Fanfic: Procura-se um marido (Adaptada Vondy)- Finalizada | Tema: Vondy
- Ele me procurou. Disse que suspeitava que o Clóvis estava chantageando você. O Ucker estava tentando encontrar alguma coisa ilícita nas contas das empresas de seu avô. E acabou encontrando. Esse rapaz é brilhante.
- Ele encontrou provas contra o Clóvis? – meus olhos se abriram tanto que pensei que saltariam das órbitas.
- Sim. Grandes depósitos num paraíso fiscal em nome da Telma.
- Nããão! A Telma está nisso também? Como... Quando o Ucker começou a investigar? – perguntei, atônita.
- Não sei dizer ao certo. Ele apareceu, na primeira hora hoje de manhã com vários contratos suspeitos. Acho que ele estava investigando o caso desde o fim de semana. Os desvios de dinheiro que o Ucker encontrou nas empresas dos Emirados Árabes para uma conta num paraíso fiscal em nome de Telma são enormes. Parece que o Clóvis vai ter mais a explicar do que podíamos imaginar – sua testa vincou. Eu até entendia. Hector, assim como vovô, tinha em Clóvis um amigo. Devia ser estranho ver o amigo na posição do culpado. – Enfim, o Ucker pediu permissão para averiguar mais a fundo e consenti, claro. – Mas então Ucker desconfiara de Clóvis antes mesmo que eu? Quando me abordou na sala da copiadora mais cedo, naquele mesmo dia, ele já sabia?
Oh, Deus! Foi isso que vi em seus olhos quando ele fora me buscar na galeria no último domingo! Aquela sombra sinistra. Ele dissera que o dia fora produtivo. Pensei que fosse por causa da mudança de quarto, mas levar meus pertences para o quarto ao lado não levaria muito tempo, tomaria? Foi por isso que ele me beijou daquela forma ensandecida na sala treze naquela tarde? Ele sabia que eu estava sendo manipulada?
- Acho que o Clóvis não vai sair da cadeia tão cedo – continuou Hector, me desviando das especulações. – Tentativa de homicídio vai pesar muito no processo. A Suzana quase não acreditou em tudo que aconteceu hoje. – Ele gemeu um pouco, se acomodando melhor na cama. – E, pra dizer a verdade, nem eu.
- Isso tudo é sórdido demais para parecer real. Fico feliz que tenha terminado. – Ou quase, já que Ucker ainda estava sendo operado. – Preciso ir agora. Até amanhã, Hector.
Assim que consegui falar com a enfermeira outra vez, fiquei fora de mim. Ucker ainda estava na sala de cirurgia. Aquilo já durava quanto tempo? Quarenta e cinco minutos? Quarenta e oito horas? Quatrocentos e doze anos?
- Assim que terminar, venho te avisar. Quer tomar alguma coisa? Talvez um ansiolítico seja uma boa ideia – ofereceu ela.
- Não quero remédio nenhum. Só quero ver meu marido!
Procurei Mai, que chorava copiosamente nos braços de Breno. Ele a cobria de beijos e carícias. A cada palavra dela, se segui um soluço desolado. Engraçado como não havia lágrimas em seu rosto.
- Mai, desculpa – me sentei na beirada da cama, abraçando-a desajeitadamente, já que Breno se recusava a soltá-la. – Eu sabia que não era uma boa ideia te levar comigo. Como você está?
- Péssima! Todo mundo fica me olhando. Essa calça não está ajudando nada.
Eu ri. Ela também.
- E o Ucker? – ela perguntou preocupada.
- Ainda está na cirurgia.
- que droga! E você, como está se sentindo?
- Péssima, Mai. Aconteceu tanta coisa... desculpa não ter ficado com você.
- Imagina, Dul! Você tinha que ficar com seu marido. Ele levou um tiro, eu só... pirei um pouquinho. Eu liguei pra Breno assim que entrei na ambulância. Ele ficou comigo o tempo todo.
- Dulce, se tiver qualquer coisa que eu possa fazer para ajudar... – ofereceu Breno.
- cuida da Mai por mim. Vou ficar com o Ucker até ele ser liberado.
- Vou cuidar – ele proferiu, solene. E, voltando-se para Mai, disse:
- Vamos pra casa em breve, mozinho.
Mozinho?
Lancei um olhar interrogativo para minha amiga, que sorriu descaradamente, radiante, mas, quando voltou os olhos pra o namorado, estes assumiram uma tristeza de partir o coração.
- Tá bom – ela fez biquinho.
- Vou te colocar na cama e preparar um chá.
- Bem docinho... – ela pediu, com o rosto desolado.
Ele sorriu, colocando uma mecha de cabelo dela atrás da orelha com extremo cuidado.
- Tão docinho quanto meu mozinho...
Ok, eu já tinha tido minha dose de glicose por um ano! Despedi-me dos dois e voltei para a sala de espera, andando de um lado para o outro, como um animal enjaulado. Passei uma eternidade indo e vindo naquele espaço até que alguém viesse me dar notícias de Ucker.
- A bala foi extraída. Por sorte não atingiu a escápula. Foi um ferimento limpo, sem fragmentos. Correu tudo bem – disse o médico alto e magro, com um enorme bigode negro pendurado embaixo do nariz. – Mas ele precisou de uma transfusão de sangue. Vai ficar aqui por um tempo.
Depois de insistir muito, lavar os braços e me livra de parte do sangue de Ucker, o médico me permitiu entrar no quarto ao qual ele fora levado. Ele estava recostado na cama hospitalar reclinada, com um daqueles camisolões de hospital azul-claro, mas mesmo assim o ombro esquerdo enfaixado era visível. O braço descansava num tipoia, os olhos estavam fechados, a cabeça solta contra o colchão. Parecia tão fraco, tão pálido, tão frágil... Alcancei sua mão, um pouco fria, para me assegurar de que ele estava vivo.
- Ei, você – ele disse numa voz engrolada. – Você não imagina como é chato ficar aqui sem ter nada pra fazer.
Tentei sorrir.
- Posso imaginar – acariciei seu braço, tomando cuidado para não esbarrar na mangueira fina ligada ao braço direito. – Vou ficar com você.
- Não devia – ele disse com os olhos pesados, mas entrelaçou os dedos aos meus. – Eu sei que você não gosta de hospital. Nossa, o que foi que colocaram nesse soro?
- Morfina. Você vai dormir um pouquinho.
- Isso explica porque está tudo meio borrado. – Ele tentou firmar os olhos em meu rosto e acabou sorrindo. – Você é linda mesmo toda desfocada, sabia?
Sorri um pouco.
- Dorme, você precisa descansar pra ficar bom logo – pedi.
- Não quero dormir. Quero falar... com você – mas suas pálpebras tremularam um pouco, antes de se fechar e ele cair num sono profundo.
Puxei a cadeira e me sentei ao seu lado, atenta a cada respiração, a cada barulho vindo do seu peito, que me provava que ele estava vivo.
A mesma enfermeira que tivera a bondade de me relatar o que estava acontecendo, enquanto Ucker estava sendo operado, trouxe uma sacola com os pertences dele. Pouco depois, o celular de Ucker vibrou dentro da sacola. Alcancei o aparelho e atendi.
- Dulce, eu quero falar com o panaca do meu irmão agora. O que ele me disse mais cedo era mentira, não era? Vocês não se separaram, não é?
Autor(a): nessa.vondy
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- Hã... Acho que estamos divorciados, sim, Marcos. E o Ucker... ele... Estamos no hospital – e comecei a chorar. – Ele foi ferido. Um tiro no ombro esquerdo... - O quê? O que aconteceu? Você atirou nele? Ainda um pouco histérica, comecei a rir em meio aos soluços e, como na estava em condições de formar frase ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 135
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stellabarcelos Postado em 21/04/2016 - 11:03:18
Maravilhosa
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juhcunha Postado em 14/03/2016 - 18:06:18
Final maravilhoso
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Duplicata Vondy Postado em 14/03/2016 - 13:45:53
Cara que final mais lindo e perfeito, ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
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minhavidavondy Postado em 12/03/2016 - 08:44:45
Amei.
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juhcunha Postado em 10/03/2016 - 20:17:49
Posta o fimmm amando
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nessa.vondy Postado em 09/03/2016 - 21:54:41
Amanhã vou postar os últimos capítulos... Até que enfim, eu sei :)
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minhavidavondy Postado em 27/02/2016 - 08:37:07
Termine a fic por favor
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franzinhasiemprerbd Postado em 21/02/2016 - 21:17:30
olaaaaaaa minha linda volta logo...poxa vc me para bem na fase que a fic tava pegando pouco??? meu deus eu conto os dias pra tiver!!!
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minhavidavondy Postado em 20/02/2016 - 23:42:31
Boa noite. Vc desistiu da fanfic, por favor me avise....passo todos os dias para ver se postou algo.Poderia pelo menos terminar...já que ela é otima.
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thaysaantana Postado em 29/01/2016 - 21:51:42
Geeeeeeente To amando, onde eu arrumo um desse?! Tá de parabéns tá ótima!!!!!!!! CONTINUAAAAAA