Fanfics Brasil - O recado de Catarina Simplesmente Nós (Vondy) *--*

Fanfic: Simplesmente Nós (Vondy) *--* | Tema: Rebelde (Vondy)


Capítulo: O recado de Catarina

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* Lembrando aqui que essa catarina é a bisavó da Dulce ;) .. é aquela da história trágica , vcs irão entender rsrs "!!


 


 


De: Anahí Portilla
Para: Dulce Maria
Assunto: Preciso falar com você.
Duuul, liga para mim!
Estou desesperada querendo falar com você, mas não atende minhas ligações nem
responde minhas mensagens desde sábado. O que está havendo aí? Sei que não deve ser
coisa boa, se não, não teria sumido desse jeito.
Sua mãe também anda preocupada. O que aconteceu, amiga? Tem a ver com os
paparazzi de novo? Se for isso, desencana. São todos um bando de sem serviço.
Conversa comigo, vai?
Beijos...
Any 


 


Fiquei três dias inteiros trancada no quarto. Para todos os efeitos, eu tinha pegado uma
virose que me derrubara. Por sorte, meu pai viajou para participar de uma conferência na
França e me poupou de maiores explicações. Não que eu tenha ficado totalmente imune a
questionamentos. Irina e Kare passavam para me ver umas dez vezes por dia — cada uma
—, indignadas com meu desânimo e minha falta de apetite.
Pois é. Perdi a fome também. Fato inédito em minha vida. Mas como conseguiria engolir
se um bolo compacto e resistente havia se formado em minha garganta e não dava sinais de
que desapareceria?
Vejam só o que uma paixão não correspondida faz com a gente. Nunca pensei que fosse
sofrer por amor, como as heroínas das histórias de época das quais eu tanto gostava. Mas lá
estava eu: entrevada na cama, sem motivação até para receber as meninas do Lar Irmã Celeste.
Entretanto, como não desejava chamar atenção para o fato de ter sido meio que rejeitada por
Chris  — sim, porque ele não me procurara mais depois daquele dia —, inventei a tal virose e
tinha que ficar dando uns espirros mentirosos sempre que alguém aparecia para me ver.
Também decidi desligar o celular, de modo que não caísse na tentação de desabafar com
quem me ligasse, ou seja, com Any, minha mãe ou vovó. Se ouvisse a voz delas, juro que
cairia em prantos. 


Sendo assim, passei três dias meio catatônica, assistindo a filmes água com açúcar na TV
a cabo, o que só potencializou minha depressão, já que, vamos combinar, ver casais tendo
seus finais felizes, mesmo que na ficção, não era exatamente uma injeção de ânimo. Em 72
horas, revi cenas e mais cenas de beijos calientes, chorei baldes de lágrimas revendo Titanic
e Um Amor para Recordar, entreguei-me mesmo a uma autoflagelação. Minha mãe sempre diz
que, às vezes, não faz mal ter pena de nós mesmos. Então, eu tive.
Mas também me deixei levar de volta ao show de Bon Jovi e repassei meu amasso com
Christopher milhares de vezes em minha cabeça. Nem na milésima primeira vez deixei de me
arrepiar ao lembrar o beijo e a sensação que ele provocara em meu corpo. Ah, se eu pudesse
voltar atrás e repetir a dose, só que em câmera lenta para durar mais. Porém, de nada
adiantava sonhar, pois não havia a menor possibilidade de tudo aquilo voltar a acontecer.
Por isso, na manhã do quarto dia, me levantei da cama decidida a me entregar ao clichê
de sacudir a poeira e dar a volta por cima. Ou eu vencia essa fase difícil ou teria que arrumar
as malas e partir de volta ao Brasil o mais rápido possível. Só não dava para continuar
entregue à apatia.
Minha primeira providência foi tomar um banho relaxante de banheira, com direito a sais
e muita espuma. Fiquei perdida em pensamentos até a água esfriar. Depois, vesti uma roupa
quente e confortável e me sentei na frente do computador, resolvida a escrever uma resposta
para a mensagem desesperada de Any. Estava disposta a me abrir de vez com minha melhor
amiga. Quem sabe aquele bolo desaparecesse de minha garganta? 


 


De: Dulce Maria
Para: Anahi Portilla
Assunto: Olá!
Amiga,
Antes de começar, gostaria de lhe pedir desculpas. Não tenho sido uma boa MAPS
(Melhor Amiga Para Sempre, lembra-se da nossa sigla secreta?). Porque melhores
amigas não escondem coisas uma da outra e tudo o que tenho feito nos últimos tempos é
omitir um fato que você já percebeu, mesmo eu não tendo coragem de admitir. Até hoje.
Pois é. Você estava certa quanto ao fato de eu estar apaixonada pelo Chris. Aliás,
depois que você foi embora, apaixonada passou a ser eufemismo para meus sentimentos.
Estou louca por ele, acho que desde sempre, e isso está me matando. Penso nele o tempo
todo e mal consigo articular um raciocínio sem envolver o nome dele na história. Eu sei.
É doentio. Mas o que posso fazer? Ainda não descobri uma forma de mandar no meu
coração.
Meu maior desejo é acordar numa manhã completamente curada dessa paixão.
Adoraria exclamar: Graças a Deus! Passou! Mas acho que não vai rolar. Está vendo? O
negócio é feio mesmo, amiga.
Para piorar tudo, o Christopher começou a dar sinais de interesse por mim. Você deve
estar aí pensando: Mas isso não é bom? Seria, se a Nome de Cachorro já tivesse caídofora da vida dele. Mas, quer saber? A culpa nem é dela. O maior culpado de tudo é o
próprio Christopher, que, assim como o Douglas, fica ciscando em tudo quanto é terreiro. Não dá.
É isso, Any . Tenho vivido que nem protagonista de novela mexicana, com direito a
bastante drama e lágrimas. Não é à toa que meu nome é Dulce Maria. Personagens de
dramalhões mexicanos sempre têm nomes duplos. (Já sei. A piada foi horrível.


E você? Como está? Já se livrou do galinha do Douglas?
Prometo não desaparecer mais, nem se de repente as coisas piorarem por aqui, o
que não é difícil de acontecer.
Obrigada por ser minha grande amiga.
Amo você.
Dulce


 


Não fiquei esperando a resposta de Any . Logo que enviei a mensagem, desliguei o
computador e saí do quarto. Queria visitar Kare na cozinha e aproveitar para comer
alguma coisa.
Desci as escadas sem encontrar uma alma viva, mas na cozinha me deparei com um
princípio de caos. Tanto Kare quanto as arrumadeiras do castelo enchiam uma cesta com
produtos de limpeza, como se estivessem prestes a fazer uma grande faxina no mundo inteiro.
— O que estão fazendo?
— Ah, minha querida, você melhorou! — Kare se aproximou de mim, analisando-me
com olhos de médica pediatra. Ali, eu era a criança dela.
— Sim. Estou bem. Mas para onde estão levando tudo isso? Tem algum evento marcado
aqui no castelo?
— Ah, não. É só a limpeza mensal do chalé da Ilha de Catarina. Fazemos isso sempre,
para não deixar o lugar deteriorar. Seu pai faz questão.
A Ilha de Catarina. Eu havia me esquecido completamente dela. Mesmo avistando-a da
varanda de meu quarto, nunca mais pensara na história trágica de minha bisavó.
— Posso ir com vocês? — perguntei à queima-roupa.
Kare e as outras mulheres me olharam, espantadas. Será que eu tinha dito alguma
bobagem?
— Ir conosco? Mas por quê? Não há muita coisa por lá.
— Estou curiosa e sem nada para fazer. Prometo não atrapalhar, Kare, por favor. Queria
tanto saber em que condições minha bisavó Catarina viveu naquele lugar — implorei. 


— Será que seu pai não vai achar ruim?
— Ele nem está aqui na Krósvia, Kare. E não vai reclamar quando souber, garanto.
Nem vamos sair dos limites do castelo. Ah, vai. Não custa nada.
Vi que tinha ganhado a batalha quando um sorriso brotou no rosto de Kare. Ela pediu
que eu fosse vestir algo ainda mais quente, porque na ilha fazia muito frio.
— E parece que vai chover — completou, de olho no céu através da vidraça da cozinha.
Voltei para o quarto e me enfiei num jeans justo e num suéter de caxemira. Calcei botas
de cano longo e me cobri com um casaco de lã que batia nos joelhos. Para garantir, levei um
par de luvas — aquelas de couro que eu comprara meses antes — e um gorro quentinho. Por
fim, dependurei um cachecol no pescoço e me senti pronta.
Encontrei Karenina me esperando no pátio dos fundos do castelo. Ela disse que iríamos
de lancha e que o trajeto era curto.
— Quem vai pilotar? — indaguei, meio temerosa.
— Alguém bastante acostumado a fazer isso, Dulce — ela respondeu, achando graça de
meu medo.
As outras mulheres já estavam na lancha quando chegamos. Ficaram meio tímidas com
minha presença e não conversaram muito. Eu também preferi só observar, aproveitando a
oportunidade para relaxar diante daquele mar azul, apesar de o céu não estar com a melhor
das cores.
Realmente, a viagem foi rápida. Nem cheguei a enjoar, o que sempre acontece quando
estou em alto-mar. Desci da lancha no pequeno cais de madeira e fiquei pasma com o que vi.
Erguido sobre um terreno arenoso, um charmoso e romântico chalé imperava na solidão
da ilha. E engana-se quem pensou numa cabaninha de pau a pique. Era uma construção sólida,
não muito grande, mas espaçosa e firme o suficiente para que pessoas vivessem ali uma vida
inteira. 


Uma coisa era certa: minha bisavó Catarina devia ter vivido seus dias na ilha sempre de
olho no continente. Pois janelas não faltavam. Só na frente da casa contei três, e não eram
pequenas. E todo o chalé era contornado por uma varanda, de onde se tinha uma vista de tirar
o fôlego.
Caminhei devagar até a entrada, imaginando como deveria ser solitário viver num lugar
como aquele, mesmo sendo tão bonito. Estremeci ao pensar que à noite a escuridão
provavelmente engolia tudo, tornando o ar sinistro como o dos cenários de filmes de terror.
Cruz-credo! 


Kare avisou que ia entrar, mas eu continuei do lado de fora do chalé. Queriaabsorver tudo antes de ver o que me esperava lá dentro. Andei pela areia procurando sinais do
passado, colocando-me no lugar de Catarina. Eu teria enlouquecido em meu primeiro mês ali.
Como ela conseguira sobreviver por anos?
Um trovão barulhento me deu o maior susto e entrei correndo pela porta do chalé.
Lamentei não ter levado minha máquina fotográfica, pois o que avistei era digno de ser
fotografado. Eu fora transportada para dentro de um livro de história. Que lugar precioso!
Boquiaberta, passei os olhos lentamente pelos móveis e objetos de decoração da sala.
Havia de tudo, desde um conjunto de sofás de veludo verde-esmeralda com espaldar de
madeira negra até uma estante repleta de bibelôs antigos, raridades, talvez. O piso de madeira
exibia lindos tapetes orientais. Só não me perguntem como ainda estavam ali depois de tantos
anos. Meu bisavô Miroslav quisera punir sua jovem esposa privando-a de companhia, mas
não poupara nada em conforto e ostentação. Mas garanto que ela teria trocado tudo por um
casebre de palha se pudesse ter pessoas queridas a seu redor. 


De vez em quando, minha atenção voltava para as mulheres que trabalhavam na limpeza
dos cômodos do chalé. Mas eu apenas as ouvia. Não apareciam em meu campo de visão.
Continuei examinando os ambientes, ora chocada com a solidão que exalava de cada
recanto, ora maravilhada com as relíquias existentes ali. Até a cozinha era peculiar, com seu
fogão de ferro fundido e pia de porcelana branca, além da pequena mesa de dois lugares, tão
lustrosa que parecia nova.
Corri os dedos na superfície de quase tudo que encontrei, como se meu toque pudesse
captar o que Catarina sentira no passado. Posso garantir que tive a nítida impressão de que ela
estava me mandando alguma mensagem do além, pois de uma hora para a outra pude perceber
que meu sofrimento por Christopher era ínfimo perto do que minha ancestral devia ter passado.
O quarto dela se revelou o cômodo mais mágico do chalé. Ao colocar meus pés lá
dentro, dei de cara com uma cama de casal com dossel, forrada por uma colcha de renda
branca e almofadas de cetim rosa-chá. Duas das paredes eram cobertas por estantes de livros,
ainda conservados ali. De lá, eu não escutava mais as mulheres trabalhando na limpeza 


Aposto que Catarina passava horas olhando-se no espelho da penteadeira instalada de
frente para a cama e cheia de frascos de perfumes e cosméticos sobre o tampo de mármore.
Minha nossa! Tudo parecia estar do jeito que ela deixara. Inacreditável.
De repente, um pensamento me passou pela cabeça. Será que... Puxei depressa as portas
do armário e comprovei minha hipótese. Sim. Lá estavam os vestidos de Catarina, um a um,
pendurados com esmero e precisão. Minhas mãos voaram até eles, não resistindo ao desejo de
sentir a textura daqueles tecidos tão antigos, sobreviventes de uma época trágica 


No meio de todos eles, um em especial me chamou a atenção. Puxei-o do cabide com
cuidado para não rasgar, afinal, quantos anos poderia ter? Tudo me levava a crer que setratava de um traje de gala. Mas não foi esse detalhe que despertou minha curiosidade.
Acontece que o vestido em questão era amarelo-ouro, tomara que caia, idêntico ao que
aparecia em meu sonho recorrente. Coloquei-o na frente do corpo e me olhei no espelho. O
reflexo era meu eu daquele sonho inexplicável. Eu tremi.
De volta ao armário, preparei-me para recolocar o vestido no lugar e respirei aliviada
quando escutei passos atrás de mim. Não me virei para ver quem era, certa de que só poderia
ser Karenina. Então, quis saber, sem olhar para trás:
— Por que tudo isso foi mantido aqui durante esses anos todos, Kare? — questionei,
ajeitando o vestido no cabide. — É meio sinistro, não acha?


Silêncio


A vida inteira eu duvidara da existência de fantasmas, mas, naquele instante, com minha
adrenalina correndo solta nas veias, cogitei sair correndo e gritando de pavor pelo que
poderia estar plantado atrás de mim.
— Totalmente sinistro.
Três coisas aconteceram assim que essa frase foi pronunciada:



1. Meu coração deu um salto mortal dentro do peito.
2. O vestido amarelo-ouro escorregou de minhas mãos e se espalhou pelo chão, bem a
meus pés.
3. Eu me virei bruscamente e encontrei um par de olhos castanho claro transbordando um monte
de sentimentos, todos por mim.



Minto. Foram quatro coisas. Também perdi a voz. ..



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Autor(a): Nobody's Perfect :)

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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— Também me pergunto por que este chalé permanece intacto, principalmente por causadas circunstâncias que motivaram sua construção — Christopher disse, de uma forma tãonatural como se estivéssemos batendo um papo informal há horas. — Mas o Fernando diz que éum tributo à antepassada de voc& ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • stellabarcelos Postado em 24/01/2016 - 13:42:18

    Aí que história linda! Amei do início ao fim!

  • cavondy Postado em 08/12/2014 - 01:37:05

    Posta mais!!!

  • candyvondy2 Postado em 24/11/2014 - 17:07:22

    Aiiii mds do céu q isso coitada da dul mais eu tenho certeza q o cão do nome de cachorro ta no meio e meu bebe ta safrendo por causa disso Há mais se eu pego essa Laika eu sou capaz te matar

  • nobodys_perfect Postado em 24/11/2014 - 15:07:09

    candyvondy2 :Rsrs" que bom vc tb está acompanhando *--* sra. fantasma hahaha " .. eu tbm não gosto do ser canino kkk " , quando eu li esse livro cada página que ela entrava eu a matava mentalmente haha " postei mais alguns caps , espero que goste !! bjs :*

  • candyvondy2 Postado em 24/11/2014 - 14:30:03

    Oii leitora n tão nova mais fantasma kkkkk aii como eu amo sua fic eu amo o casal vondy,tenho um ódio mortal pelo nome de cachorro e amo sua fic kkkl Posta mais plixxx

  • day326 Postado em 07/11/2014 - 00:33:03

    Moça adoro sua fic to da vez que eu leio o nome laika me lembro de um canik kkkkkk #pegacachorrinha AHUSHSUSHSUS ahh esses últimos capitulos nao ta aparecendo o site deu bug denovo ;( mas continua postando #melhorasplease

  • nobodys_perfect Postado em 30/10/2014 - 23:08:32

    Eu vou postar mais sim :) e obrigado por acompanhar e me avisar que não estão aparecendo os caps :/ .. vou respostá-lo pra vcs .. o site está com esse problema chato ás vezes :P .. maaas vou postar mt hj rsrs *-*

  • day326 Postado em 30/10/2014 - 13:59:15

    Gostei muito dos capitulos, mas os demais nao estao aparecendo ://, posta mais :))

  • day326 Postado em 16/10/2014 - 02:34:18

    Oi ;) muito boa e engraçada dou muita risada com sua fic... continua ??

  • nobodys_perfect Postado em 15/10/2014 - 20:22:38

    Mais uma leitora *--* !! Continuaando ... <3


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