Fanfic: Quem nunca amou que atire a primeira pedra #

Anahí: Pra onde vai agora? — Ela me olhou curiosa enquanto mudava tediosamente os canais da televisão.

Christopher: Vou á uma banca! Acaba de ser publicado o artigo que escrevi sobre moda e eu preciso ver! — Ela sorriu. Era bobagem precisar ler uma coisa que eu mesmo havia escrito, mas eu precisava disso. O tempo estava bom demais para ir de carro, ir andando iria me favorecer em vários sentidos.

Em todas as bancas, a revista estava colada na fachada, perdendo apenas para a tão conhecida bela&contemporânea.

O dono da banca, um velhinho bastante simpático, até me pediu um autografo que apesar deu eu recusar insistentemente em não dar, ele venceu. Afinal, eu não tenho direito de sair distribuindo autógrafos apenas por escrever um artigo bobo.

Comprei as duas revistas e continuei meu percurso de volta para casa. O artigo estava exatamente como imaginei, e a minha foto no inicio da página havia ficado... ‘Natural’, nada de photoshop ou maquiagem excessiva, apenas eu mesmo.

“Entendo o fenômeno moda hoje como um campo de interpretações que pode lançar luz, sobretudo sobre a relação do indivíduo com seu corpo, com os objetos, com o seu mundo, e porque não dizer com o espírito do tempo.”

                   Christopher U.

O resumo tinha como intuito estimular o interesse das pessoas em ler o artigo, porem ele descreveu minha opinião sobre modas em poucas linhas. A sensação de orgulho, nunca havia sido tão grande. De todos os artigos que já havia feito, nenhum chegava perto desse.

Sentei-me na calçada em frente á casa, estava envolvido demais para me dar o trabalho de adentrar á casa.

O nome familiar, estampado na capa da revista espantou quaisquer lembranças que ainda vagavam pela minha mente.

Li todos os artigos cujo escritora havia sido ela, e era surpreendente, como o sentido que suas palavras faziam, sabia exatamente quando usar suas palavras e seus argumentos tão coerentes.

Eu não vou contar os seus segredos...Seus segredos estão seguros comigo; pense em mim como se eu fosse páginas no seu diário.

As caixas de som vibravam ao tocar sua música preferida Photograph- Nickelback.

Christopher: Céus, eu não posso sair que você quer derrubar a casa? — Gritei enquanto fechava a porta. Ninguém respondeu ao meu comentário sarcástico. — Annie? — Indaguei vasculhando com os olhos o cômodo. Aproximei-me do aparelho barulhento e abaixei o volume. Risadas vindas da cozinha me despertaram a curiosidade, e eu aliviei por distinguir a risada inigualável da minha irmã. — Annie, não estás me ouvindo chamar?  — Entrei no cômodo da cozinha, inconsciente de quem era o ‘visitante’ de Annie, contudo meus olhos se arregalaram ao fitar a dona da risada de segundos atrás.

Annie: Perdão Chris! Acabei exagerando no volume do som! Fiz palha italiana, vai querer? — Ela ergueu a tigela de vidro, ocupada pelo chocolate pastoso.

Christopher: Tudo bem! — Meus ouvidos não foram capazes de captar o que quer que seja que ela havia dito, meus olhos se focaram na garota e por mais que eu tentasse disfarçar a tamanha surpresa, minhas tentativas eram inúteis. Com certeza os olhos ágeis de Annie haviam notado meu olhar bobo sobre Dulce Maria e minha resposta totalmente desajustada.

Dulce: Como vai Christopher? — Suas bochechas ficaram fortemente rosadas, foi interessante notar que nosso rubor trabalhava em sintonia.

Christopher: ótimo e você? — Balancei a cabeça, forçando a saída dos meus pensamentos impuros.

Dulce: Não poderia estar melhor! — Ela sorriu gentil. Olhei alarmado para Annie, que observava todos as nossas atitudes e palavras atentamente, analisando nossa possível situação. Ela pigarreou de propósito, aumentando ainda mais o nosso constrangimento.

Annie: Vá lavar as mãos! Separei um pouco para você! — Automaticamente olhei para a palma de minhas mãos, enroladas uma na outra, as revistas estavam notavelmente amassadas.

Assenti com a cabeça e as deixei á sós.

Devo continuuar ?