos, inclusive Marcela.

-Meu amor, pensei que estava dormindo. -aproximou-se e a beijou.

-Estava te esperando.

-Oi, Dulce. -sorriu Marcela com a mesma cara de cínica de sempre. -Tudo bem?

-Tudo. -respondeu sem expressão alguma.

-Bom, vamos subir um pouco? -ele disse enquanto passava o braço por cima do ombro dela.

-Vamos.

-Galera, já voltamos. Fiquem à vontade. Nos vemos daqui a pouco no almoço.

Ficaram deitados juntos até a hora do almoço, que não estava muito longe. Então desceram até a sala de jantar e todos já estavam lá.

Assim que terminaram a refeição, ele e seus amigos foram andar a cavalo. Dulce ficou na casa com Laura e Marcela.

-Então vocês estão namorando? Mudou seu discurso rápido desde a noite na boate, não é? -Marcela fez questão de provocar.

-Isso não é assunto seu. -respirou fundo e tentou ser o menos grossa possível.

-Não sabe no que está se metendo. -riu.

-Ah eu sei sim, mas agüento. -confirmou com um tom irônico.

-Não digo por ele ser um galinha, mas pela imprensa e essas coisas.

-Ah muito obrigada por me avisar, Marcela. -disse ironicamente.

-Odeio ironia.

-Odeio gente intrometida. -levantou-se. -Laura será que pode vir comigo? Preciso de uma ajudinha.

-Claro, Dulce. -a seguiu.

Ficaram a tarde na piscina, em seguida foram todos na área dos animais, viram os coelhos, as aves, etc. Dulce e Alfonso passaram longe dos cavalos.

Enquanto voltavam pra casa principal, ele se lembrou:

-Te disse que íamos a um lugar especial ontem e por causa do acidente não deu certo, mas podemos ir agora, o que acha? -sugeriu.

-Claro. Aonde vamos? -perguntou curiosa.

-Segredo. -pegou-a pela mão e foram juntos até o chalé.

Estava iluminado pelos últimos raios de sol. Era uma casinha pequena e super confortável. Tinha uma vista linda.

-É maravilhoso! -exclamou cheia de entusiasmo.

-Sempre quando venho pra cá, fico aqui pensando na vida, descansando, ouvindo música, lendo e essas coisas. E agora tenho alguém pra me fazer companhia. -sorriu.

-Mas não vamos ficar fazendo essas coisas, certo? -sorriu maliciosamente.

-É claro que não. -beijou-a com um sorriso nos lábios. -Vamos fazer coisas melhores.

Deitaram-se no amontoado de almofadas e curtiram o momento. Muitos beijos, abraços, carícias. Observaram o pôr do sol em um clima romântico.

-Queria poder ficar aqui com você pra sempre. -disse ela apoiando a cabeça no ombro dele.

-E por que não fica? Podemos ficar mais um dia. Mando todos os empregados embora e os meus amigos amanhã já não estarão mais aqui.

-Não posso, tenho que trabalhar e você sabe disso.

-É uma pena. -beijou-a. -Poderia ficar perto de você pra sempre.

-Eu também. -sorriu.

Um silêncio permaneceu. Apenas pensavam o quão felizes estavam sendo.

-Amor? -quebrou o momento de quietude.

-Oi? –ela respondeu.

-Quero conhecer seus pais.

-Que? -sentou-se e o olhou. -Mas já? Está falando sério? -sorriu.

-Claro que estou. Quero conhecê-los imediatamente.

-Bom, então essa semana vamos arrumar um dia, eu prometo. -o beijou.

Ela se levantou com um pouco de dificuldade e foi até a janela observar a vista. Era indescritível, nunca havia presenciado algo tão lindo. O chalé ficava em uma parte alta do terreno e quando começou a observar melhor cada detalhe daquela paisagem, percebeu a altura em que estavam. Uma vertigem súbita tomou conta de si, seguida por um enjôo fortíssimo.

-Será que podemos ir? Já está ficando tarde. -pediu sem o olhar.

-Mas já? -levantou-se. -Está tudo bem?

-Sim, só fiquei um pouco tonta por causa da altura, mas só isso.

-Certeza? Não é por causa da queda de ontem? -preocupou-se.

-Não, nada a ver. -sabia que podia ser isso, mas não queria deixá-lo preocupado.

-Promete que essa semana, ou talvez amanhã mesmo vai fazer uma radiografia?

-Prometo. -e era verdade por que nesse momento até ela estava preocupada. Aquilo não era normal.

Desceram do chalé e foram para a casa principal. Uma hora depois todos se despediram da casa de campo.