Fanfic: El hechizo | Tema: Trendy / Dulce e Poncho

Capítulo 11

Seguindo o conselho de Alfonso, na segunda, Dulce foi ao médico. A radiografia mostrou que o tombo não havia causado dano algum. Contou ao doutor sobre os enjôos e tonturas, mas ele lhe disse que poderia ser apenas um mal estar e garantiu-lhe que não havia nada de mais acontecendo.

Não se viram até sexta feira, pois ele estava muito ocupado gravando um novo filme. Ela permaneceu na mesma rotina de sempre: trabalho e academia.

Os boatos agora não eram mais boatos. Uma foto dos dois se beijando na porta do prédio dela saiu em revistas e sites de fofocas. Era se como tudo estivesse sendo confirmado, estavam juntos mesmo. A imprensa só não sabia se era mais uma ou se era sério. A maioria dos sites acreditava que fosse sério, pois fontes próximas a ele diziam que o mesmo estaria muito apaixonado e que já estavam tendo algo há dois meses.

Agora quando saía na rua já podia notar a diferença. A olhavam diferente como se soubessem quem ela era. Quando seu expediente no banco chegava ao fim e ela ia para casa podia notar a presença de jornalistas, todos querendo filmar o novo amor de Alfonso. Um dia ao sair do serviço um repórter tentou entrevista-la, mas ela não permitiu, não combinava com sua personalidade. Às vezes sentia-se sufocada, mas isso era só o começo, sabia que iria piorar.

Na sexta a noite ele foi ao apartamento de Dulce. Pediram comida japonesa e alguns doces.

-Tem certeza de que quer conhecer meus pais? -perguntou um pouco insegura.

-Qual o problema com isso? Até parece que não quer.

-É que eles vão te assustar. -riu.

-Mas por quê? -riu também. -São extraterrestres?

-Quase isso. -fez graça. -É que quando contei pra minha mãe que estava namorando Alfonso Herrera ela quase surtou. Minha mãe é aquela mulher que adora paparicar as pessoas e garanto que com você será dez vezes mais.

-Mas isso não é ruim, adoro ser paparicado. E seu pai?

-Já sou grandinha, mas mesmo assim sou filha única e me ver namorando ainda o incomoda um pouco.

-Então ele não vai deixar que eu me aproxime da bebezinha dele? -riu. -Isso vai ser muito engraçado. Fica cada vez melhor.

-Hey sem debochar viu. -deu-lhe um tapinha no ombro. -Bom, então o almoço será no domingo. –ela contou.

-Almoço?

-É, quando disse que você iria, mamãe fez questão de preparar-lhe um almoço todo especial. -revirou os olhos. -Uma palhaçada, mas tudo bem.

-Já adorei sua mãe.

Foram interrompidos por um barulho crescente que vinha do lado de fora, talvez na rua. Dulce levantou-se e foi até a sacada e quando viu tudo aquilo entrou correndo e em desespero.

-O que foi? -ele perguntou ao ver a reação dela.

-Lá fora. -apontou pra varanda. -A rua está apinhava de gente da imprensa.

-Ai meu Deus. -correu para o vidro da varanda e observou por uma frestinha da cortina. -Não podemos fazer nada, a não ser ficarmos aqui quietinhos.

-E é tudo culpa sua.

-Minha por quê? -espantou-se. -Eu juro que não fiz nada.

-Fez sim, ficou famoso. -brincou.

-É que quem tem talento tem que mostrar né, meu bem. -a pegou pela cintura. -Agora vamos esquecer esses urubus ai fora e nos concentrarmos em algo lá no seu quarto. -sorriu com malícia.

-Acho uma boa idéia. -aproximou seus lábios dos dele a fim de beijá-lo, mas logo se esquivou.

-O que foi? -a soltou sem entender.

-Enjôo de novo. Eu preciso ir ao banheiro, me espera no quarto. -saiu apressada em direção ao banheiro.

-Mas você está bem? -a seguiu. -Fez a radiografia?

-Sim, fiz e está tudo bem, deve ter sido o sushi, não estou muito acostumada a comer. -trancou-se no banheiro.

Ele dormiu no apartamento dela e de manhã saiu para gravar. Voltou apenas à noite e dormiu outra vez com ela.

No domingo de manhã aprontaram-se para o almoço. Ao meio dia foram em direção a casa dos pais dela, que não ficava muito longe dali.

Era em um bairro um pouco mais humilde, mas não chegava a ser de classe baixa. A casa não era de luxo e nem grande. Possuía três quartos, dois banheiros, sala de estar e jantar e cozinha. Tudo era extremamente organizado e limpo, tudo muito bem cuidado.

Seus pais já não eram tão novos, estavam na casa dos cinqüenta anos e possuíam um ar de muita humildade. O trataram com muito respeito e bondade. Eram gente de bem, notava-se a quilômetros.

-Então você é o novo felizardo? -o pai, Fernando, lhe questionou. -Já vou logo dizendo que não pense que por ser quem é vai poder brincar com a minha menina, aqui as coisas são sérias...

-Fernando, assim vai assustar o rapaz. -dona Blanca advertiu o esposo.

-Se for homem mesmo não fica assustado. -Fernando garantiu arrancando uma gargalhada da filha.

-Eu te disse. -Dulce olhou para Alfonso. -Era melhor ter desistido enquanto era tempo. -riu.