Fanfics Brasil - 13 Simplesmente Nós (Vondy) *--*

Fanfic: Simplesmente Nós (Vondy) *--* | Tema: Rebelde (Vondy)


Capítulo: 13

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Prometendo a mim mesma que voltaria mais tarde para uma nova inspeção, dei as costas
aos livros, só para me chocar com um corpo grande e rígido, parado no meio da sala.
— Ai! — dei um gritinho, mais pelo susto do que pela dor que atingiu minha testa.
Ainda não tinha visto o rosto do dono daquela parede que se chocou contra mim quando
uma voz meio rouca e profunda disse, em inglês:
— O Fernando está maluco atrás de você.
O tom era meio ríspido, por isso dei um passo para trás e ergui os olhos. Dei de cara
com um homem jovem, de rosto bonito, mas sério, encarando-me com um olhar irritado. Vestia
uma roupa casual — jeans e camiseta de malha — e parecia muito à vontade naquele
ambiente.
Tive que engolir em seco, porque aqueles olhos duros — e num tom castanho claro — estavam me
queimando.
— Você pode bisbilhotar mais depois — prosseguiu ele, agora, sim, deixando-me
indignada. Como assim, bisbilhotar?
— O que disse? — engasguei.
Ele só balançou a cabeça e me pegou pelo braço, guiando-me porta afora. Não sou
nenhuma leitora de linguagem não verbal, mas podia jurar que o cara bonito estava detestando
a função de me levar até meu pai.
— Ei, eu posso andar sozinha — protestei. Ele soltou meu braço sem pensar duas vezes,
como se eu estivesse pegando fogo ou fosse transmitir uma doença contagiosa.
Em silêncio, caminhamos por mais um corredor e descemos um longo lance de escadas
— eu tinha que guardar esse caminho — até chegar a uma sala decorada por uma mesa
enorme, onde Fernando e Irina conversavam de pé perto de uma das cabeceiras. Eles abriram um
sorriso ao me verem e acho que meu pai respirou aliviado. Será que ele achou que eu havia
fugido?
— Dulce ! Você sumiu! — observou ele, todo feliz com minha súbita aparição. Chegou
perto e beijou meu rosto.
— Desculpa — encolhi os ombros, realmente envergonhada. — Primeiro eu me perdi.
Não sabia que direção tomar. Constrangedor, eu sei. Depois, descobri a biblioteca e, bom,
quase desmaiei de empolgação diante daqueles livros todos.
Fernando e Irina soltaram uma gargalhada contagiante, mas meu “salvador” continuou
rígido e sério como os Dragões da Independência.
— Tudo bem, filha. Fique à vontade para explorar tudo o que quiser neste castelo. Tem
minha permissão. Só ficamos preocupados com seu sumiço.— Desculpa — repeti —, vou ficar mais atenta.
— Então, vamos jantar! — Fernando esfregou uma mão na outra, demonstrando o tamanho
da fome que sentia.
Foi então que percebi que eu também estava faminta. Só de pensar na comida, senti meu
estômago estremecer. Apertei-o discretamente para que não fosse flagrada por ninguém. Seria
uma humilhação se minha barriga rugisse naquela hora.
— Parece que você já conheceu o Christopher — Irina comentou.
Meus olhos, mais que depressa, voaram até o homem emburrado, que levantou uma das
sobrancelhas, numa atitude meio blasé.
— Oh! É claro! Que cabeça a minha! — Fernando me pegou pela mão e se aproximou do
sujeito, todo cheio de afeto — Filho, esta é a Dulce , minha menina perdida. E este é o
Christopher Alexander, Dulce , meu filho postiço.
Nós dois nos encaramos por um instante e, quando eu já ia estender a mão para
cumprimentá-lo, coisa que nenhum dos dois tinha feito até então, ele arqueou uma das
sobrancelhas e disse:
— Que providencial ela ter sido encontrada justo agora, não é mesmo?
Não sei se Fernando e Irina perceberam o tom, mas para mim ficou claro: Christopher foi
extremamente sarcástico, o que me levou a acreditar que ele não me queria ali. Fiquei
magoada. Até poucos dias atrás, eu mesma relutara em aceitar conhecer essa outra parte de
minha vida. Será que aquele playboyzinho estava pensando que eu tinha segundas intenções,
tipo, dar um golpe em meu próprio pai? O que não seria pouca coisa, já que ele era um rei.
Fala sério!
Ninguém respondeu àquela provocação. Fechei a cara para ele e me sentei na cadeira que
Fernando puxou para mim, bem a seu lado. Christopher ficou de frente para nós e nem por um momento
relaxou a expressão. Por isso, o jantar foi tenso. Quero dizer, não só por isso. A comida
também não ajudou. E olha que eu estou acostumada a comer de tudo, já que minha mãe é dona
de buffet e tal, mas nunca havia experimentado aquelas coisas, como, por exemplo, salada de
estrela-do-mar! Só de ver os tentáculos do bicho espalhados no meio da travessa, quase
passei mal.
Eu queria picanha, arroz, feijão, farofa. Será que eles não conheciam esse tipo de
comida? Será que eu teria que fazer um regime forçado pelos próximos seis meses?! Ah, não.
Se fosse preciso, eu mesma iria para a cozinha. Aprendi com minha mãe a fazer muitas
receitas e sei me virar muito bem. Fome eu não passaria.
Percebendo minha relutância em engolir, Irina quis saber:
— A refeição não está do seu agrado, meu bem?Fiquei roxa de vergonha, até porque Christopher semicerrou os olhos, de um jeito maligno,
aguardando minha resposta.
Eu poderia mentir e dar uma desculpa qualquer. Aliás, as frases mentirosas chegaram até
a ponta de minha língua. Mas mudei de ideia a tempo. Se eu quisesse sobreviver na Krósvia,
precisaria ser sincera com todos — e comigo também.
— É que eu não conheço esses pratos — confessei. — Estou acostumada com outras
coisas, tipo arroz e feijão. Já ouviram falar?
Fernando caiu na gargalhada e, para minha surpresa,Christopher também sorriu. E, Nossa Senhora


das Graças, quando ele sorriu, tudo mudou naquele rosto. A carranca desapareceu e deu lugar
a uma boca muito sexy, meio torta, com dentes branquíssimos e enfileirados. Eu ainda não
tinha reparado numa pintinha minúscula acima dos lábios, no canto esquerdo. Muito charmosa
a combinação.
De repente, peguei-me perdida naquela imagem, como uma garotinha de olho na Barbie
Castelo de Cristal. Alex percebeu e fechou a cara novamente. Ainda bem. Se não, até que
horas eu ficaria ali pagando aquele mico?
— Claro que conhecemos arroz e feijão — esclareceu Irina, paciente. — Na verdade,
mais o arroz. Mas ele não faz parte das refeições diárias dos krosvianos. Nosso clima não é
muito favorável ao seu cultivo.
— Certo. E vocês suprem as necessidades diárias de carboidratos com...?
— Pães e massas, é claro. — Irina foi rápida no gatilho. Mais parecia uma guia de
excursão, com suas respostas para todos os tipos de pergunta. O engraçado é que não vi
nenhum pão e nenhuma massa naquele jantar. Se eles tivessem sido servidos, eu não estaria
passando fome


No final das contas, Fernando me salvou. Pediu à criada que trouxesse um sanduíche de
presunto e queijo para mim, o que me deixou imensamente grata.
Christopher, depois do sorriso não intencional, voltou à careta de sempre e ficou quieto, só
falando quando a palavra era dirigida a ele.
Consegui observá-lo um pouco mais e concluí que, mesmo bonito, ele era dominado por
seu mau temperamento. Queria muito saber se ele agia assim sempre, com todo mundo, mas
não tive coragem de perguntar nem para Fernando , nem para Irina. Pareceria invasivo demais,
além de dar margem para possíveis especulações.
Então, no momento em que Christopher virou as costas e foi embora para seu apartamento,
que ficava sei lá onde em Perla, grudei a língua no céu da boca para não perguntar nada e
também saí, refugiando-me em meu novo — e maravilhoso — quarto .. !!



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Autor(a): Nobody's Perfect :)

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Queria notícias de meu povo e aproveitei a falta de sono e a solidão para entrar emcontato com todos. Assim que liguei o computador e me conectei à Internet, as mensagenscomeçaram a pipocar. De: Blanca SaviñonPara: Dulce MariaAssunto: Chegou bem?Minha querida filhinha,Tudo bem aí? Chegou bem? Por que não deu notícias a ...


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Comentários do Capítulo:

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  • stellabarcelos Postado em 24/01/2016 - 13:42:18

    Aí que história linda! Amei do início ao fim!

  • cavondy Postado em 08/12/2014 - 01:37:05

    Posta mais!!!

  • candyvondy2 Postado em 24/11/2014 - 17:07:22

    Aiiii mds do céu q isso coitada da dul mais eu tenho certeza q o cão do nome de cachorro ta no meio e meu bebe ta safrendo por causa disso Há mais se eu pego essa Laika eu sou capaz te matar

  • nobodys_perfect Postado em 24/11/2014 - 15:07:09

    candyvondy2 :Rsrs" que bom vc tb está acompanhando *--* sra. fantasma hahaha " .. eu tbm não gosto do ser canino kkk " , quando eu li esse livro cada página que ela entrava eu a matava mentalmente haha " postei mais alguns caps , espero que goste !! bjs :*

  • candyvondy2 Postado em 24/11/2014 - 14:30:03

    Oii leitora n tão nova mais fantasma kkkkk aii como eu amo sua fic eu amo o casal vondy,tenho um ódio mortal pelo nome de cachorro e amo sua fic kkkl Posta mais plixxx

  • day326 Postado em 07/11/2014 - 00:33:03

    Moça adoro sua fic to da vez que eu leio o nome laika me lembro de um canik kkkkkk #pegacachorrinha AHUSHSUSHSUS ahh esses últimos capitulos nao ta aparecendo o site deu bug denovo ;( mas continua postando #melhorasplease

  • nobodys_perfect Postado em 30/10/2014 - 23:08:32

    Eu vou postar mais sim :) e obrigado por acompanhar e me avisar que não estão aparecendo os caps :/ .. vou respostá-lo pra vcs .. o site está com esse problema chato ás vezes :P .. maaas vou postar mt hj rsrs *-*

  • day326 Postado em 30/10/2014 - 13:59:15

    Gostei muito dos capitulos, mas os demais nao estao aparecendo ://, posta mais :))

  • day326 Postado em 16/10/2014 - 02:34:18

    Oi ;) muito boa e engraçada dou muita risada com sua fic... continua ??

  • nobodys_perfect Postado em 15/10/2014 - 20:22:38

    Mais uma leitora *--* !! Continuaando ... <3


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