Fanfic: El hechizo | Tema: Trendy / Dulce e Poncho

Capítulo 1

Era um buquê incrível. O mais bonito que já tinha visto. Provavelmente havia custado uma fortuna, "mas para ele não fará diferença alguma", pensou.

E era isso que aconteceria com tudo que mandasse: seria jogado no lixo, sem dó e nem piedade. Na verdade a única coisa que sentia era repulsa, um nojo incontrolável. Era isso que sentia quando um homem como ele, cheio de poder e consciente disso, tentava conquistá-la apenas por capricho, ou melhor, tentava forçá-la a fazer algo que não queria. Não seria mais uma em sua lista extensa, não deixaria que ninguém, principalmente ele, pensasse que poderia tê-la só por ser quem ele era.

Leu mais uma vez o pequeno cartão que acompanhava as flores e deu uma risadinha irônica ao se dar conta o quão falsas eram aquelas palavras.

Por fim, lançou o presente de desculpa na lata de lixo da lavanderia e voltou a se concentrar em seus afazeres.

Uma semana antes...

Foi em uma sexta feira, em uma balada muito bem freqüentada da Cidade do México, que tudo havia começado.

Suas amigas já haviam a alertado sobre quem estava lá. E era óbvio que não precisavam dizer quem ele era, pois ela já sabia, todos sabiam.

Ao contrário de suas acompanhantes, não deu a mínima, queria apenas aproveitar a noite, ele não faria diferença.

Sentou no bar enquanto esperava as meninas que haviam ido ao banheiro pela milésima vez. Notou um tumulto um pouco a frente, com certeza ele estava se aproximando. Ficou um pouco curiosa, mas nada que a fizesse levantar, afinal, já havia visto Alfonso Herrera milhares de vezes na televisão, frente a frente não seria muito diferente.

Os minutos passaram e continuava sozinha. Sentia como se estivesse sendo observada. Foi quando avistou ele e seus homens do outro lado da pista. Tornou a tomar o drink que havia pedido mais cedo.

Foi tirada de seus pensamentos quando uma sombra sentou-se ao seu lado. Era ele.

...

No sábado, ele ligou, mas não foi atendido.

Na segunda, uma caixa de bombons chegou.

Na terça, um urso pequeno.

Na quarta, um cartão.

Na quinta, outra ligação.

E hoje, sexta feira, o buquê.

Tudo foi ignorado, sem qualquer tipo de resposta. Ela sabia o que ele queria e não ia dar esse gostinho a ele.

Já estava CANSADA!

Agora...

Foi no domingo à tarde, enquanto lia deitava no sofá da sala, que a campainha tocou e pôs fim a tudo isso, ou talvez o começo de tudo isso.

Levantou-se um pouco sonolenta, o livro estava ficando cada vez mais chato, e caminhou até a porta. Era ele, outra vez. Estava bem ali, com três seguranças em seu alcance.

-Oi. -sorriu encantadoramente. -Desculpe vir sem avisar, é que não atendia minhas ligações e...

-Quem te deu meu telefone? Ou melhor, quem te deu meu endereço? -interrompeu bruscamente sem acreditar no que estava acontecendo.

-Eu... Eu consegui. -explicou. -Realmente espero que não se importe...

-Que eu não me importe? Mas é claro que me importo. Você tem me mandando tantas coisas, eu não quero nada daquilo. Espero que isso pare agora. Eu... Se me dá licença tenho mais o que fazer. -começou a fechar a porta, mas foi interrompida por um dos seguranças que segurou a grande muralha de madeira.

-Tudo bem, González. Posso cuidar disso sozinho. -agradeceu olhando para um de seus capangas. -Por favor, será que posso entrar? Podemos conversar por um instante? Será rápido e depois disso te deixo em paz.

-Ah, está bem. -cedeu. -Mas com uma condição: sem esses brutamontes.

Não tinha escolha, era pegar ou largar.