Fanfic: El hechizo | Tema: Trendy / Dulce e Poncho

Capítulo 31

Assim que se afastaram ficaram se olhando, ambos sem saber o que dizer. Alfonso se perguntou o que havia feito. Dulce também se perguntava o mesmo.

-Eu preciso ir. –ele disse indo apressado em direção a porta.

-Espera. –ela gritou, ele parou e a olhou. -O que foi isso?

-Queira me desculpar, mas foi por impulso, exagerei e... -dizia nervoso.

-Não, tudo bem, não precisa se desculpar. -uma alegria imensa a dominava.

-Preciso sim, afinal, não temos mais nada e agora eu estou com a Marcela, não quero que ela se magoe.

-Marcela, ah claro... -fechou a cara. -Acho que já pode ir. -apontou para a porta.

-Então até mais. –ele estava sem graça. -Nos vemos por ai. -saiu.

Uma semana passou até que Alfonso recebeu a ligação dos seus pais, eles estavam voltando. Chegaram em uma terça-feira a noite. Alfonso foi buscá-los no aeroporto e todos foram para sua casa.

Seus pais sabiam do término do relacionamento com Dulce, mas não sabiam bem o porquê. E era óbvio que, principalmente sua mãe, iria querer saber o motivo.

E foi a primeira coisa que ela perguntou quando o viu. "mais tarde, mamãe", respondeu ele. Mas a mãe não o deixava em paz.

Foi durante a noite quando quase dormia que a mãe apareceu em seu quarto. Seria naquele momento, mas Alfonso não contaria a verdade, de certa forma sim, mas totalmente não.

-Está com o olhar triste, sabia? Não consegue disfarçar o que sente. -ela disse passando a mão pelos cabelos escuros do filho.

-Sei que não consigo. -riu, mas era um sorriso triste.

-Diz logo pra sua mãe por que terminaram. Ela não te traiu por acaso, não é? Ou melhor, você não traiu a menina? Me diz que não.

-Não, mãe. Não houve traição de ninguém.

-Então o que foi? -o olhou fixamente.

 -É a Dulce... Ela não agüenta a imprensa, não agüenta ser vigiada. Se sente sufocada, sabe? Isso tudo aqui não é pra ela.

-Poncho, você ama a Dulce? Ama de verdade? –a mãe perguntou.

-Claro. -pensou que isso era óbvio.

-Então não desista da menina. Ela é maravilhosa e te faz um bem danado. Não importa se ela fez alguma coisa ou se terminou com você. Ajude-a se dar bem com a imprensa, ajude-a a se adaptar com tudo isso. Você tem que ser o apoio dela, entende?

-Sim, entendo. Sabe que a senhora tem razão?

-Sei que tenho. -riu. -Olha, não quero mandar na sua vida, mas pense no que disse.

-Vou pensar, mãe. -sorriu. -Obrigado. -a abraçou.

-De nada, meu amor. -levantou-se. -E mais uma coisa, não se engane com a Marcela, não gosto daquela menina. -fez cara de nojo.

-Ah mãe, só a senhora mesmo. -riu.

No dia seguinte tomavam café na casa de Alfonso, foi quando a mãe do mesmo teve uma idéia.

-Querido, o que acha de chamarmos a Dulce para jantar conosco hoje? -dirigiu-se ao filho.

-Está maluca, mulher? - o marido riu. -Qual a parte de eles terminaram você não entendeu?

-Eu sei disso, mas é só um jantar. -o ignorou. -O que acha filho?

-Meu pai tem um pouco de razão. Não sei se ela vai querer ir.

-Mas não custa tentar, certo? –a mãe insistiu.

-Se a Marcela souber que eu ando convidando a Dulce para...

-Dane-se a Marcela. -a mãe interrompeu.

-Posso até tentar, não sei se vai dar certo. -concluiu Alfonso.

-Vai sim, meu amor. -ela sorriu confiante. [Usuário1] 

Depois do café foi imediatamente ligar para Dulce, pois a mãe havia insistido muito. Não precisou nem consultar o número, já sabia de memória. Chamou algumas vezes até que ela atendesse.

-Alô? -sua voz era sonolenta.

-Dulce? -que pergunta idiota, claro que era ela.

-Quem é?

-O Alfonso. -respondeu. -Estava dormindo?

-Ah oi. Estava, mas não tem problema.

-Será que não quer jantar comigo e com os meus pais hoje à noite? –ele temia pela resposta.

-Eu pensei que não estivéssemos mais juntos. -falou sem medo.

-Eles querem te ver, é só isso. -explicou. -Será as oito.

-Tudo bem. -concordou.

-Que ótimo! -exclamou. -González irá te buscar, pode ser?

-Pode.

-Então combinado, até mais tarde. -desligou.

Dulce ficou um pouco atordoada após a ligação. Não sabia bem a intenção de Alfonso, mas alguma coisa tinha nessa história. Olhou à hora, já era tarde. Pela primeira vez havia conseguido dormir um pouco mais do que era de costume. Mas já tinha que levantar, pois Zoraida iria visitá-la.

Zoraida era como uma irmã, era a amiga em quem mais confiava e no momento era sua única companhia. Passava no apartamento de Dulce sempre que podia e às vezes na hora do almoço do serviço. Ela sabia de tudo, desde o quase aborto que Dulce havia feito até o beijo em Alfonso na semana passada.

-Então quer dizer que ele te convidou para jantar? E ainda por cima com os pais? –a voz de Zoraida era alta e surpresa.

-Foi isso mesmo. Juro que não entendi nada.

-Será que está tentando voltar com você? Tenho certeza que sim. –sorriu.

-Não, acho que ele ainda está muito zangado, não vamos voltar.

-Não fala assim, amiga. Pensamento positivo.

-Positivo, não delirante. -riu. -Olha, eu queria muito voltar com ele, mas essa vida não é pra mim. Não suporto viver com alguém que tem a mídia sempre ao seu redor.

-Eu sei, foi isso que te fez... -não completou a frase. -Ele sabe disso, não sabe?

-Tentei dizer, mas ele não deixou, não me deu tempo. -Suspirou. -Isso é passado, preciso esquecer.

-É, bola pra frente, amiga. -levantou-se e foi em direção a cozinha. -O que tem pra comer nessa espelunca?

-Espelunca não ein. -riu e a acompanhou.