Fanfic: El hechizo | Tema: Trendy / Dulce e Poncho

Capítulo 39

Acordaram já um pouco tarde. Tomaram café da manhã na cama como de costume. Após a refeição, Alfonso foi tomar um banho e se arrumou. Iria sair.

-Onde pensa que vai? -Dulce questionou assim que ele havia terminado de se vestir.

-Vou comprar mais algumas coisas pra bebê. -respondeu. -Eu volto rápido.

-E por quê não me disse nada? -levantou-se da cama. -Também quero ir.

-Quer ir pra quê? Você vai se cansar, não é bom que fique andando.

-Mas eu queria ficar com você. Fico o dia todo aqui e não saio pra nada. É horrível.

-Não há necessidade que vá, pois vamos passar o resto do dia juntos. -explicou.

-Enfornados dentro desse quarto? Eu quero sair, andar. Eu não agüento mais isso. –ela reclamou.

-Vou te levar pra jantar hoje à noite, o que acha? -propôs. -Enquanto isso você fica aqui me esperando. Prometo mesmo que volto rápido.

-E eu tenho escolha? -revirou os olhos.

-Não. -riu. -Não faz essa carinha, meu amor. -a beijou. -Vou lhe trazer um presente.

-Acha que sou o que? Uma criancinha que se deixa comprar por um presente?

-Meu Deus! Hoje você está mais chata do que nunca. -reclamou. -Já vou indo porque pode ser contagioso. -foi indo em direção a porta. -Nosso jantar ainda está de pé?

-Aham. -respondeu com a cara fechada e ele saiu do quarto.

Alfonso saiu apenas com o seu mais novo primeiro segurança: Pablo. Desde que González havia sido demitido, Pablo havia tomado o lugar dele e estava se mostrando muito prestativo.

As compras demoraram mais do que podia imaginar. Era tão difícil escolher coisas para uma criança e ainda mais uma menina. Mas não se abalou e permaneceu no shopping até conseguir tudo o que queria, tudo do bom e do melhor.

Já era três horas da tarde quando terminou de comprar tudo o que desejava. Ia indo em direção ao estacionamento com Pablo, quando viu Laura e Marcela juntas, também iam embora.

Torceu para que nenhuma o visse, pois estava com pressa, mas foi em vão. Laura o viu e foi em sua direção, escandalosa e amigável como sempre.

-Ponchinho! -o abraçou ternamente.

-Oi, Laura. -sorriu. -Oi, Marce. -cumprimentou as duas com beijos.

-Oi, Poncho -Marcela estava seca, provavelmente ainda magoada pelo término.

-Como vocês estão, meninas? –ele perguntou atencioso.

-Bem. -apenas Laura respondeu. -E você?

-Ótimo! -sorriu.

-O que faz por aqui? -Laura questionou. -E essas sacolas? -apontou para os pacotes que ele carregava.

-São coisas para a bebê. -respondeu. -Logo ela está chegando e preciso estar com tudo preparado.

-É verdade. Você está diferente, sabia? Está com um olhar tão feliz. -Laura observou. -Olha só o que um filho faz.

-Pois é, acho que é a maior alegria do mundo. -realmente estava radiante com a idéia de ser pai.

-E a Dulce? Como está? -apenas Laura falava.

-Está bem. –ele respondeu.

Marcela fingia não ouvir, queria que ele se sentisse mal pelo que havia feito com ela. Não o perdoaria nunca. Ele tinha sido injusto e insensível.

Alfonso logo percebeu como ela se sentia e uma pontada de culpa o feriu. Pensou em conversar com ela, mas para fazer isso, Laura teria que sair.

-Laura, será que pode nos deixar a sós? -pediu. Laura logo entendeu o recado e saiu.

Dispensou também o segurança. Ficou observando Marcela durante um bom tempo, ela não dizia absolutamente nada, então ele foi obrigado a falar.

-Marce, ainda está chateada, não está?

-Como queria que eu estivesse? -foi brusca. -Terminou comigo por causa daquela... -não completou a frase. - Nos conhecemos desde pequenos e me troca pela primeira que aparece.

-Desculpa dizer, mas Dulce foi à única por quem me apaixonei de verdade, isso já a torna especial. Dulce é especial, é a mulher da minha vida.

-Eu não preciso ouvir isso. -virou a cara.

-Somos amigos, não somos? -se aproximou dela. - Não quero que nada atrapalhe nossa amizade. Tudo bem? -ela assentiu ainda com a cara emburrada, e ele a abraçou.-Obrigada, Marce. -sorriu.

-Bom, já que o ressentimento passou, o que acha de jantarmos? -ela sugeriu.

-Ah não sei não... -pensou em Dulce e no jantar que havia prometido. -Acho que hoje não é um bom dia, e a Dulce não vai gostar...

-Ah qual é? Um jantar de amigos. Vamos reerguer essa amizade. -fez uma cara inegável.

-Bom, está bem, mas será rápido. -concordou.

-Claro. -ela sorriu triunfante.