Fanfics Brasil - Cap. 52 Parte II- Maratona Procura-se um marido (Adaptada Vondy)- Finalizada

Fanfic: Procura-se um marido (Adaptada Vondy)- Finalizada | Tema: Vondy


Capítulo: Cap. 52 Parte II- Maratona

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 - Essa casa ainda é minha. Posso entrar aqui a hora que me der na telha - eu disse, avaliando a possibilidade de golpear um dos seguranças e fugir. Só que ambos eram enormes e estavam armados. Eu não iria longe. E não podia deixar Mai, Hector e Ucker para trás.


- E por que precisou entrar assim, sorrateiramente? – Telma exigiu saber.


 - O Clóvis sabe por quê – retruquei.


- Estou perdida, amada. Por que não nos sentamos e ouvimos tudo com calma! – sugeriu Telma, colocando a bandeja sobre a mesa de centro.


Olhei para Ucker e tive a impressão de que ele estava preocupado. E furioso também, por eu ter mentido sobre os riscos de meu plano. Droga!


 - Obrigada, Telma, mas temos que ir – eu disse, tentando parecer mais calma do que realmente estava.


- Ninguém sai até que eu permita – Clóvis anunciou. Os seguranças estufaram o peito, tentando parecer ainda maiores, e se posicionaram em frente à porta. – Acho melhor você e eu conversarmos sobre isso a sós, Dulce - ele sugeriu.


- Não fico um único minuto a sós com um pilantra como você – sorri.


Isso lhe causou uma reação. E não me pareceu boa.


 - Me dê o documento – ele exigiu numa voz cortante.


 E ali estava minha confirmação. Ali estava Clóvis assinando seu atestado de culpa. Mas, se ele pensava que eu entregaria o testamento que acabara de encontrar, se achara que sairia ileso daquela história, era porque não me conhecia bem o suficiente.


- Que documento? – perguntei, inocente.


Clóvis sorriu. Era um sorriso cínico, quase louco. Eu me perguntei por que não vira isso a tempo e de repente me dei conta de que aquela maldade, aquele veneno que corria de sua íris sempre estivera lá, e era isso que me fazia odiá-lo, mesmo quando tentei gostar dele.


- Ora, não se faça de boba, Dulce – disse ele.


 - Não sei do que você está falando. – Vai Dulce, pensa! Mas eu não conseguia pensar em nada. Estava apavorada com a ideia de que algum dos meus amigos pudesse ir para a cadeia assim que ele decidisse chamar a polícia. Além disso, eu não tinha certeza se os seguranças que serviram meu avô por tantos anos atirariam em mim, ou em Clóvis que sempre fora presença cativa na mansão, e não estava disposta a descobrir. Não quando Mai estava ali, dura feito pedra, assim como Ucker, perplexo, os olhos cristalinos irradiando surpresa, medo e raiva. Não pude dizer qual das emoções o dominava naquele momento, mas seria capaz de apostar tudo no medo. Medo por mim.


- Não tem necessidade disso terminar mal, querida – Clóvis ameaçou numa voz gentil. – Eu só quero o documento.


 Respirei fundo, tentando me acalmar e, sem ter um a ideia melhor, decidi agir de improviso.


 - Como você se sente, Clóvis, sabendo que traiu, enganou e manipulou um amigo de anos, um homem idoso e doente? Um homem que confiou em você durante toda uma vida - eu disse. Minha voz tremeu um pouco, mas eu sentia algo se avolumando dentro de mim, e não era medo dessa vez. Algo na expressão do advogado me fez refletir sobre o conteúdo do testamento do vovô. O ultimo testamento do vô Narciso. Aquele que eu tinha em mão naquele momento. Aquele em que ninguém jamais chegara a por as mãos naquele momento. Aquele em que ninguém jamais chegara a por os olhos. Se ele não pôde fazer nada a tempo, eu podia. Eu faria. – Você consegue dormir sabendo disso tudo?


- Não sei do que você está falando – ele resmungou, fitando Hector de canto de canto de olho.


- Ah, não – objetei. – Vamos deixar tudo bem claro aqui. Você me fez acreditar que era o Hector que tinha descoberto do meu casamento arranjado com o Ucker. Você me fez odiar o Hector por me obrigar a magoar o meu marido, pois seu eu não fizesse isso o Ucker seria demitido e teria a carreira arruinada. – De canto de olho, vi o Ucker cerrar os punhos. – Mas foi você, Clóvis. O Hector nunca soube da existência do testamento até meu avô morrer, nem soube que o meu casamento era uma farsa. Foi pra você que a Vanessa entregou as minhas conversas com o Ucker no MSN. Foi você que manipulou o meu avô para que eu fosse excluída do testamento, para que tudo ficasse nas suas mãos e ao mesmo tempo você pudesse ficar de olho em mim, já que seria o curador da minha herança. Foi você que cavou até encontrar o jornal com meu anúncio, minha fatura do cartão de crédito, tudo! E eu burra, acreditei em você mesmo quando os meus instintos gritavam que tinha alguma coisa errada. Você não quer que eu receba a herança. Nunca quis. Você quer ficar com o dinheiro. Foi você. Sempre foi você, seu pilantra!


Assim que Inês começara a me contar, dois dias antes sobre a discussão entre Hector e Clóvis a respeito do testamento, na sala da presidência da L&L, eu soube que havia algo de muito errado naquela história.


Quando ela terminou o relato, eu já não tinha dúvidas. Lembrei-me de tudo que ocorrera, das conversas com Clóvis e das poucas vezes em que me encontrara com Hector. Ele sempre fora seco, mas esse era um traço da sua personalidade, não uma falha. Já Clóvis tentara me bajular de todas as maneiras possíveis, e o pior, conseguira me enganar. Lembrei-me de cada detalhe, do dia em que ele passara a morar na mansão, tendo acesso, assim, aos documentos particulares de meu avô, de todas as conversas que havíamos tido, de como ele sempre tentara passar a impressão de que era o bom-moço e que Hector era um crápula. Eu sentia que alguma coisa estava errada, que algo não se encaixava, mas não ouvi meus instintos. Quando Clóvis começou a me pressionar a respeito do meu casamento, cheguei a acreditar que ele estivesse realmente preocupado comigo, mas era apenas uma encenação, um truque bem enredado que o deixava como inocente e Hector o grande vilão.


Eu fora tão manipulada que me envergonhava de lembrar. Meu sangue começou a ferver.


- Amado! Você fez isso? – Telma gemeu. Clóvis a ignorou.


Seus olhos nunca deixavam meu rosto, assim como fazem as serpentes diante de suas pressas.



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Autor(a): nessa.vondy

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- Por que você fez tudo isso, Clóvis? O meu avô sempre te considerou um amigo leal. Por que trair o vô Narciso desse jeito? – indaguei estupidamente. Eu já sabia a resposta. Claro que sabia. Ele deu de ombros. - Dinheiro, poder, status, chame do que quiser.  Era sórdido demais. Sujo até para um advogado. Meu av&oc ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 135



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  • stellabarcelos Postado em 21/04/2016 - 11:03:18

    Maravilhosa

  • juhcunha Postado em 14/03/2016 - 18:06:18

    Final maravilhoso

  • Duplicata Vondy Postado em 14/03/2016 - 13:45:53

    Cara que final mais lindo e perfeito, ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

  • minhavidavondy Postado em 12/03/2016 - 08:44:45

    Amei.

  • juhcunha Postado em 10/03/2016 - 20:17:49

    Posta o fimmm amando

  • nessa.vondy Postado em 09/03/2016 - 21:54:41

    Amanhã vou postar os últimos capítulos... Até que enfim, eu sei :)

  • minhavidavondy Postado em 27/02/2016 - 08:37:07

    Termine a fic por favor

  • franzinhasiemprerbd Postado em 21/02/2016 - 21:17:30

    olaaaaaaa minha linda volta logo...poxa vc me para bem na fase que a fic tava pegando pouco??? meu deus eu conto os dias pra tiver!!!

  • minhavidavondy Postado em 20/02/2016 - 23:42:31

    Boa noite. Vc desistiu da fanfic, por favor me avise....passo todos os dias para ver se postou algo.Poderia pelo menos terminar...já que ela é otima.

  • thaysaantana Postado em 29/01/2016 - 21:51:42

    Geeeeeeente To amando, onde eu arrumo um desse?! Tá de parabéns tá ótima!!!!!!!! CONTINUAAAAAA


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