Fanfic: El hechizo | Tema: Trendy / Dulce e Poncho
Capítulo 21
Em 2010...
Levantou-se animada e percorreu o corredor até a cozinha. Estava faminta, havia estudado durante duas horas seguidas, precisava relaxar um pouco.
Abriu uma das panelas que havia em cima do fogão: nada de interessante, na geladeira também não havia nada que lhe agradasse, no armário muito menos.
Uma súbita idéia veio-lhe a mente. Por que não unir o útil ao agradável?
Estava aprendendo a dirigir há alguns meses. Já havia tirado a carta, mas ainda treinava com o pai. E com certeza já estava preparada para sair sozinha.
Foi até ao quarto da irmã que ficava ao lado do seu. A menina dormia como um anjo. Há uns dias havia pedido para que a levasse para comer um Mc Lanche Feliz, e hoje, nesse momento seria ideal.
-Gabi? Ei Gabi, acorde. –Dulce cutucou a garotinha com todo o cuidado.
-Hãn... Dulce? O que foi? -perguntou enquanto coçava os olhos sonolenta.
-Não quer ir comigo ao McDonald`s?
-Sério? -deu um pulo da cama, estava animada. -Agora? Claro, eu só preciso me trocar... Pode me esperar? São apenas alguns minutinhos. -dizia apressada, talvez com medo de ser deixada para trás.
-Não se preocupe, eu te espero. -riu com a agitação da garota. -Vou apenas avisar papai e mamãe.
Foi até o quarto dos pais.
-Eu e a Gabi vamos sair. Vamos ao McDonald`s. Querem algo de lá?
-O que vão fazer lá? -perguntou a mãe espantada.
-Comer ué. -era óbvio, mas as mães sempre insistem em perguntar.
-Mas está tão tarde... Não, vocês não vão. –Blanca disse firme.
-Mas mãe eu já prometi para a Gabi, ela está tão feliz.
-Não me importa, vocês não vão e pronto. Aliás você ainda não sabe dirigir, não pode sair a essa hora da noite.
-Claro que sei. Diz pra ela, pai. Já estou ótima nas aulas. -olhou para o pai implorando ajuda.
-Ela tem razão, está muito boa no volante. -confirmou o pai. -Deixe-as irem. É só um passeio, voltam rápido.
-Ah eu não sei... –Blanca disse pensativa.
-Por favor, mamãe. -Gabi apareceu na porta do quarto.
-É, mãe. -Dulce também pediu.
-Está bem, mas não demorem. E Dulce, se achar que não vai conseguir telefone, seu pai irá buscá-las. –Por fim a mãe cedeu.
E assim aconteceu. Foram e chegaram extremamente rápido. Pediram lanches e os desfrutaram com calma, sentindo cada sabor.
Esses momentos eram raros. Dulce sempre estava ocupada estudando ou saindo com amigos, nunca tinha tempo para a irmã caçula, apesar de amá-la de uma maneira loucamente incondicional.
Uma hora depois entraram no carro, era hora de ir embora. Gabi como sempre no banco de trás, pois tinha apenas seis anos. Dulce costumava dizer que era seu bebê, que poderia completar dezoito anos, mas sempre seria a sua pequena.
Foi dada partida no carro. A viagem estava tranqüila até o momento. Foi em um cruzamento que um caminhão fechou a visão de Dulce, fazendo-a perder totalmente o controle do veículo e ir de encontro com outro carro que vinha na contra mão.
Foram três segundos de pânico. Segundos eternos que fizeram com que Dulce se lembrasse de todas as palavras da mãe tentando impedi-la de sair de casa. Três segundos de confusão para Gabi, pois não sabia direito o que acontecia.
A última coisa que Dulce lembrava era do grito ensurdecedor e desesperado da irmã pedindo ajuda, logo em seguida apagou como morta.
...
Já era de manhã. Acordou em um quarto de hospital. Sentia algumas dores pelo corpo. Levou alguns minutos para que tomasse consciência do que havia acontecido.
Seu braço estava engessado e tinha um curativo na testa, fora alguns arranhões pelo corpo.
Olhou ao redor e em um canto do quarto avistou o pai, que aparentemente dormia em uma poltrona.
-Pai. -chamou baixinho, mas foi o suficiente para que ele acordasse.
O pai caminhou até seu leito. Parecia cansado, os olhos vermelhos, havia chorado com certeza, seu rosto possuía uma tristeza que nunca havia visto antes.
-Onde está a Gabi? –Dulce perguntou com ar de desespero. -Ela está bem?
-A Gabi está... -engoliu em seco. -Ela já está em casa... Está bem. -desviou os olhos.
-De verdade? -a esperança inundou seu ser, aquilo era um alívio, uma alegria. O pai assentiu. -Pai eu juro que não queria, foi um acidente, um caminhão me fechou e... -soluçava tentando se explicar.
-Calma, meu amor. -a tranqüilizou. -A policia já investigou tudo, não foi culpa sua, o cara do outro carro estava bêbado.
-Me desculpa... -fez uma pausa. -Se algo tivesse acontecido com a minha irmã eu me mataria. -soluçou por uma última vez.
Para o pai aquela havia sido a frase mais dolorosa de toda sua vida.
-Quando vou sair daqui? -ela questionou.
-Em breve. –respondeu o pai.
-Quero ver a Gabi, acha que pode trazê-la amanhã?
-Creio que não, ela também precisa descansar. -acariciou seus cabelos. -Bom, eu preciso ir. Fique bem, minha menina, e descanse. -beijou-lhe delicadamente a testa. -Eu te amo.
-Também te amo pai. -sorriu.
"Eu preciso ir", ele disse, mas não era para casa e sim para o enterro de sua filha mais nova.
Dulce ficou dois dias no hospital em observação. Perguntava constantemente de Gabi, mas a mãe e o pai sempre lhe inventavam uma desculpa.
Ao deixar o hospital, Dulce já estava bem melhor, não havia sofrido nada grave. Notou que aquele dia trazia um ar triste, silencioso e cheio de mistério. Seus pais estavam sérios, calados demais, era de se desconfiar.
Dulce chegou em casa perguntando pela irmã. O pai colocou-a na cama. Teriam uma conversa, ela, ele e a mãe.
-Onde está a Gabi? Quero vê-la, estou com saudades. -pedia a todo o momento.
-Sua mãe e eu temos algo para lhe falar. -o pai disse sério enquanto sentava ao seu lado.
-Mas a Gabi...
-Dulce, não... Precisamos falar com você. -a mãe impôs ordem.
-Sobre o que... -aquela altura já estava nervosa, no fundo desconfiava.
-A Gabriela... Ela... -o pai não pôde completar a frase.
-A Gabriela o que pai? -perguntou desesperada enquanto um nó se formava em sua garganta. Silêncio. -Fala pai! -gritou aos soluços. -A Gabriela o que? Onde ela está?
-A Gabriela... A Gabriela faleceu. -por fim o pai completou.
Aquilo foi como uma punhalada, uma faca entrando em seu peito. Havia matado a irmã, sua irmã caçula, havia acabado com a vida da pessoa que mais amava no mundo. Jogou-se nos braços da mãe e do pai e chorou, chorou até não restar mais uma lágrima sequer.
Tudo aquilo era culpa sua, era uma assassina, uma pessoa que tirava vidas. Sentia-se um verdadeiro lixo. Abraço nenhum podia confortá-la e muito menos tirar a dor que sentia.
Autor(a): bibiasavinon
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Capítulo 22 O observava atentamente, absorvendo cada detalhe do que dizia. Nunca chegou a pensar que poderia ser algo tão triste, Dulce tinha razão em não querer dizer nada. Rodrigo parou de falar por um minuto como se fosse tudo o que sabia, mas ele sabia de muito mais. -E então? Como se conheceram? Como a ajudou? -Eu realmente preferi ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 51
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dulce_herrera Postado em 04/01/2015 - 21:22:54
amei a web parabéns
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anna_caroline Postado em 21/12/2014 - 00:34:36
Palmas, web perfeita cara, quero a proximaaaa, maaaaais. <3
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rosa_chiclete_vondy_ Postado em 15/12/2014 - 01:17:20
poxa ja acabou :( amei a fic
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jaahvondy Postado em 14/12/2014 - 20:06:19
A não...ja acabou, to triste agora :(
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jaahvondy Postado em 11/12/2014 - 22:27:43
ownt que lindo continuaaa
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rosa_chiclete_vondy_ Postado em 10/12/2014 - 21:02:27
continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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rosa_chiclete_vondy_ Postado em 08/12/2014 - 22:02:14
lindos os dois continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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jaahvondy Postado em 08/12/2014 - 19:40:42
que lindos os dois juntos, continuaaa
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rosa_chiclete_vondy_ Postado em 05/12/2014 - 15:34:13
continuaaaaaaaaaaaaaaa
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jaahvondy Postado em 02/12/2014 - 22:36:16
essa marcela não presta...continua