Fanfic: Aprendendo a seduzir(adaptada) | Tema: Vondy

Não pense você, nem por um minuto, que eu vou fazer parte de nenhuma indecência!”
“Não há nenhuma indecência aqui, Violet,” Lady Dulce insistiu. “Eu juro. Eu simplesmente estou tentando ter uma palavra em particular com Mr. Uckermann.”
“Ha!” disse a voz atrás da porta. “Eu sei tudo sobre ele! Não ache que eu não sei!”
Lady Dulce, aparentemente desesperada para vencer esta batalha, virou a cabeça, e viu Christopher atrás de sua mesa.
“Bem, não fique ai parado,” ela disse, enquanto ela tendia todo o seu peso contra a porta. “Venha e nos ajude.”
Christopher, completamente confuso, fez, todavia o que a moça pedia, e se juntou a seu secretario empurrando a porta.
“Eu digo,” ele observou, depois de um momento ou dois. “O quer que seja que esteja do outro lado desta porta é incomumente forte. Que diabo era aquilo?”
“Minha criada,” Lady Dulce disse, tentando se manter de pé no tapete escorregadio. " E eu devo dizer que isto não é exatamente o que eu quis dizer com ajudar."

Christopher e Weasel trocaram olhares. " Eu tentei mantê-la de fora," Weasel disse, " como a lady me pediu, mas ela é grande."

“Lady Dulce,” a criada gritou, de trás da porta parcialmente fechada. “Boa coisa não virá disso! Marque minhas palavras!”
“Oh,” Caroline gemeu. Por alguma razão, ela fitou Christopher acusatoriamente, como se a culpa fosse dele.
“Corrija-me se eu estiver errada, mas eu achei que supostamente você fosse habilidoso nesse tipo de coisa, Mr. Uckermann. Você não teve nenhuma idéia?”

Christopher disse, educadamente, “Você me pediu minha ajuda aqui, Lady Dulce. Não tenho idéia de que ‘tipo de coisa’ nós estamos falando.” 

“Acompanhante,” ela explodiu. “Violet é minha acompanhante. Nós tínhamos que achar um jeito de nos livrar dela. Eu tinha que ver você sozinha.”
“Oh.” Abruptamente, Christopher parou de empurrar a porta, e endireitou-se. “Isto é simples. Porque você não disse antes?”
Segurando o ombro de Dulce, a tirou do caminho e assinalou para que Weasel se afastasse. O secretario o fez, e de repente, a porta se abriu, e Christopher se achou diante de uma larga, aparentemente determinada mulher, vestindo um gorro florido que era estranhamente frívolo quando comparado a sua expressão indignada.
“Ah,” Christopher disse. “Miss Violet. É você. Sim. Desculpe-me, nos pensamos que você fosse outra pessoa. Como você esta hoje? E deveria te elogiar pelo adorável chapéu?”

“Mr. Uckermann,” Violet começou, estridentemente.

”Você não me colocara para fora tão facilmente. Eu sei tudo sobre o senhor. Você não ter um momento a sós com minha lady. Não, senhor. Não eu enquanto eu-“
“Violet,” Christopher disse, em voz baixa, embalando os formidáveis ombros da mulher. “Sua desconfiança me machuca. Verdadeiramente, machuca. Eu não a culpo claro. Você não pode ajudar, eu suponho, mas acredita no que escuta. Mas não se engane sobre o que alguns ciumentos têm cochichado como verdade. Eu não sou o vilão que eles têm pensado. Porque, Violet, eu sou apenas como você.”
Violet piscou para ele com seus grandes e suspeitos olhos marrons. “Eu imploro seu perdão, senhor.” Ela disse indgnadamente. “Mas eu não acho isto.” 

“Não, serio,” Christopher continuou. “Você acha que eu entre os grans finos? Porque não foi, Violet. Minha infância foi vivida no Dials, Violet. Você já ouviu falar do Dials, Violet? Tenho certeza que não. Porque uma jovem mulher como você ouviria falar sobre a pior parte de Londres? Bem, não basta dizer que eu brinquei em meio de um amontoado de poeira quanto menino. Ate que um dia, por sorte me tiraram de lá. Com trabalho duro e perseverança eu me fiz o homem que você vê diante de si. Não há duvida, Violet, que há aqueles que invejando meu sucesso, falam mal de mim?”

Violeta piscou tornando seu olhar um pouco menos determinado – só um pouco. Vendo isto, Christopher manteve sua vantagem.
“É inconsciente,” ele continuou. “Eu sei. Mas quando pessoas como nós – você e eu, Violet – nos levantamos da poeira do mundo, não há nada – nada mesmo – que pode nos deter. E isto, Violet, é muito assustador para aqueles que estão no poder. Eles sentem que sua posição estará ameaçada. Então obviamente eles dizem coisas horríveis sobre nos. Eu já fui chamado de todo o tipo de coisa, você sabe. Eu até escutei algumas pessoas me acusarem de ser-“ ele respirou fundo. “–um Farreiro. Mas não é verdade, Violet. Eu sou só um homem. Sou apenas de carne e osso. Como você, Violet. Apenas como você.”

Lady Dulce, que esteve assistindo ele com uma expressão muito cética, rolou os olhos com isto. Mas sua criada não era tão coração- duro. Ela estendeu o braço e pegou a mão direita de Christopher com suas duas mãos.
“Eu escutei, senhor,” Violet disse, seriamente. “Eu escutei coisas – coisas horríveis- sobre você. Mas agora eu vejo que eram mentiras. Ciúmes, todas elas, E tudo o que eu posso dizer é... Deus te abençoe!
Christopher curvou a cabeça modestamente. “Obrigado, Violet. Weasel – quer dizer, Mr. Ambrose – por favor, mostre a Miss Violet às cozinhas, e providencie para ela chá e bolo.”

“Será uma honra, senhor,” Weasel disse, os cantos da boca dele se contraíram. E guiou a mulher – ainda olhando Christopher de uma maneira fascinada por cima dos ombros – embora.
Christopher, sorrindo, fechou a porta atrás deles, e depois se virou para dizer, “Agora, Lady Dulce. O que eu posso fazer por você hoje?”  

Mas sua voz morreu na garganta. Porque Lady Dulce estava encarando ele com uma expressão furiosa no rosto.
“O que,” ela exigiu, “você fez com minha criada?”

Ele olhou para ela curiosamente. Ela não era como ele tinha corretamente observado na noite da festa de Dame Ashforth, uma beleza. Seu cabelo não era nem escuro nem claro, sua figura não era nem voluptuosa nem magra.

E Anahí tinha se enganado ao afirmar que Lady Dulce era uma garota plana. Ela não era plana mesmo. Havia garotas que tinham a mesma aparência que Lady Dulce, aparências assim, enquanto elas pareciam planas a primeira vista, cresciam de maneira peculiar com o passar do tempo.

Este tipo de aparência, Christopher sabia, era perigoso – mas perigoso que a beleza como de Lady Anahí – porque elas estavam sempre mudando, um homem podia cair na armadilha de esperar continuamente, que essas mudanças sutis aparecessem...
Nada como isto tinha acontecia com ele. Nem iria.
Porem, Lady Dulce tinha alguma coisa que mesmo um experiente admirador da beleza feminina como ele tinha que admitir ser irresistível. E tinha aquele par de olhos muito grande, que embora marrons, atingiam ele com enorme expressividade. Mesmo agora, eles estavam razoavelmente transbordando de emoção.