Fanfic: Procura-se um marido (Adaptada Vondy)- Finalizada | Tema: Vondy
Minha cabeça estava a milhão enquanto Ucker dirigia de volta para casa. Ele me
desejava. Tudo bem, não era amor, eu sabia a diferença entre uma coisa e outra.
Talvez não fosse nem mesmo paixão, mas já era um indicio de que eu o afetava,
assim como ele me deixava fora do ar. E para minha alegria, Ucker havia deixado
bem clara a equação: bebida + eu = beijos lascivos, me dando assim uma pista de
como agir. Eu só precisaria encontrar a hora certa. O que não significava que eu
ficaria esperando, passiva. Não mesmo! Eu tiraria vantagem do poder recém descoberto
da maneira que pudesse, até que ele estivesse na minha cama de motel
vagabundo, desde que estivéssemos os dois sobre ela.
Liguei o rádio. Música sempre me ajudava a pensar, e até aquele instante não
havia me ocorrido nenhuma estratégia para seduzi-lo
- Se quiser, tem alguns CDs no porta-luvas – comentou Ucker quando notou que
eu zapeava de uma estação a outra.
- Alguma coisa boa?
Ele deu de ombros, olhando para frente.
- Não conheço muito seu gosto musical, mas posso garantir que você não vai
encontrar nenhum rap aí dentro – e sorriu um pouco.
Abri o porta-luvas e encontrei uma dezena de CDs. A maioria de blues, o que
de certa forma era perfeito, já que é um estilo denso, excitante e extremamente
sensual. Coloquei o disco do The Yardbirds no aparelho e a voz de Eric Clapton
preencheu o carro. Deixei o volume baixinho para que Max entrasse no clima sem
perceber. Ele relaxou um pouco, os dedos tamborilando ritmadamente no volante
vez ou outra.
Eu ri.
- Que foi? – ele perguntou, me fitando.
- Nada. Só acho engraçada a forma como você se mostra ao mundo. Tão forte e
intransigente, mas na verdade você é um doce.
- Sou? – suas sobrancelhas se arquearam.
- É. De um jeito bom. Não quis dizer que você é uma florzinha. Fica tranquilo,
camarada – ri. Ele também. – Você cuida da sua família, gosta de boa música, ajuda
garotas indefesas a recuperarem a herança... Isso te faz ser um cara doce.
Ele riu outra vez.
- Não sei sobre essa coisa de ser doce, mas tenho a impressão que você acabou
de me elogiar – zombou.
- Ainda não foi um elogio – sorri. – Sabe, Ucker, você e eu não somos tão
diferentes. Você usa essa fachada fria para manter as pessoas distantes. Eu uso o
sarcasmo para afastar as pessoas.
- É mesmo? – ele sorriu brincalhão. – É por isso, então, que você é tão irritante?
- Sou irritante para me proteger quando me sinto ameaçada ou pressionada.
Você não notou ainda?
Ele me avaliou por um instante.
- Não. Você sempre é sarcástica comigo. Não imagino como deve ser quando o
seu sarcasmo está desligado – brincou. Eu ri.
- Um pouco menos turbulento, eu acho.
Houve um momento de silencio, então ele me encarou enquanto esperava o
farol abrir.
- Você se sente pressionada ou ameaçada por mim? – indagou, a voz intensa, os
olhos nos meus.
- O tempo todo – murmurei.
Sua testa franziu.
- Por quê? - Porque estou apaixonada por você. Porque quero te mostrar quem sou de verdade e sei que você não vai gostar.
- Tem certeza que não sabe? – sussurrei, encarando-o.
Seu olhar escrutinou meu rosto, obviamente tentando entender o que eu
acabara de sugerir, mas não pareceu compreender. Não totalmente.
Desviei os olhos, frustrada.
- Abriu – eu disse.
- O quê?
- O farol. Abriu – apontei para a luz verde acima de nossa cabeça.
Pelo canto do olho, o vi olhar para frente, confuso, engatar a marcha e seguir
sem dizer uma única palavra. Deixamos o carro na garagem e subimos pela escada,
já que o elevador estava em manutenção. Outra vez.
Ucker me fitava vez ou outra, mas rapidamente desviava o olhar. Estávamos no
penúltimo lance de escada quando ouvi o barulho de rodas pesadas descendo os
degraus. Mal tive tempo de notar o garoto de pouco mais de doze anos, fazendo
manobras com seu skate, surgiu do nada antes de colidirmos. Não foi uma queda
horrível, mas me estatelei no chão como um saco de batatas. O garoto usava
capacete e era tão magro que não havia músculos ali a serem feridos. Além disso,
eu havia amortecido o pior do tombo.
- Dulce! Você está bem? – gritou Ucker, correndo para me ajudar.
- Acho que sim – eu disse, um pouco confusa.
Ele tirou o moleque de cima de mim, me avaliou, depois examinou o garoto e
perguntou:
- Machucou?
juhcunha:Não se preocupe a Dul vai aprontar muito pro Ucker... :)
Autor(a): nessa.vondy
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O menino sacudiu a cabeça.- Nunca mais desça as escadas desse jeito – Ucker esbravejou numa voz tãoautoritária que mal reconheci. – Você podia ter se machucado. Podia ter machucadoa sua coluna e ficado numa cadeira de rodas, sem poder fazer manobras radicaispara o resto da vida. É isso que você que? O garoto sacudiu ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 135
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stellabarcelos Postado em 21/04/2016 - 11:03:18
Maravilhosa
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juhcunha Postado em 14/03/2016 - 18:06:18
Final maravilhoso
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Duplicata Vondy Postado em 14/03/2016 - 13:45:53
Cara que final mais lindo e perfeito, ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
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minhavidavondy Postado em 12/03/2016 - 08:44:45
Amei.
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juhcunha Postado em 10/03/2016 - 20:17:49
Posta o fimmm amando
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nessa.vondy Postado em 09/03/2016 - 21:54:41
Amanhã vou postar os últimos capítulos... Até que enfim, eu sei :)
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minhavidavondy Postado em 27/02/2016 - 08:37:07
Termine a fic por favor
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franzinhasiemprerbd Postado em 21/02/2016 - 21:17:30
olaaaaaaa minha linda volta logo...poxa vc me para bem na fase que a fic tava pegando pouco??? meu deus eu conto os dias pra tiver!!!
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minhavidavondy Postado em 20/02/2016 - 23:42:31
Boa noite. Vc desistiu da fanfic, por favor me avise....passo todos os dias para ver se postou algo.Poderia pelo menos terminar...já que ela é otima.
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thaysaantana Postado em 29/01/2016 - 21:51:42
Geeeeeeente To amando, onde eu arrumo um desse?! Tá de parabéns tá ótima!!!!!!!! CONTINUAAAAAA