Fanfic: Aprendendo a seduzir(adaptada) | Tema: Vondy

Mas Dulce parecia não se importar. Ela se comportava como uma mulher que tinha um peso tirado dela. Tinha ido aquela veia de preocupação que ela parecia usar quase constantemente durante a relação deles. Era como se, dizendo finalmente aquelas três palavras – aquelas palavras que ele evitou tanto dizer a qualquer mulher, até Dulce – ele tivesse destampado uma garrafa, e uma Dulce completamente diferente tivesse saído dela.
Uma Dulce muito diferente, esta parecia não ter preocupação com o mundo. Não mãe reclamando, não julgamento dos amigos, não casamento próximo.
Ela não sabia, é claro, sobre o recente encontro com a morte do irmão dela – e Christopher certamente não ia contar a ela. O conde estava se recuperando bem e estava seguro na casa de Christopher em Belgrave Square, com Crutch e Weasel e o resto da equipe de Christopher olhando por ele, melhor do em qualquer outro lugar. Christopher não teve nenhum receio de deixá-lo lá.
O seu único desconforto nesse conhecimento era ter que manter a ultima aventura de Christian longe de Dulce...
Mas como ele podia dizer a ela, quando ele sabia que a informação a mandaria correndo de volta para Londres? Ele iria contar a ela pela manhã, ele prometeu a si mesmo. Por agora, ela a deixaria feliz esquecendo sobre o futuro, e esquecendo sobre o passado, e vivendo inteiramente o momento.
Que era, considerando o que o futuro mantia para eles, quando eles retornassem a Londres, a uma opção real.
O olhar dele não se afastou do rosto adormecido de Dulce, Christopher guardou o livro de soneto e atravessou a cama para erguer um fio do sedoso cabelo dela, o qual ele examinava á luz do candelabro. Quem teria imaginado, ele meditou, que em baixo daquela aparecia inocente havia uma profundidade de paixão, tão sensual, que ele – Christopher Uckermann, o Lothario of London – tinha ficado pasmado?

Foi com esse pensamento que Christopher apagou o candelabro da mesinha de cabeceira e se deitou, envolvendo os braços ao redor de Dulce, e envolvendo seu corpo contra o dela, pensando sobre a maciez do cabelo dela, o qual estava espalhado através dos dois travesseiros.
Um segundo depois, a voz de Dulce soou no escuro.
“Christopher?”
“O que é?”
“Eu suponho que há muitas outras formas,” ela disse, sonolentamente, “de fazer... o que nos fizemos, mais cedo esta noite.”
Ele piscou no escuro, sem certeza se ele tinha ouvido direito. “Fazer amor, você quer dizer?”
“Sim. Eu acho que nós devemos tentar elas.”
Christopher não era usualmente tão devagar, mas tinha sido um longo dia, eles já tinham feito amor duas vezes – se for assim que alguém pudesse chamar a relação deles, que parecia para ele mais uma explosão de um longo alivio de paixão, particularmente quando se trata de Dulce, que atinge o clímax com mais rapidez do que qualquer outra mulher que ele já conheceu. Ele perguntou, “Tentar o que?”

Os olhos dele ainda não tinham se ajustado ao escuro, ele viu Dulce virar a cabeça na direção dele. Ele não podia, é claro, decifrar a expressão dela, mas a voz dela carregava todo o seu espanto diante da lenta compreensão dele.
“Bem, todas elas,” ela disse.
Ele piscou. Então piscou de novo. “Oh,” ele disse. “É claro.” E esticou o braço, determinadamente, para puxar os lençóis...
Mas Dulce tinha rolado, com um suspiro contente, e um “Bom,” pronunciado em sua voz sonhadora. Um segundo depois, ela estava dormindo novamente, um braço enrolado possessivamente no meio dele.
Christopher, sorrindo para si mesmo no escuro, deitou contra o travesseiro, e fechou os olhos.