Fanfic: El hechizo | Tema: Trendy / Dulce e Poncho

Capítulo 30

Ele entrou novamente e ficou no sofá assistindo televisão. Já ela foi tomar banho. O tempo passou e decidiram comer alguma coisa. Dulce preparava alguns sanduíches e uma vitamina enquanto ele a observava.

Depois de um tempo sentaram-se para comer. Ficaram alguns minutos em silêncio e por fim ela falou.

-Como consegue ficar aqui depois de tudo que eu fiz? -o olhou fixamente.

-O pior é que não sei. -respondeu. -Bom, ainda que me doa muito o que aconteceu, tenho que esquecer e deixar para trás.

-Sei que não vai ser fácil. Pra mim também não está sendo.

-Você fez algo que eu nunca cheguei a pensar que faria, me surpreendeu muito.

-Sei que não justifica, mas tive os meus motivos.

-Não, nada justifica. –ele encerrou o assunto.

-Está saindo com a Marcela ou foi impressão minha? -a resposta a enchia de medo.

-Não estou apenas saindo com ela, estamos namorando sério.

-Ah... -continuou a comer.

-Por quê? -perguntou.

-Nada, curiosidade...

-Acha que foi muito rápido?

-Não, o que você faz e no tempo que faz não me importa, é sua vida. –ela foi seca.

-E você? -pararam de comer e se olharam. -Está saindo com alguém?

-Sim. -ele a olhou espantado, pensava que ela estaria sozinha. -Com a minha filha, por toda a parte, a única que tenho sempre comigo. -riu.

-Ah isso é verdade. -ficou aliviado. -Essa vitamina está muito boa, é do que?

-Vitamina para grávidas, o médico que passou.

-Você me deu sua vitamina pra mulheres grávidas? -não conseguiu conter a risada. -Olha, se for pra tomar isso todo dia, quero engravidar.

-É muito boa mesmo. –ela concordou.

-Escuta, quero te pedir desculpas por tudo que te disse naquela noite. Você tem que entender, eu estava tão nervoso, tão preocupado que...

-Eu te entendo. -o interrompeu. -Só me custa muito esquecer tudo o que ouvi.

-Imagino, mas sinceramente, quero que me perdoe, está bem? -ela assentiu.

-Bom, já está tarde, acho melhor já ir deitar. -levantou-se. -Estou exausta. Meus pés doem, minha coluna também e minhas pernas nem se fala.

-Precisa mesmo descansar. Pode deixar que eu arrumo tudo por aqui. –ele garantiu.

-Sério? -ele assentiu. -Obrigada. Vou buscar um cobertor e um travesseiro pra você. -foi indo em direção ao quarto. -Não se importa em dormir no sofá, né?

-Claro que não.

Ela voltou alguns minutos depois com o cobertor e o travesseiro e começou a preparar o sofá para que ele pudesse dormir.

-Tudo bem, eu arrumo, vai descansar vai. -se ofereceu para arrumar.

-Já está tudo arrumadinho. -foi saindo. -Boa noite!

-Dulce, espera. -a chamou. -Você já sabe onde será o parto?

-Sim, em um hospital no centro. Mas por quê?-ela perguntou.

-Só queria saber. Se precisar de alguma ajuda com isso já sabe que pode, pode não, deve contar comigo, não é?

-Sim, eu sei. -sorriu. -Obrigada.

-De nada.

-Boa noite! -e saiu.

Naquela noite ambos ficaram pensando um no outro. Adorariam estar juntos na mesma cama abraçados, como nos velhos tempos.

O rancor de Alfonso já não existia mais. Sabia que ela tinha feito uma coisa terrível, mas como ela mesma disse tinha um motivo. Claro que esse motivo não justificaria, mas ele nem ao menos tinha a ouvido.

Ambos demoraram para adormecer e o dia logo amanheceu. Ele iria embora cedo. As sete já estava de pé e o tempo havia melhorado. Arrumou o sofá e se arrumou. Em seguida foi até o quarto de Dulce, iria dizer obrigada e ir embora imediatamente, isso se ela estivesse acordada. Mas não foi bem assim que aconteceu.

Quando entrou no quarto, ela saia do banheiro. Estava de roupão e com os cabelos molhados, havia terminado de tomar banho. Estava maravilhosa.

-Pensei que estava dormindo. –ele disse um pouco abobado.

-Ultimamente levanto tão cedo que nem posso acreditar. -pegou uma toalha e começou a secar o cabelo.

-Vim apenas me despedir. -ficaram se olhando durante um bom tempo. -Pode me levar até a porta, por favor? –ele pediu.

-Claro. -largou a toalha em cima da cama e passou por ele com a intenção de ir para a sala.

Quando passou, Alfonso pode sentir o seu cheiro, era tão bom! Não conseguiu nem pensar direito, não conseguiu se conter, apenas a agarrou pela cintura e a beijou.

Dulce ficou sem reação, sem entender o que estava acontecendo, mas não podia negar que havia adorado aquilo e por fim correspondeu ao beijo.

Ambos sentiam necessidade um do outro e aquele momento era um alívio, como quando você está com sede e por fim pode tomar um copo d`água, era aquilo que estavam sentindo, mas com muito mais intensidade.