Fanfic: El hechizo | Tema: Trendy / Dulce e Poncho

Capítulo 18

-O que ele fez por você? Como te ajudou? E que história é essa de irmã? -sentou ao lado dela. Encararam-se.

-Não é nada. Não vê que ele só queria incomodar? Então inventou essas coisas. -tentou disfarçar, mas sua voz e sua expressão a entregavam.

-Dulce, você mesma agradeceu a ajuda, isso quer dizer que ela existiu.

-Vivi momentos lindos ao lado dele, é sobre isso que estava dizendo. –ela explicou.

-E isso de irmã? Você me disse que era filha única e...

-Não estou me sentindo bem. –o interrompeu. -Será que pode ir embora? Amanhã conversamos.

-Aí tem coisa, ah se tem. Devia me contar, devia confiar em mim.

-Olha, estou enjoada e tonta, agora não é hora, por favor. Vai embora. –ela se levantou e foi indo em direção a porta.

-Não entendo por que está me escondendo. Seja o que for, não vou te julgar, meu amor. –ele foi atrás dela.

-Amanhã, Alfonso, amanhã. -o acompanhou até a porta. -Tchau.

-Tchau. -a beijou rapidamente.

Assim que ele se foi, Dulce correu para o quarto. Abriu o guarda roupa e do fundo dele tirou uma caixa. Na caixa havia várias fotos. Pegou uma delas. Observou a fotografia de uma menininha que aparentava ter uns seis anos. Por fim, beijou a foto e guardou-a novamente.

Viram-se apenas dois dias depois. Alfonso ficou muito ocupado durante um tempo, pois seu novo filme iria estreiar em dois dias, mas claro que arrumou uma horinha para passar no apartamento de Dulce. E óbvio, queria terminar aquela conversa. Não conseguiu parar de pensar no que Rodrigo havia dito e na reação de Dulce, que mesmo negando, entregava-se. Algo tinha acontecido e ele estava disposto a descobrir.

Chegou durante a noite com comida italiana e um remédio para enjôo.

-Olha o que eu trouxe. –ele mostrou a sacola do restaurante italiano enquanto entrava.

-Hm que delícia! -os olhos dela chegaram a brilhar. -Estava morrendo de fome. -o beijou.

-Eu também estou. Vamos atacar imediatamente. -colocou a sacola na mesa e começou a separar a comida.

-Espero conseguir comer, pois ainda ando um pouco enjoada. -fez bico.

-Não tem problema. -colocou a mão no bolso. -Olha o que eu trouxe. -mostrou-lhe o remédio.

-Meu amor, você é tão maravilhoso. Obrigada. –ela sorriu agradecida.

Depois de desfrutarem a comida, que por sinal estava deliciosa, foram para o quarto e se deitaram. Ela apoiava a cabeça no peito dele.

-Quero te fazer um convite e não aceito não como resposta. –ele disse enquanto acariciava os cabelos dela.

-Diga.

-Daqui dois dias será a estréia do meu novo filme, quero que esteja presente. É uma espécie de festa, no final assistimos todos juntos à obra. O que acha?

-Não me agrada muito a idéia, pois haverá paparazzis e vão fazer um monte de perguntas se nos verem juntos. Mas é por uma boa causa, é importante pra você, eu vou. –ela decidiu.

-Obrigado, amor. -beijou-lhe a cabeça. -E não se preocupe com a imprensa, não daremos entrevistas.

-Acho melhor.

-Temos que conversar sobre esses seus enjôos. Será que são normais? Claro que já ouvi dizer que a gravidez traz isso, mas já faz tanto tempo que você está se sentindo assim. É algo para se preocupar? –ele perguntou.

-Mamãe disse que algumas mulheres sofrem mais que outras com esse negócio de enjôo e tontura, deve ser natural. Mas de qualquer jeito vou ao médico para que me receite algo, não quero sentir isso por muito tempo mais.

Um silêncio tomou conta do quarto. Dulce pensava na gravidez, já Alfonso no mesmo assunto de dois dias atrás.

-Será que agora pode me contar sobre o que o Rodrigo disse?

-O que? - o olhou. -Ainda isso? Já disse que não é nada de mais, caramba. Esquece isso, por favor. -levantou-se. -Preciso ir ao banheiro, já volto.

Alfonso concluiu que a reação dela havia sido novamente estranha, havia ficado nervosa. Tinha algo naquilo e ele tinha certeza absoluta. Se ela não queria contar, então iria atrás da história.

Começou a andar pelo quarto. Observou a escrivaninha, havia uma pequena agenda, um pouco desgastada e velha. Folheou as páginas da mesma e na letra R encontrou o número que precisava. Anotou o número em seu iPhone e voltou para a cama.

Dulce chegou logo em seguida.

-Já que hoje estou melhor, o que acha de continuarmos o que começamos há dois dias? -subiu em cima dele com um sorriso malicioso.

-Eu adoraria. -sorriu e a beijou.

Amaram-se incontrolavelmente, de um jeito fofo e selvagem ao mesmo tempo. No final, já exaustos, adormeceram colados um ao outro.

O dia do evento de estréia do filme havia chegado. Alfonso foi de limusine buscá-la. Subiu até seu apartamento e a encontrou ainda de roupão.

-Me diz, por favor, que quando eu fechar os olhos e abri-los novamente você vai estar pronta. -cobriu os olhos com a mão. -Cara, estamos atrasados já e você nem se vestiu, ai meu Senhor. –ele disse preocupado com o tempo.

-Calma, desesperado. -riu. -Estou prontíssima, maquiagem feita, jóias no lugar, cabelo divino, sapatos já calçados. Só falta colocar o vestido mesmo.

-Ah obrigada meu Deus. -olhou para cima. -Então vai colocar o bendito vestido.

-Eu queria sua opinião. -foi até o quarto e voltou com dois modelos. Um tomara que caia lilás longo e um vermelho de alcinha também longo. -Qual?

-O lilás. -respondeu rápido. -Vamos.

-O lilás? -fez cara feia. -Mas o vermelho é mais elegante, não acha?

-Bom, então o vermelho. -apressou-se em dizer.

-Mas vermelho não é uma cor muito chamativa?

-É... -pensou um instante. - O lilás é realmente lindo.

-Eu tenho um preto de renda nas costas que é muito bonito também. O que acha? Vou pegá-lo e ai decidimos.

-Está bem, mas rápido. –ele a apressou.

Vinte minutos se passaram. Ela a sombra da tranqüilidade escolhendo o vestido ideal e ele apressado sem nem pensar escolhia qualquer um.

Por fim, decidiu-se pelo vestido preto de manga três quartos, longo e com um grande desenho de renda nas costas. E ele, como sempre os homens estão, de terno, um terno cinza claro com uma gravata verde.