Fanfics Brasil - Cap. 38 Parte I Procura-se um marido (Adaptada Vondy)- Finalizada

Fanfic: Procura-se um marido (Adaptada Vondy)- Finalizada | Tema: Vondy


Capítulo: Cap. 38 Parte I

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Naquele dia, foi Ucker quem pegou carona comigo para o trabalho. Ele parecia muito satisfeito ao me ver feliz do volante, apesar do constrangimento que nos dominara aquela manhã. Acordamos simultaneamente embolados como fios de lã. Minha cabeça estava aninhada na curva de seu pescoço, seu braço estava em meus ombros, me mantendo colada ao peito musculoso, e a outra ao se prendia em minha coxa, que descansava preguiçosamente sobre meus quadris.


- Bom dia – ele dissera com um longo suspiro, apertando a minha coxa com vontade. A deliciosa movimentação matinal na altura de seus quadris cutucou minha perna.


- Oi – murmurei, enroscando os dedos em seus cabelos, tocando o pescoço com os lábios.


Um som gutural lhe escapou da garganta enquanto ele movia os dedos de minha coxa para girar o meu quadril e se virava para me envolver num abraço quente e apaixonado. Seus lábios encontraram os meus e, ainda sonolenta, correspondi com ímpeto. Quando minha língua tocou a sua, ele enrijeceu. Ele todo, não apenas uma parte.


Ucker abriu os olhos, me soltando tão rápido como se segurasse um ferro em brasa.


- Hã... eu... ééé... – ele se sentou na cama apressado, correndo a mão pelos cabelos. – Desculpa.


- Ucker, eu...


- Vou preparar o café. Quer um pouco? – ele se levantou sem me encarar.


- Nunca vamos falar sobre o que realmente está... – os músculos de suas costas se contraíram visivelmente. Desisti. – Tá, eu quero café.


E, claro, ele evitou contato visual por quase o dia todo, mas algo havia mudado. Eu não sabia dizer o quê nem precisar o momento, mas algo em nosso relacionamento mudara, se tornando mais denso, sólido. E Ucker também tinha percebido. Havia algo em seus olhos, uma mudança, ainda que sutil. Aquela inevitabilidade nos espreitava, e eu sabia que não poderíamos fugir por muito mais tempo.Ele também.


No almoço, me sentei com Amaya – de quem eu gostava cada vez mais – e mais algumas garotas do escritório, mas não ouvi muita coisa do que conversaram. Eu fitava Ucker do outro lado do refeitório, que falava com Paulo e outros caras com aquele seu jeito de sempre. Nossos olhares se encontraram. Ele não sorriu, mas me senti ruborizar dos pés a cabeça antes de voltar à atenção Maya, que me perguntava alguma coisa.


Quando voltei para minha sala, estranhei ao ver Vanessa à minha mesa, mexendo em meu computador.


- O que você esta fazendo ai? – grunhi.


- O computador é da empresa, Dulce. O da minha mesa travou, precisava enviar um arquivo, mas já enviei – ela se levantou rapidamente. – Animada com a festa de amanhã? Seu marido parece meio distraído...


- Vanessa, na boa, não estou num dos meus melhores dias e agradeceria se você não me obrigasse a chutar sua bunda hoje.


- Seus dias ainda vão piorar muito – ela disse sorrindo, antes de se afastar.


Bem que eu queria arrancar aquele sorriso cínico da cara dela, mas Vanessa já e causara muita dor de cabeça, então deixei minha fúria assassina de lado. Por culpa dela, eu vivia em estado de alerta quando via um jornal, com medo de que ela tivesse cumprido a ameaça que fizera a Max. O fato de eu ainda não ter encontrado nada nos jornais não significava que jamais encontraria.


Max havia combinado com Paulo de esticar depois do expediente, de modo que pegaria carona com o amigo para voltar para casa. O que foi o arranjo perfeito, já que Mai havia marcado um jantar com seu amigo advogado para aquela noite de sexta, e eu não queria que Max soubesse. Não contei a ele sobre o jantar com Boris, pois teria que explicar tudo desde o começo e... Ok, eu não dissera toda a verdade na noite anterior, mas falara um pouco e já era o começo. Ele reagira muito bem, e me peguei pensando que, se eu lhe contasse aos poucos, com jeitinho, ele entenderia e não me odiaria por ter melado sua promoção e colocado sua carreira em risco. Ao menos não odiaria muito.


- Ah, Dul, desculpa, mas não vai dar pra me encontrar com você e o Boris – Mai disse ao celular quando eu já estacionava meu carro novo amarelo emprestado em frente ao bar-restaurante em que havíamos combinado. Nunca tinha ido aquele lugar antes, mas Mai me explicara como chegar, então não me perdi.


– A megera da Bruna ligou agora há pouco e está vindo em casa falar com a minha mãe. Ela quer saber quais as minhas intenções. Dá pra acreditar? Eu podia sentir seus olhos revirarem nas órbitas.


- Não... Pensando bem, vindo da família do Breno, acho que dá, sim – ri.


- Não tem problema se eu não aparecer?


- Não. Eu me viro. Você já me ajudou bastante marcando essa reunião, e com certeza vai enfrentar uma noite nada agradável.


- Pode apostar. Me liga depois pra contar como foi.


O bar- restaurante era até bacana, com um toque italiano nas paredes decoradas com fotos antigas e mesas grandes e familiares. Boris já me esperava, sentado a uma mesa próxima ao bar. Eu esperava alguém forte e enorme, e até mesmo aterrorizante – qual é? Alguém chamado Boris certamente seria assustador - , mas aquele Boris era magro, ligeiramente curvado, tinha vinte e muitos ou trinta e poucos anos, usava óculos enormes, e era muito ruivo.


-Dulce, que prazer te conhecer – ele disse, se levantando e estendendo a mão magra.


- O prazer é meu, Boris. A Mai acabou de ligar dizendo que não vem. Ela já te explicou tudo?


- Já. Eu gostaria de analisar o testamento antes de dizer qualquer coisa, se você não se importar. Quer beber algo?


- Vinho. Obrigada.


Boris fez o pedido ao garçom e entreguei a ela a cópia do testamento de vovô. Ele leu com atenção e começou a me explicar o que achava possível fazermos para revogar o testamento.


- Veja bem, Dulce. Esta cláusula - Ele apontou o papel -, onde o seu avô impõe que a vontade dele não deve ser contestada, é a nossa brecha – e sorriu. Podemos alegar que seu avô não estava em pleno poder de suas faculdades mentais e, de certo modo, sabia disso. Por isso deixou a única herdeira praticamente desamparada.


Sacudi a cabeça.



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Autor(a): nessa.vondy

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Sacudi a cabeça. - Eu não queria ter que fazer isso, Boris. Não quero que o vô Narciso passe por lunático. Não tem outro jeito? – indaguei. - Creio que não. A Maite me disse que seu avô estava doente. Assenti. - Um aneurisma grande para ser retirado e que foi descoberto muito tarde. Fiquei sabendo no dia em ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 135



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  • stellabarcelos Postado em 21/04/2016 - 11:03:18

    Maravilhosa

  • juhcunha Postado em 14/03/2016 - 18:06:18

    Final maravilhoso

  • Duplicata Vondy Postado em 14/03/2016 - 13:45:53

    Cara que final mais lindo e perfeito, ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

  • minhavidavondy Postado em 12/03/2016 - 08:44:45

    Amei.

  • juhcunha Postado em 10/03/2016 - 20:17:49

    Posta o fimmm amando

  • nessa.vondy Postado em 09/03/2016 - 21:54:41

    Amanhã vou postar os últimos capítulos... Até que enfim, eu sei :)

  • minhavidavondy Postado em 27/02/2016 - 08:37:07

    Termine a fic por favor

  • franzinhasiemprerbd Postado em 21/02/2016 - 21:17:30

    olaaaaaaa minha linda volta logo...poxa vc me para bem na fase que a fic tava pegando pouco??? meu deus eu conto os dias pra tiver!!!

  • minhavidavondy Postado em 20/02/2016 - 23:42:31

    Boa noite. Vc desistiu da fanfic, por favor me avise....passo todos os dias para ver se postou algo.Poderia pelo menos terminar...já que ela é otima.

  • thaysaantana Postado em 29/01/2016 - 21:51:42

    Geeeeeeente To amando, onde eu arrumo um desse?! Tá de parabéns tá ótima!!!!!!!! CONTINUAAAAAA


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