Fanfic: El hechizo | Tema: Trendy / Dulce e Poncho

Capítulo 28

Foi despertado por lábios molhados que o beijavam por toda a face. Seria Dulce? Sorriu, o sorriso mais lindo. Tratou de abrir os olhos e se arrependeu, não era ela. Rapidamente sua expressão mudou.

-O que foi, querido? –Marcela percebeu a mudança em sua expressão.

-Não é nada, nada mesmo. -levantou-se.

-O que acha de hoje andarmos de iate? -sugeriu animada.

FLASH BACK

-O que gostaria de fazer que ainda não fez? - ela perguntou enquanto fazia carinho em seus cabelos.

-Ir para a África, saltar de para quedas. -sorriu imaginando como seria bom. -Mas e você? - a olhou fixamente.

-Parece bobo, mas... Eu sempre quis andar em um iate, viajar em um barco, sabe? –Dulce disse enquanto ria.

-Podemos fazer isso um dia, o que acha? Posso realizar seu sonho.

-O problema talvez não seja esse... É que eu tenho medo. -riu novamente.

-Vou lhe ajudar a superar esse medo, você vai ver, me aguarde. -garantiu.

FIM DO FLASH BACK

-Hey, querido! –Marcela gritou.

-Ah oi. -voltou à realidade.

-Será que pode prestar atenção?

-Você falava sobre andar de iate? -custou-lhe lembrar.

-Isso. Será que podemos ir?

-Ah podemos sim. -tentou fingir animação.

Tudo durou uma eternidade, o tempo não passava de jeito nenhum, era entediante.

Depois da "aventura", para Marcela claro, voltaram para casa de praia. Há algumas horas de irem embora, Alfonso encontrava-se muito deprimido e todos estavam notando, então decidiu resolver isso de uma vez.

Trancou-se no quarto com Marcela. Seria ali e naquele exato momento. Bastava apenas ele estalar os dedos e ela estaria ali, prontinha para ele. E foi isso que fez.

Começou a beijá-la fervorosamente. Os beijos não duraram nem alguns minutos, logo já estavam nus. Era tudo muito apressado. E era óbvio que seria assim, pois ele não queria romance, queria algo rápido e prazeroso. Algo que fizesse com que ele se esquecesse de Dulce.

Os dias passaram... Era uma tarde de domingo. Alfonso caminhava sozinho pelo shopping. Havia ido comer, sozinho, pois precisava pensar em sua vida e em tudo o que estava acontecendo.

Terminou de comer e foi se dirigindo a saída do local, mas algo do outro lado do corredor lhe chamou a atenção. Uma ruiva, era Dulce, tinha certeza.

Não pensou duas vezes e a seguiu depressa. Quando a alcançou percebeu como estava bonita, aquela barriga a deixava maravilhosa, não cansava de afirmar isso.

-Oi. -sorriu encantado. -Te vi e vim perguntar se está precisando de alguma coisa.

-Muito bonito da sua parte, mas não preciso de nada, obrigada. –ela agradeceu.

-Espera. -percebeu que ela já ia se afastando. -O que veio fazer aqui?

-Não entendo o por quê da pergunta. Pra você não faz diferença o que faço ou deixo de fazer, certo?

-Bom, sim, mas eu... -ficou sem o que dizer.

-Vim comprar roupinhas para o bebê, quer dizer a...

-Qual o sexo? -a interrompeu. -O sexo do bebê, qual é?

-É uma menina.

-Uma menina? Uma menininha? -sorriu extremamente feliz. -Posso? -perguntou quase tocando na barriga dela, ela assentiu. Ele passou a mão desfrutando cada segundo, aquilo era maravilhoso.

-Eu tenho que ir. -ela disse ficando envergonhada. -Preciso passar nas lojas e...

-Vou com você. -disse por impulso. -Isso se você concordar.

-Bom, acho que sim, acho que pode. -concordou.

Andaram por várias lojinhas do shopping. Tudo era muito lindo, todas aquelas roupinhas, era tudo tão delicado.

No começo ambos estavam meio tímidos, mas ao decorrer do passeio foram se soltando. Claro que não tinham mais tanta intimidade, mas dava para agüentar.

Compraram muita coisa. E ambos enquanto compravam se imaginavam juntos, com a criança, casados, montando uma família como aquelas de filmes americanos. Parecia careta, mas era o que desejavam. Porém agora não era mais possível, estavam separados e Dulce não podia esquecer tudo o que havia feito.

Quando terminaram, foram andando em direção ao estacionamento. Ele a ajudava a carregar a maioria das escolas, estava tudo muito pesado.

-Obrigada. -tentou pegar as sacolas da mão dele.

-Não, eu levo até seu carro. -ofereceu-se.

-Eu não vim de carro, vim de ônibus.

-Como? Mas por quê? -perguntou.

-Meu carro quebrou e eu não tive tempo de mandar pro mecânico... -disfarçou.

-Dulce, você não está trabalhando, tem tempo de sobra. -disse sério. -Você não tem é dinheiro pra isso.

-Dinheiro eu tenho, mas são para coisas mais importantes. -foi seca.

-Então por quê não diz que precisa de dinheiro? Nessas condições você não pode andar de ônibus, pode acontecer alguma coisa.

-Primeiro, eu não preciso do seu dinheiro, e segundo, estou grávida, não morta.

-Teimosa desde sempre. -bufou. -Vamos, vou te levar pra casa. -saiu andando na frente.

-Não precis... -ele já estava bem adiante e levava com ele suas sacolas.