Fanfic: Quem nunca amou que atire a primeira pedra #

Christopher: O que planejas para hoje?

Annie: Ainda não sei, está frio demais para sairmos, então pensei em chamar o Derek para assistirmos á um filme! O que achas?

Christopher: Sabes que esse cara não me agrada Annie!

Annie:Sim, eu sei Christopher! Mas você irá ter de aceitá-lo, ele é meu namorado agora!

Christopher: Sendo assim, irei chamar Maite! Feliz?

Annie: Não faça chantagem Christopher, sabes que Derek nem se compara com essa sua namoradinha de quinta!

Christopher: Oh por Deus, o que Maite te fez Anahí?

Annie: Depois eu faço uma lista e te entrego, querido! — seu tom sarcástico me enfureceu, aquela foi a gota d’água, eu sabia bem o motivo pela qual Annie e Mai nunca se deram bem, mas tentava diariamente fazê-las se darem bem.

Christopher: Ótimo, aproveito e te apresento ás inúmeras vadias com quem o Derek te trai! — Seus olhos se encheram rapidamente, e uma gota desceu por suas bochechas coradas. —Perdão Annie, não quis te magoar...

Annie: Eu te odeio Christopher! E saiba você, que eu o amo e ele me ama! E algum dia irei casar com ele, e você permanecerá sozinho, com sua arrogância! O que aconteceu com você cara? Já não reconheço meu próprio irmão! — Com os olhos aguados, ela pegou a chave de seu carro e saiu batendo a porta.

Suas palavras entraram como facas em meus ouvidos, me doía saber que ela estava tão iludida com essa cara, mas a dor maior foi ouvir de seus lábios que me odiava...

E apesar de nossas constantes brigas, e mesmo eu negando com todas as minhas forças, eu precisava dela, ela ainda era a única por quem eu tentava ser uma pessoa melhor, a única por quem eu ainda tinha força pra viver, enfim ela ainda era o meu único motivo de vida. E eu temia que ela se cansasse dessa vida de discurssoes e me deixasse aqui, nessa casa onde as lembranças me atormentavam ainda mais intensamente.

Troquei a calça desgasta do moletom por uma calça jeans apresentável e voltei até a sala.

Peguei as chaves do meu carro e sai trancando a porta atrás de mim, porem deixei a chave por baixo do tapete, o típico esconderijo.

O som do carro ligou automaticamente.

Você disse `siga em frente’, para onde vou? Eu acho que o segundo melhor. É tudo que eu vou conhecer...

Conforme a musica passava, eu ia gravando cada trecho, cada nota musical em minha mente, aquilo me relaxou, me fez esquecer de meus problemas temporariamente.

Minhas mãos tremeram e meu coração disparou. Freei com tudo, porem já era tarde, quem quer que esteja debaixo do carro já não poderia ser mais considerado um ser vivo.

Christopher: Céus, o que eu fiz! — Exclamei colocando as mãos na cabeça.

— Oh meu Deus Guido! — O vulto passou por mim com brutalidade.

Christopher: Perdão senhora, eu juro que não o vi! Ele passou de repente! — Tentei inutilmente explicar meu ato imperdoável, enquanto a moça permanecia sentada no meio da rua abraçada ao cadáver do cachorro.

— Seu assassino! Você o matou! — Eu não pude crer, ela estava mesmo chorando pelo cachorro?

Christopher: Por favor, venha comigo, vamos sair do meio da rua, estão todos olhando! — Olhei em volta, em menos de dois minutos já havia um pequeno engarrafamento atrás do meu conversível.

— Eu não vou a lugar nenhum com você, seu...Seu MONSTRO! — Ela gritava histérica, seus olhos castanhos estavam cheios de lagrimas não derramadas, meu coração se partiu.

Agachei-me, ficando na altura dela e do cão felpudo. Com certeza ele já não estava consciente, sua pata estava fraturada e tinha um grande corte no lado esquerdo da cabeça, próximo ás orelhas.

Disquei qualquer numero e esperei até que a ligação se completasse. — Como pode fazer ligações após ter matado o meu cachorro? — Era notável o tamanho de sua indignação.