Fanfic: El hechizo | Tema: Trendy / Dulce e Poncho

Capítulo 36

Os rumores de que haviam voltado estavam com tudo e foi confirmado quando ela se mudou para a casa do ator, uma semana depois.

Instalou-se no quarto dele, dormiriam juntos, era óbvio. Tudo na casa foi melhorado para que ela tivesse a atenção e o conforto que necessitasse.

Chegaram pela manhã e foram direto para o quarto. Dulce precisava descansar.

-Amor, lembra quando disse que levaria algo para o bebê na sua casa?

-No tempo que ainda estávamos brigados? -ele assentiu. -Faz tanto tempo que nem lembrava mais, mas agora sei do que está falando.

-Então, enrolei demais pra isso, mas era um berço, e ele está aqui dentro do meu quarto. -ainda estavam na porta do cômodo.

-Sério? Que lindo! Quero ver. -disse entusiasmada querendo abrir a porta.

-Calma. -a segurou. -Só vai ver com uma condição. -ela o olhou esperando que falasse. -Quero um beijo. -sorriu.

-Ah mas é claro. -o beijou. -Dou dois, três, quatro, quantos beijos você quiser. -o beijou de novo rapidamente fazendo-o rir.

-Vamos. -ela se afastou e ele abriu a porta do quarto.

O berço era lindo. Branco com o lençol, travesseiro e véu rosa. Era como a cama de uma princesinha. Perfeito para a criança que estava chegando.

Dulce ficou encantada. Estava feliz demais para expressar. Apenas o agradeceu e o encheu de beijos.

Caíram na cama e ficaram assim durante alguns minutos. Trocaram beijos, abraços, carícias e conversaram sobre tudo, principalmente sobre o futuro.

-Amor. -ele a abraçou. -Sabe o que eu queria? Será que podíamos... Você sabe... Aquilo. É que já faz tanto tempo. -começou a beijá-la delicadamente.

-Ai, espera. -o empurrou de leve. -Você quer dizer aquilo aquilo? -ele assentiu malicioso. -Está maluco? Mas é claro que não. -riu. -Não tenho condições de fazer nada.

-Ah Dulce, qual é? -seu fogo abaixou no mesmo instante.

-Meu amor, eu bem que queria, queria muito, mas não dá e você sabe disso. -fez carinho no rosto dele. -Sabe, não sabe? -deu um beijo rápido nele.

-Pior que sei. Só tentei porque vai que dá certo. -riu.

-Desculpa, mas dessa vez não deu. -o abraçou.

Uma semana passou. Alfonso faria sua última função no teatro naquela noite. Queria que Dulce estivesse lá, mas a mesma estava muito cansada para andar por ai como se não estivesse grávida.

Então ele foi e ela ficou na casa. Naquela noite os empregados estavam de folga, apenas uma empregada e os pais de Alfonso estavam ali.

Dulce passava o começo da noite no quarto assistindo televisão quando a mãe de Alfonso a interrompeu.

-Querida, posso entrar? -disse parada na porta.

-Claro. -Dulce assentiu e abaixou o volume da televisão. -Sente-se aqui comigo.

-Obrigada. -ela se sentou. -Você está aqui há duas semanas e mal tivemos tempo de conversar. É que ando muito ocupada com um projeto que estou realizando aqui e não me sobra tempo nem para comer às vezes.

-Não se preocupe. Mas que projeto é esse? Posso saber?

-Claro que pode. -sorriu. -Estou querendo montar um orfanato. Agora que me aposentei preciso arrumar alguma coisa pra fazer e uma coisa que beneficie mais alguém além de mim. Um orfanato seria uma maravilha! -contou animada.

-Mas que atitude linda. -sorriu. -São poucas as pessoas que pensam assim e que tem gestos tão lindos quanto os seus. Parabéns de verdade!

-Obrigada. -agradeceu. -Mas não vim aqui para falar sobre isso. -pegou na mão de Dulce.

-E então? -perguntou um pouco preocupada.

-Nada de mais, apenas queria lhe dizer que me senti muito feliz pela sua volta com o meu filho. Você faz um bem danado a ele e a essa família.

-Awn obrigada. Eu também estou muito feliz de que tudo tenha se resolvido.

-Quero que se sinta a vontade nessa casa e se precisar de qualquer coisa é só falar comigo. Estarei aqui para te ajudar em tudo, está bem?

-Obrigada, de verdade. -sorriu. -A senhora sempre tão boa comigo.

-Você merece, meu amor. Bom, agora preciso ir, vou jantar com o meu marido. -levantou-se. -Estou velha, mas não estou morta. -riu. -Qualquer coisa que precisar é só chamar a Rute, ela ficará atenta a você.

-Tudo bem. -respondeu.

-Fique com Deus. -beijou Dulce. -Tchau bebezinha linda. -isso dizia para sua neta. -E lembre-se, quero que cuide do meu filho, quero que fiquem juntos, torço muito pra isso.

-Obrigada. -a agradeceu novamente e a viu sair do cômodo.

Agora na casa só estavam Dulce e Rute, a empregada.

Uma hora passou. O tédio era tão grande que não podia mais agüentar. Na televisão nada de interessante estava passando, então decidiu dar uma volta pela casa. Mesmo em tanto tempo ainda não conhecia bem a grande mansão.

Desceu as escadas cuidadosamente. Tudo estava tão silencioso. Foi até a cozinha: não viu ninguém. Foi caminhando em direção aos fundos da casa onde ficavam os quartos dos empregados. Nunca tinha estado ali.

Apesar de ser onde os empregados dormiam era um lugar muito bonito, limpo e aconchegante. Passou por um corredor comprido e em cada lado havia uma porta no decorrer do percurso.

Quase no final, uma das portas estava entreaberta. Olhou pelo vão e observou o local. Do lado da cabeceira da cama de solteiro havia um criado mudo e em cima dele um porta-retrato com uma foto de González e uma menininha, devia ser a filha.

Ao ver o rosto do segurança lembrou-se das noticias que vazavam, da conversa com Alfonso e como ele sempre estava por toda a parte.

Não havia ninguém no quarto e foi isso que deu a coragem que ela precisava. Entrou e olhou ao redor. Em cima da cama um notebook estava aberto.

Sabia que era errado, mas não se conteve, sentou-se na cama e mexeu no mouse do aparelho fazendo com que a tela se acendesse.

Olhou a área de trabalho, não havia nada. Em seguida, percebeu uma guia da internet minimizada, a abriu imediatamente e viu que era de um site de fofocas. O site de fofocas que geralmente publicava primeiro as noticias da tal "fonte próxima ao casal".

Vasculhou o histórico e a caixa de emails. González mantinha contato constante com o site, enviava-lhe emails quase todos os dias e recebia respostas com valores.

Era ele, estava vazando as noticias e ganhava para isso. Não pôde acreditar, ele era um duas caras. Traía constantemente a confiança de Alfonso.

Vasculhou as pastas de arquivos e uma delas lhe chamou atenção "Notas". Estava ali, todos os rumores e noticias vazadas estavam organizadas ali em documentos do Word. Ele havia escrito tudo, alguns, claro que do seu jeito. Apenas mandava para o site e eles escreviam a matéria completa.

Outra pasta chamou sua atenção, mas dessa vez era uma pasta com imagens. Eram tantas fotos que quase se perdeu. Fotos suas, fotos de Alfonso, fotos do casal. Fotos em seu apartamento, na rua, na casa de Alfonso. Espantou-se! O cara só podia ser psicopata.

Ouviu um barulho, passos. Alguém se aproximava. Fechou tudo depressa e tentou colocar o notebook na cama do mesmo jeito que estava. Mas na pressa acabou se atrapalhando e fez um grande barulho quase deixando o aparelho cair no chão.

Foi quando uma sombra abriu a porta. Era González, ele a observava enquanto a mesma segurava o notebook. Ficaram se olhando por um longo tempo. Ele com uma expressão confusa, e claro, em pânico. E ela com medo.