Fanfics Brasil - Soltando o veneno l Simplesmente Nós (Vondy) *--*

Fanfic: Simplesmente Nós (Vondy) *--* | Tema: Rebelde (Vondy)


Capítulo: Soltando o veneno l

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O que um vestido de alta costura não faz por uma mulher! De tanto comprar minhas roupas do
dia a dia na C&A e na Renner, para mim elas eram o que havia de melhor. Como eu estava
enganada! Uma peça de grife modifica o corpo — para melhor, óbvio.
Por ser magra e alta, curvas são acessórios inexistentes em minha silhueta. Mas juro que
o longo da Dior Couture operou milagres em mim. Não é que eu fiquei gostosa? Uau!
Patrick voltou e caprichou no penteado. Ele criou uma coisa meio doida, jogada de lado,
para parecer despenteado, mas eu sei que deu o maior trabalhão para fazer. Ficou sofisticado.
Nem sob ameaças eu apareceria sozinha no salão de baile do castelo. Não naquela noite.
Peguei Any no quarto dela e a fiz de minha acompanhante. Se dependesse de Irina, eu teria
uma entrada triunfal. Faria uma parada estratégica no topo da escadaria e a música daria uma
pausa nesse momento. As pessoas exclamariam “ohhh” e só então eu começaria a descer os
degraus, um a um, quase em câmera lenta.
Onde foi mesmo que já vi essa cena, hein? Ah! Em quase todos os filmes bregas. Tô fora.
Mesmo acompanhada por Any e chegando junto com os convidados — e não depois,
como Irina gostaria —, não consegui evitar os olhares e comentários a meu respeito. Uns
cochichavam, outros falavam alto para eu escutar e todo mundo queria conhecer melhor a filha
do rei Fernando Markov. Dava uma canseira ! 


Onde estariam minha mãe e vovó Clara ? Demoravam tanto! Fernando andava de um lado
para o outro, conversando com os convidados, trocando cumprimentos e apresentando-me
para as pessoas. Any me cutucou quando um garçom se postou atrás de nós.
— Vamos encher a cara? — sugeriu. Seus olhos até brilharam de empolgação.
— Até parece — desdenhei, revirando os olhos. — Não posso dar mais motivos para
meu nome cair na boca do povo.
— Só champanhe, então. Por favor... — suplicou ela, com cara de bichinho de estimação.
Até que um pouquinho de álcool seria uma boa. Pegamos duas taças e ficamos
bebericando devagar, observando os convidados. Era cada figura!
— Olha só aquela mulher. — Fiz sinal para Any encontrar a direção. — Está parecendo uma cacatua com aquele vestido de plumas. Branco, ainda por cima.
Disfarçamos porcamente uma gargalhada e tivemos que nos virar para não sermos pegas
em flagrante.
— E o chapéu daquela ali. Lembra o obelisco da Praça Sete.
Mais risadas. Altas. 


— Sacanagem, Any . Nem está tão alto assim.
— O barrigudo ali é a cara do Denny Devito — comentou minha amiga. — Cruzes, Dulce,
gente rica é meio sem noção, né?
Essa foi a deixa para a entrada de Laika. Contrariando a afirmação de Any, Nome de
Cachorro abusou do bom gosto para se vestir. Bem que eu gostaria que ela estivesse
parecendo uma palhaça. Eu torcera para que sua fonte de inspiração fosse Elke Maravilha,
mas ela estava mais para Carla Bruni.
Se a palavra translumbrante existisse, seria pouco para defini-la. O que fazer quando
seu pior pesadelo surge num vestido longo de cetim vermelho, agarrado ao corpo do busto às
panturrilhas, com uma fenda traseira que terminava a poucos centímetros do bumbum (isso eu
vi depois, mas já estou descrevendo)? Como se não bastasse, a parte superior do vestido era
de uma renda finíssima e transparente e só um top cor da pele evitava que a bendita estivesse
nua na frente de todo mundo.
A seu lado vinha Chris , 


num smoking impecável. Mais lindo, impossível. Era a
personificação de Jared Padalecki, astro da série Supernatural, do Warner Chanel. Primeiro,
fiquei sem fôlego. Depois, senti meu coração dar cambalhotas no peito. Por fim, fiquei
vermelha. Mas isso aconteceu quando os olhos dele encontraram os meus, num instante de
pura química.
— Dulce. Acorda. — Any me beliscou nas costelas. — Já que não admitiu até hoje que
sente algo pelo Christopher, deixa pra depois, tá? Agora não é hora de dar bandeira. As pessoas
estão olhando.
É por isso que adoro minha amiga. Está sempre me livrando de enrascadas.
Desviei o olhar, desejando nunca ter visto Christopher na minha vida. Por que a existência
dele tinha que mexer tanto com a minha? Não acreditava que estivesse apaixonada por ele.
Não ainda. Mas havia alguma coisa, uma conexão, caso contrário eu não ficaria tão abalada
cada vez que o visse. E nem sentiria tanto ciúme por causa de Laika.
— Presumo que aquela seja a Nome de Cachorro — arriscou Any, de nariz torcido.
Ela também era ótima para comprar minhas brigas.
— Sim 


— E aquelas duas perdidas ali devem ser a Blanca e a dona Clara .
Oh! Nem tinha reparado que mamãe e vovó já haviam chegado. E olha que elas estavam
com Chris.
Nós quatro nos juntamos numa rodinha e eu me deixei levar pelos comentários em
português que elas faziam sobre o evento. Minha mãe já sabia sobre as notícias
sensacionalistas e não se deixou abalar. Contou que passou a noite recebendo telefonemas do
Brasil, entre eles de jornalistas ávidos por uma entrevista exclusiva.
— Até a Sônia Abrão me ligou — disse. — Já pensou, Dulce, eu sentada no cenário dela,
com um ou dois comentaristas, contando nossa história e me submetendo a perguntas invasivas
em favor da audiência?
— Uhg! — Só de imaginar a cena, tive náuseas. — Mãe, você está proibida de dar
entrevistas. Aliás, as três estão. Vamos evitar a urubuzada, por favor. A não ser que seja uma
coisa séria. Não vamos fazer disso tudo um circo de horrores. Combinado?
— É claro, filha. Essa hipótese não está sendo nem mesmo cogitada — garantiu mamãe.
— E, a propósito, você está lindíssima. Como eu nunca consegui fazer você usar um desses
antes? Aposto que é obra da Irina 


Engraçado. Era para eu ficar feliz com o elogio, mas acabei fazendo comparações, vocês
sabem com quem. De repente, meu Dior Couture se transformou numa roupinha sem graça.
— E deve ter custado uma fortuna — completou vovó, admirada. — O Fernando faz tudo
por você, não é mesmo?
— Sim. — Não consegui evitar uma olhada na direção dele. Demonstrava estar tão feliz.
— Ele é demais, vó. Mãe, você foi uma boba. É difícil encontrar um homem como meu pai no
mercado, sabia?
Ela fez uma careta.
— E eu não sei? Por que você acha que estou solteira até hoje?
É. Não fazia mesmo sentido. Mesmo linda e bem cuidada, minha mãe nunca namorava.
Ou melhor, até já tinha namorado, sim, mas jamais ficava com uma cara por muito tempo.
Agora eu sabia por quê. Era absolutamente impossível existir alguém igual a Fernando.
— Vocês vão me perdoar, mas demais mesmo é o Christopher — comentou vovó, com a voz
lotada de malícia. — A Blanca  está de prova e não vai me deixar mentir nem exagerar. Ele nos
tratou com a maior delicadeza. Conversou conosco o tempo todo durante o trajeto de ida e
volta, foi gentil abrindo e fechando portas para nós e até nos convidou para conhecer o
apartamento dele, mas isso nós tivemos que negar por pura falta de tempo. Agora, na volta,
mesmo com a namorada esnobe dele, ele procurou ser simpático e demonstrou estar
bastante interessado no nosso bem-estar. Estou mentindo, Blanca? 


— Não, mamãe. Isso tudo é verdade. Ele é uma ótima pessoa. Bom, pelo menos é o que
parece.
Meu Deus do céu! Por que tudo acabava levando a Christopher?
— Mas a tal da Laika é bem estranha — vovó completou.
Saber que essa opinião era um ponto em comum entre nós quatro me deixou mais
tranquila. Pelo menos, não era eu a implicante.
A conversa terminou quando Fernando me pegou para desfilarmos juntos pelo salão. Hora
de fazer um social. Fomos andando de mesa em mesa, dando atenção aos convidados, que,
afinal de contas, estavam ali para me prestigiar. Mas que trabalhinho cansativo! Se antes
minhas bochechas doíam, agora gritavam. Não é fácil manter um sorriso na cara por mais de
15 minutos.
E eu conheci gente para caramba, de tudo o quanto é lugar. Mas não me perguntem quem
era quem que eu levaria uma vida para reconhecer todos.
Foi numa dessas andanças pelo salão que topamos com o Casal 20: Christopher e Laika.
Pretendia ignorá-los por pelo menos mais uma ou duas horas. Contudo, me dei mal.
— Dulce — ele disse de forma polida.
— Christopher — fiz o mesmo.
— Majestade. — Já Laika era só sorriso, mas um daqueles bem falsos. — Sua festa está
linda. E, Dulce, acompanhei tudo pela TV e posso garantir que você foi muito bem 


 


Fingida...



— Seu vestido estava um arraso — continuou ela. — E esse também é demais. Você está
uma graça.
Entendi a estratégia dela. Laika preferia gastar elogios comigo a deixá-
-los para o namorado. Ela falava, ele ficava calado. Garota esperta.
— Obrigada — murmurei. E me obriguei a retribuir: — O seu também é ótimo.
Pensando que estava me fazendo um grande favor, Fernando arrastou Christopher de perto de nós,
com a desculpa que “as meninas querem fofocar”. Acabei ficando sozinha com Nome de
Cachorro.
Um silêncio pesado pairou sobre nós, daqueles que são difíceis de administrar. Eu não
tinha a menor vontade de trocar amenidades com Laika ou falar do tempo, muito menos saber
da vida pessoal dela. Só uma curiosidade martelava minha cabeça: se ela fazia planos de
sumir do mapa a curto prazo. Mas isso eu não me arriscaria a perguntar. Nem morta, né, gente?
Foi a própria Laika quem quebrou o silêncio 


— Pretende ficar muito tempo na Krósvia? — Pelo jeito a mesma dúvida que eu tinha
também atormentava Nome de Cachorro.
— Planejei passar seis meses aqui — esclareci casualmente. — Devo voltar para o
Brasil depois do Carnaval.
— Carnaval? — ela repetiu. — Aquela festa em que as pessoas, bem... se liberam?
Enruguei a testa, preparando-me para defender nossa mais tradicional comemoração,
embora eu mesma tenha um pouco de resistência a ela — não aos dias que fico de folga, que
fique claro. Mas não era essa a verdade? Dizer que o povo se libera é até eufemismo. Todo
mundo solta as frangas, isso sim.
— Acontece em que mês? — Laika quis saber, sem me dar tempo para responder à
pergunta anterior.
— No ano que vem vai cair no meio de fevereiro. É que ela varia de ano para ano —
expliquei, crente que estava agradando.
— Então, ainda está longe.
Que bela oportunidade para soltar uma frase de duplo sentido! Para qualquer um, soaria
como se Laika estivesse se referindo ao Carnaval. Mas não para meu sexto sentido. Tudo me
levava a crer que ela estava lamentando o tempo que ainda faltava para eu partir para longe e 


de vez.
— Passa rápido. — Adorei minha ironia. De vez em quando eu adoro usar uma.
Novo silêncio. Por que eu não aproveitava para dar o fora dali? Meus neurônios
começaram a processar uma desculpa com a qual eu pudesse escapulir.
Foi aí que Laika deixou a máscara sair do lugar.
— Dulce , se me permite ser sincera — Laika assumiu uma postura felina, como se a
qualquer momento fosse enfiar as garras em minha cara —, sei que tem passado muito tempo
com o Christopher . O fato de vocês terem o rei Fernando em comum acabou forçando uma proximidade,
que eu considero próxima até demais.
Meu sangue sumiu de repente. Será que Nome de Cachorro estava concluindo que eu
queria alguma coisa com o namorado dela? Alguma coisa como querê-lo para mim? Que
viagem! Né?
— Vocês têm ficado muito tempo juntos, mas eu sei que é porque o Fernando confia no
Christopher. — Laika tratou de justificar seu comentário. Notei que ela desejava me alfinetar e
demarcar claramente seu território, mas sem parecer possessiva e ciumenta. Afinal, para que
perder tempo com uma garota como eu? — O Christopher tem faltado ao trabalho, mas também tem
dias que ele fica até tarde no escritório para compensar as ausências. Você já deve saber que  


ele é um arquiteto muito requisitado e esses sumiços soam mal para a carreira dele.



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Autor(a): Nobody's Perfect :)

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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" Que feio, Laika! Usar o trabalho do cara para disfarçar seu ciúme. "   Isso eu só pensei,mas não seria o máximo jogar na cara dela?— Bom, eu só aceitei essa situação porque meu pai insistiu e, se me permite dizer, Laika,a ideia foi do próprio Christopher. Imaginei que ele devia saber o que estava f ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • stellabarcelos Postado em 24/01/2016 - 13:42:18

    Aí que história linda! Amei do início ao fim!

  • cavondy Postado em 08/12/2014 - 01:37:05

    Posta mais!!!

  • candyvondy2 Postado em 24/11/2014 - 17:07:22

    Aiiii mds do céu q isso coitada da dul mais eu tenho certeza q o cão do nome de cachorro ta no meio e meu bebe ta safrendo por causa disso Há mais se eu pego essa Laika eu sou capaz te matar

  • nobodys_perfect Postado em 24/11/2014 - 15:07:09

    candyvondy2 :Rsrs" que bom vc tb está acompanhando *--* sra. fantasma hahaha " .. eu tbm não gosto do ser canino kkk " , quando eu li esse livro cada página que ela entrava eu a matava mentalmente haha " postei mais alguns caps , espero que goste !! bjs :*

  • candyvondy2 Postado em 24/11/2014 - 14:30:03

    Oii leitora n tão nova mais fantasma kkkkk aii como eu amo sua fic eu amo o casal vondy,tenho um ódio mortal pelo nome de cachorro e amo sua fic kkkl Posta mais plixxx

  • day326 Postado em 07/11/2014 - 00:33:03

    Moça adoro sua fic to da vez que eu leio o nome laika me lembro de um canik kkkkkk #pegacachorrinha AHUSHSUSHSUS ahh esses últimos capitulos nao ta aparecendo o site deu bug denovo ;( mas continua postando #melhorasplease

  • nobodys_perfect Postado em 30/10/2014 - 23:08:32

    Eu vou postar mais sim :) e obrigado por acompanhar e me avisar que não estão aparecendo os caps :/ .. vou respostá-lo pra vcs .. o site está com esse problema chato ás vezes :P .. maaas vou postar mt hj rsrs *-*

  • day326 Postado em 30/10/2014 - 13:59:15

    Gostei muito dos capitulos, mas os demais nao estao aparecendo ://, posta mais :))

  • day326 Postado em 16/10/2014 - 02:34:18

    Oi ;) muito boa e engraçada dou muita risada com sua fic... continua ??

  • nobodys_perfect Postado em 15/10/2014 - 20:22:38

    Mais uma leitora *--* !! Continuaando ... <3


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