Fanfic: Simplesmente Nós (Vondy) *--* | Tema: Rebelde (Vondy)
Ajeitei-me no banco de trás do carro de modo que não conseguisse enxergar o rosto de
Laika pelo retrovisor. Acabei focalizando a linda carinha de Christopher. Mas baixei os olhos
para não provocar a garota histérica, que fez questão de segurar a mão direita dele
enquanto o mesmo manobrava o carro.
— Santa insegurança! — murmurei em português. Aliás, que ideia brilhante! De agora em
diante eu xingaria Nome de Cachorro quanto quisesse, mas sempre em minha língua nativa.
Ninguém ia nem perceber.
Mas as mãos não ficaram juntas por muito tempo. Chris soltou a dele para mexer no
aparelho de som e sintonizou uma música que eu conhecia da frente para trás e de trás para a
frente
Ouçam -> https://www.youtube.com/watch?v=Ivaqcws6HVA
Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal...
Hoje preciso de você
Com qualquer humor, com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje
Ofeguei. Que Jota Quest era uma banda maravilhosa e amada pelos brasileiros — pelo
menos os de bom gosto —, todo mundo sabia. Ou melhor, nós, do Brasil, sabíamos. Mas Christopher
conhecer o grupo e ainda ter o CD no próprio carro?
— Amor, que música é essa? — quis saber Laika, mas não de um jeito “surpresa
agradável”. — E em que língua horrorosa o cara está cantando?
Ah, não! Agora ela tinha extrapolado. Porque tudo bem EU às vezes xingar o bendito ser que criou a língua portuguesa e sua gramática complicada. Mas eu posso, pois falo português
desde que saí da barriga de minha mãe. Ou melhor, desde uns nove meses depois disso, vá.
Mas ela...
Aproximei-me do banco do motorista, agarrando o encosto da cabeça para dar impulso, e
exclamei:
— Cara, você conhece o Jota Quest!
Christopher estava se divertindo. Não deu bola para meu espanto, respondendo
casualmente:
— Quem não conhece? Eles são ótimos!
— Quem é Jota Quest, gente? — indagou Laika.
Ignoramos a dúvida de Nome de Cachorro.
— Faz tempo que você tem o CD deles? — perguntei, desconfiada. Tinha a impressão de
que ele só estava tentando me agradar.
— Não muito — ele deu de ombros.
— Você sabe o que a letra diz? — Essa pergunta eu fiz bem devagar.
Christopher me olhou de esguelha, evitando encontrar meu olhar. Diante disso, levantei algumas
hipóteses: Ele sabia. Se sabia, é porque buscara uma tradução para ela, pois não
pronunciava nem “obrigado” em português. Se fora atrás da tradução, provavelmente queria
entender a letra. E, se ficou sem graça com a minha pergunta, foi porque fizera tudo isso
pensando em mim.
Ou não. Ele poderia muito bem gostar mesmo do Jota Quest e já ter esse CD há tempos. E
também ser um cara supercurioso a ponto de traduzir todas as línguas que escutava — ou pelo
menos as músicas. Mas por que então nunca comentara que curtia um conjunto musical
brasileiro? Mistério...
— De onde é essa banda, Christopher? — Laika guinchou. Estava na cara que ela surtaria a
qualquer momento.
— Do Brasil — ele e eu respondemos juntos.
Laika fez uma careta cheia de significado, tipo “eu vou ter mesmo que matar essa garota”.
— O que diz a letra, Christopher? — a doida varrida exigiu saber. Mas pela primeira vez eu
estava com ela. Vamos, Chris, justifica agora?
— Sei lá — ele se esquivou, girando a chave para ligar o carro. — Como eu posso
saber, Laika? Não falo português.
— Ela fala de um cara — resolvi explicar — que teve um dia ruim por um motivo não revelado, e ele diz que precisa encontrar a mulher que ele provavelmente ama para se sentir
melhor, pelo menos nesse dia. A música se chama Só hoje.
Laika torceu o nariz sem a menor discrição. E ainda completou:
— Parece bem more or less (mais ou menos )
Por outro lado, achei que Christopher ficou um pouco mais desconfortável. Para evitar
faíscas assassinas em minha direção, coloquei meus óculos escuros no rosto e fingi estar
concentradíssima na paisagem
No entanto, não parei de pensar um minuto sequer em tudo o que vinha acontecendo com
Christopher e comigo nos últimos tempos. Olhando em retrospecto, a análise revelou elementos
bastante contraditórios.
Ele já tinha me odiado — embora não admitisse —, já tinha desconfiado de minhas
intenções. Também já me levara para conhecer boa parte da região de Perla e até lugares
exóticos, como a Caverna do Pirata. Já me fizera rir de seu gênio sinuoso e até me protegera.
Fora sarcástico e indiferente, mas demonstrara ter senso de humor. Chegara a se
emocionar, mesmo que de leve, em algumas ocasiões, como quando me contara a história de
minha bisavó Catarina ou reconhecera o colar de sua mãe em meu pescoço.
Às vezes, demonstrava gostar de mim e até me admirar e me provocava o tempo todo,
fosse com palavras, fosse ou atitudes. Mas, independentemente de qualquer uma dessas
supracitadas posturas, ele era sempre Christopher, o Christopher. Aquele que não me dava folga, que me
atormentava até nos sonhos e que me fazia sentir coisas que eu nunca sentira antes.
Era por causa dele que eu andava com vontade de quebrar o nariz de Nome de Cachorro
desde o dia em que a vira pela primeira vez. Aliás, Nome de Cachorro era um apelido que
surgira por instinto, antes mesmo de eu conhecer o caráter podre da garota. Fui motivada por
um ciúme que até então desconhecia, já que nunca fora uma pessoa ciumenta.
Também fora devido a Chris que eu deixara de gostar de Douglas, por quem julgara estar
muito apaixonada. Mas isso tinha sido bom, afinal, o cara era um galinha, uma aberração. Eca
Então, como, minha Nossa Senhora, como ignorar a verdade se ela estivera o tempo todo
estampada em minha cara? Sem medo de plagiar a fala de Charles, personagem do filme
Cartas para Julieta, ao qual assisti umas 19 vezes no Telecine Pipoca, reconheci que estava
completa, absurda e irrevogavelmente apaixonada por Christopher Uckermann . Bom, a fala não
era bem assim, mas era quase isso.
E era a mais pura verdade. Toda vez que olhava para ele, meu corpo tremia. Quando seus
olhos prendiam os meus num daqueles olhares perigosos, eu quase entrava em parafuso. Só de
me lembrar da tatuagem tribal em seu tríceps esquerdo, chegava a ofegar.
Não havia um só dia em que ficasse indiferente a Christopher, mesmo no princípio, quandoachava que o odiava.
E o que eu ganhava com essa constatação? Tristeza. Justamente o que eu afirmara para
Any uns dias atrás, quando eu apenas conjecturava.
Afundei ainda mais no banco de trás, temendo que de repente essa paixão ficasse
estampada em minha cara. Eu podia estar apaixonada, mas não admitiria essa verdade para
ninguém, nem sob tortura. Já era humilhante demais gostar de um cara comprometido e que não
sentia o mesmo por mim.
Pior foi ter que aguentar Nome de Cachorro lá na frente, fazendo carinho na nuca de
Christopher enquanto ele dirigia, conversando com ele em krosvi para me excluir de propósito.
Antes eu tivesse levado meu iPod, só para ficar surda durante o trajeto.
Como coisas ruins tendem a demorar mais a passar do que as boas, achei a viagem lenta
demais. No entanto, quando pensava que não chegaríamos jamais, avistei um portão de ferro
fundido com uma placa ao lado, cujas palavras em krosvi pareceriam escritas em código, não
fosse o nome Celeste. Esse eu não só consegui ler como reconheci. Estávamos, finalmente, no
lar das meninas órfãs de Craiev.
Autor(a): Nobody's Perfect :)
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
— Dulce ! Que bom que chegaram!Tia Marieva me viu de longe e se apressou para me encontrar. Trocamos um abraçocaloroso, eu equilibrando o pacote de brigadeiros. Ela também cumprimentou Chris e Laika,mas foi minha mão que ela segurou e foi a mim que conduziu para dentro da casa em estilocolonial que abrigava o orfanato.Depois que saímos do ca ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 12
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stellabarcelos Postado em 24/01/2016 - 13:42:18
Aí que história linda! Amei do início ao fim!
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cavondy Postado em 08/12/2014 - 01:37:05
Posta mais!!!
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candyvondy2 Postado em 24/11/2014 - 17:07:22
Aiiii mds do céu q isso coitada da dul mais eu tenho certeza q o cão do nome de cachorro ta no meio e meu bebe ta safrendo por causa disso Há mais se eu pego essa Laika eu sou capaz te matar
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nobodys_perfect Postado em 24/11/2014 - 15:07:09
candyvondy2 :Rsrs" que bom vc tb está acompanhando *--* sra. fantasma hahaha " .. eu tbm não gosto do ser canino kkk " , quando eu li esse livro cada página que ela entrava eu a matava mentalmente haha " postei mais alguns caps , espero que goste !! bjs :*
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candyvondy2 Postado em 24/11/2014 - 14:30:03
Oii leitora n tão nova mais fantasma kkkkk aii como eu amo sua fic eu amo o casal vondy,tenho um ódio mortal pelo nome de cachorro e amo sua fic kkkl Posta mais plixxx
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day326 Postado em 07/11/2014 - 00:33:03
Moça adoro sua fic to da vez que eu leio o nome laika me lembro de um canik kkkkkk #pegacachorrinha AHUSHSUSHSUS ahh esses últimos capitulos nao ta aparecendo o site deu bug denovo ;( mas continua postando #melhorasplease
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nobodys_perfect Postado em 30/10/2014 - 23:08:32
Eu vou postar mais sim :) e obrigado por acompanhar e me avisar que não estão aparecendo os caps :/ .. vou respostá-lo pra vcs .. o site está com esse problema chato ás vezes :P .. maaas vou postar mt hj rsrs *-*
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day326 Postado em 30/10/2014 - 13:59:15
Gostei muito dos capitulos, mas os demais nao estao aparecendo ://, posta mais :))
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day326 Postado em 16/10/2014 - 02:34:18
Oi ;) muito boa e engraçada dou muita risada com sua fic... continua ??
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nobodys_perfect Postado em 15/10/2014 - 20:22:38
Mais uma leitora *--* !! Continuaando ... <3