Fanfic: El hechizo | Tema: Trendy / Dulce e Poncho

Capítulo 23

-O que ele te disse, Alfonso? Não acredite em nada. Eu já lhe disse para ficar longe da minha vida. -ela ameaçou Rodrigo.

-Calma, Dulce. –Alfonso interviu. -Fui eu quem o procurei.

-Para... Para que? -já sabia a resposta.

-Rodrigo, será que pode ir? Preciso conversar a sós com ela. -pediu Alfonso.

-Claro. -levantou-se. -Olha Dulce, peço desculpas por ter aparecido no seu apartamento àquela noite. -ela apenas mexeu a cabeça e ele e entendeu como se tudo já estivesse bem. -Tchau. -saiu.

-Eu pedi para não procurá-lo. –Dulce disse a Alfonso.

-Vamos pra casa. -levantou-se também. -Não podemos falar sobre isso aqui.

Foram para o apartamento dela. Dulce entrou rapidamente, estava alterada. Alfonso, por outro lado, estava com medo, não sabia como começar a conversa. Sentaram-se no sofá em silêncio, por fim, ele falou:

-Rodrigo me contou tudo. -disse devagar.

-Tudo? Tudo o que? -seus olhos estavam marejados.

-Sobre o acidente, sua irmã, quando saiu de casa, e como se conheceram.

-Ele não tinha o direito. E você também não tinha o direito de vasculhar minha vida, caramba! -alterou o tom de voz.

-Você é minha namorada, a mãe do meu filho, eu precisava saber.

-Eu... Me arrependo muito. -abaixou a cabeça. -Tenho tanta vergonha de tudo isso que seria capaz de apagar minha memória para esquecer o que aconteceu.

-Não precisa ter vergonha de nada, meu amor. -a acariciou. -Foi um momento de necessidade e...

-Mas, minha irmã... Ela... -começou a soluçar e ele a abraçou.

-Calma. Você não teve culpa de nada. Foi um acidente.

-Mas se eu não tivesse saído de casa naquela noite... Tudo poderia estar bem.

-Dulce, isso já passou, não há como mudar, tinha que ser assim. -a soltou e olhou em seus olhos. -Você só não pode se culpar por algo que não fez.

-Eu sei. -o abraçou novamente.

-Quero ver um sorriso nesse rosto lindo. -beijou-a rapidamente. -Eu te amo.

Alguns dias se passaram. Era uma quarta feira, Dulce havia levantado cedo como era de costume. Tomou um banho, colocou uma roupa social e saiu para o trabalho.

Assim que colocou os pés na rua paparazzis apareceram. O que queriam dessa vez? Não falou com nenhum, entrou no carro e seguiu para o banco.

Já eram onze horas quando viu uma matéria em um site, a manchete dizia: "Dulce Maria grávida?". Assim que terminou de ler quase caiu da cadeira. Sentiu sua pressão baixar imediatamente. Aquilo não podia ser verdade, não era o momento de sua gravidez tornar-se pública.

Quem havia contado? Como sabiam? Era o que mais se perguntava.

Deixou o banco pela tarde com o mesmo tumulto de sempre. Eles estariam por toda a parte, só sossegariam quando ela confirmasse. Mais uma vez não disse nada e foi para casa.

Assim que chegou decidiu ligar para Alfonso, mas logo mudou de idéia. Primeiro tomaria um banho e relaxaria, depois faria a ligação. Quando saiu do banho o telefone tocou, era ele, não precisaria mais ligar.

-Dulce, você viu os jornais? –Alfonso perguntou.

-Por quê? -já sabia a resposta, queria apenas confirmar.

-Como sabem que está grávida? Eu não entendo...

-Também não. Já lhe disse, alguém está vazando as coisas.

-Mas quem?

-Eu não sei, mas trate de descobrir. -ordenou.

-Sim, senhora. -riu. -Olha, já que eles já sabem, acho que é melhor que eu confirme, certo?

-Não é uma má idéia...

-Darei uma entrevista amanhã à noite, acho que posso contar.

-Espero que saía tudo bem. -suspirou.

-E vai, meu amor. Fique calma. -sua voz era tranqüila. -Nos vemos na sexta-feira?

-Aham. Sentirei saudades. -riu. -Que boba eu sou.

-Então somos, por que também sentirei. -a acompanhou no riso. -Um beijo.

-Outro.

Já era quinta à noite. A entrevista começaria em dez minutos. Ele já sabia o que dizer, era óbvio que iriam perguntar.

A entrevista se iniciou e não demorou muito para a pergunta mais esperada.

-Saíram rumores de que a Dulce Maria está grávida, é verdade? -questionou a entrevistadora.

-Então... -sorriu. -É verdade, ela está grávida.

-Alfonso Herrera será pai? Oh meu Deus! -exclamou surpresa. -Meus parabéns! -o abraçou. -Parabéns, Dulce! -olhou para a câmera.

A notícia foi bem recebida pelo público. Dulce ficou feliz, em êxtase. Comemoraram o resto da noite com champanhe e muito amor.

Para Dulce tudo estava tão perfeito, tão maravilhoso. Era uma noite memorável, feliz... Mas talvez fosse a última, pois as noites seguintes seriam obscuras.