Fanfic: El hechizo | Tema: Trendy / Dulce e Poncho

Capítulo 34

O grande dia havia chegado. Alfonso estava extremamente nervoso. Por um momento pensou como seria bom se Dulce estivesse ali para acamá-lo e confortá-lo. Sua vida sem ela era totalmente sem sentido.

Lembrou-se do que a mãe havia dito. Lembrou-se da noite em que Dulce havia tentado se matar, e como ele não a deixou explicar. Arrependeu-se de imediato, mas já era tarde demais.

Tentou concentrar-se em seu trabalho, mas não podia, não conseguia, não antes de falar com ela. A idéia de tentar recuperá-la aconteceu há alguns dias e desde então pensou muito, por fim, decidindo terminar com Marcela.

Faltavam apenas vinte minutos para a obra começar, foi até a cortina e espiou a multidão. Era tanta gente que ele não podia acreditar. Procurou seus pais e os encontrou na primeira fila, deu um enorme sorriso.

Olhou mais um pouco ao redor e lá em cima a viu. Seu cabelo ruivo era único. Tinha certeza, era ela. Não pôde conter sua alegria, sorriu de orelha a orelha. Em seguida foi até os bastidores e chamou González.

-Quero falar com a Dulce. Quando o espetáculo acabar não a deixe sair. Ela está em uma das últimas fileiras. Leve-a até meu camarim. –ele ordenou.

-Farei o possível. -garantiu o segurança.

Alfonso tentou se concentrar. Faria tudo perfeitamente, queria impressioná-la. Rezou antes de entrar no palco, como sempre fazia, e finalizou a reza com o sinal da cruz. "Isso é por você, meu amor".

As luzes do palco se apagaram e a primeira campainha soou. O elenco estava pronto. Ele estava mais do que pronto.

...

Dulce assistiu a obra sem piscar um minuto sequer. Era muito boa mesmo, de um jeito que prendia o telespectador e ele não conseguia fazer nada além de observar atentamente.

Outra coisa que a prendeu foi Alfonso. Ele estava tão lindo. Quando estava no palco era outra pessoa, se entregava ao máximo. Ela estava encantada.

A peça acabou tão rápido que quando se deu conta já estava de pé e aplaudia freneticamente, gritava e assobiava. Uns minutos depois as pessoas já começavam a sair. A maioria ia direto para o camarim, onde os atores os receberiam. Gostaria de ir, mas chamaria muita atenção da imprensa. Então decidiu ir embora.

Quando estava quase saindo alguém a segurou pelo braço. Era González.

-Alfonso quer falar com você, quer que vá para o camarim dele. -disse.

-Diz pra ele que não posso agora. Estou extremamente cansada, quero muito deitar, estou com dor e fome.

-Ele quer mesmo falar com a senhorita, é importante. -insistiu.

-Será que ele pode passar no meu apartamento depois daqui? Diz que eu o espero mesmo que seja tarde.

-Bom, vou tentar, mas não sei se vai ser possível porque sempre que estréia uma obra ele sai para comemorar com os diretores e amigos.

-Se ele não puder ir hoje que vá amanhã. Queria muito ficar, mas realmente estou exausta.

-Tudo bem. -assentiu e saiu.

Alfonso achou a idéia de Dulce muito melhor. Afinal, em seu camarim teria que conversar primeiro com as fãs, os diretores e várias pessoas envolvidas com a peça. Dulce teria que ficar pro final.

Dulce chegou em casa e tomou banho. Colocou sua camisola e esperou Alfonso deitada no sofá. Já estava tão tarde, talvez ele não viesse mais. Resolver ir para a cama. Alguns minutos depois a campainha tocou. Era ele.

Entraram e foram conversar no quarto, pois ela estava muito cansada e queria ficar deitada. Ele se sentou ao seu lado na cama.

-Pensei que não viria mais. -ela disse assim que o viu.

-São tantas pessoas para conversar e eu não posso dispensá-las, é horrível e cansativo. -explicou.

-E então? O que queria falar comigo? -ela perguntou enquanto se ajeitava na cama.

-Não sou eu quem vai falar, é você.

-Como assim? -perguntou confusa.

-Quero que me explique o que não pôde explicar naquele dia.

-Que dia? -sabia do que ele estava falando, queria apenas confirmar.

-O dia em que tomou aqueles remédios, o dia em que terminamos. -custou muito a dizer.

-E por que isso agora? É passado, não é?

-Por favor, isso pode decidir nosso futuro. -pediu.

-Temos um futuro? -queria que ele dissesse sim, imploraria para que ele respondesse que sim.

-Quero acreditar que temos. -sorriu.