Fanfic: Procura-se um marido (Adaptada Vondy)- Finalizada | Tema: Vondy
- E você me detesta por quê, então?
- Eu não te detesto - ele afirmou categórico, os olhos fixos nos meus.
Espantei-me com a seriedade em seu rosto e, inexplicavelmente, acreditei nele.
Ucker era uma pessoa bem normal, por isso mesmo eu não entendia por que
justo ele, de todos os candidatos esquisitos, era o que mais me assustava. Talvez
fosse aquela hostilidade que ele sempre tinha em relação a mim que me deixava tão
inquieta. Ainda assim, ele era, de certo modo, confiável.
Senti minha cabeça rodar. Eu estava ficando louca. Exatamente como tia
Celine.
- Você mora sozinho, imagino - me ouvi dizer.
- Sim Dulce, eu moro sozinho. O apartamento é meu.
- Onde eu ficaria se...considerasse a hipótese de casar com você?
- No seu quarto - ele disse lentamente, desconfiado, então deu um longo
suspiro. - Tudo bem, não vou mentir - Meu coração deu um pulo. Ele ia dizer que
me queria em seu quarto, e eu havia deixado claro no anúncio que não haveria
contato físico.
Oh, Deus, ele me quer em sua cama!
Por um instante, vislumbrei Ucker na cama, o corpo nu forte e suado colado ao
meu, os cabelos desgrenhados, a pele levemente corada pelo esforço físico, a mão
grande brincando com meus cabelos, meu rosto, os lábios se abrindo num sorriso
sensual antes de descer para cobrir minha boca mais uma vez...
- ...meu apartamento é pequeno e modesto comparado ao conforto com o qual
você está acostumada, mas tem espaço bastante pra gente viver em certa harmonia
- ele concluiu.
- Ah - sacudi a cabeça para tentar clarear os pensamentos. Por que raios
imaginei Ucker e eu na mesma cama? E por que minhas mãos estavam suando?
- Você percebe como seria plausível? - Ucker prosseguiu. - O casamento? Temos
a desculpa perfeita. Trabalhamos juntos, nos apaixonamos e decidimos casar
algumas semanas depois. Acontece o tempo todo. - Ele dera de ombros. - Ninguém ia desconfiar do nosso acordo.
Tentei me concentrar no que ele dizia, mas não conseguia parar de pensar em
Ucker sem roupa...Argh! Maluca. Exatamente como tia Celine.
- Banheiros? - me obriguei a dizer.
- Só tem um, mas poderíamos criar um cronograma com horários alternados
para que cada um tenha sua privacidade - disse ele, todo negócios.
- Só pra deixar claro, o casamento seria apenas uma formalidade. Seríamos
duas pessoas livres, cada um na sua, sem se meter nos assuntos do outro. -
expliquei. - Seríamos mais como colegas de república.
- Não se preocupe, Eu entendi bem o recado do anúncio. Não procuro prazer
pessoal nessa relação. Você não faz o meu tipo. - ele sorriu.
- Que ótimo. Vai evitar problemas, já que você também não faz o meu tipo. E
esses seus comentários são extremamente inoportunos sabia? – resmunguei irritada.
- Desculpa. Vou tentar me conter. - ele deslizou uma mão pelos cabelos
novamente, suspirando.
Aquele gesto corriqueiro, mas extremamente sensual, me fez experimentar
uma sensação única. Como se eu estivesse dentro de uma propaganda de perfume
de grife e Ucker fosse o protagonista. Eu assistia a tudo de camarote.
Em seguida ele tiraria a camisa e borrifaria o perfume no peito liso. A névoa
fragrante envolveria sua pele e...
- Vou fazer o possível para que nossa convivência não seja pior do que já é. E
você? - ele perguntou.
- Eu o quê? - Será que seu peito era liso? Ucker tinha aquela aparência máscula,
quase rústica. Homens rústicos costumam ter pelo no peito. Pelos macios e quentes.
Como cashmere.
- Dulce, você está me ouvindo?
Desviei os olhos de seu tórax para seu rosto. Ele parecia intrigado.
- Oi? Estou, estou sim. - acho que corei.
Ele ficou esperando por uma resposta, mas sinceramente, eu não fazia ideia do
que dizer.
- Então... - ele repetiu a pergunta. - Você se compromete a tornar minha vida
menos penosa?
- Ainda estou considerando a possibilidade, Ucker. Você é o último homem que
eu esperava encontrar aqui. Com quem eu um dia cogitaria casar. Não sei o que é
pior, isso ou a miséria. - Um pouco rude demais, eu sabia, mas precisava impor
limites. Aquela coisa de ir para a cama com ele havia me deixado muito vulnerável.
Eu precisava me manter no controle da situação.
- Fico lisonjeado, Dulce. - ele comentou, zombeteiro.
- Não foi isso que eu quis dizer, mas vamos ser honestos, Ucker. Em condições
normais, eu não casaria com você nem que fosse o último homem sobre a terra.
E você nunca sonharia em ter justamente a mim como sua mulher.
- Concordo. Caso a gente feche negócio, os próximos doze meses vão ser
conturbados pra mim, não vou negar. - Ele me fitou por alguns segundos antes de
desviar os olhos para as próprias mãos - Mas a questão, Dulce, é o que é prioridade.
No momento minha prioridade é a minha carreira. Posso viver com você por um
ano para alcançar meu objetivo.
- Quanto ao pagamento...
- Eu não quero pagamento nenhum. Só preciso de uma esposa para apresentar
para a diretoria e nada mais. É esse o pagamento que quero. Tenho meu próprio
dinheiro. Pode guardar o seu - ele respondeu, seco.
- Eu não quis te ofender, eu só...
- Eu sei. Não ofendeu. - ele sorriu um pouco.
- Vou pensar no assunto. Eu...te respondo amanhã, pode ser?
- Claro. Mas pensa bem. Pode ser um bom negócio.
- Tá. Então...eu vou indo. - me levantei. Ucker também.
Um suave aroma de folhas frescas num dia chuvoso de verão inundou meu
nariz, um perfume extremamente sedutor e masculino. E vinha dele.
Oh, Deus! Lá estava ele outra vez, borrifando o perfume no abdome definido
coberto de pelos macios e sedosos como cashmere...
- Eu...eu queria agradecer - ele começou, inseguro, os olhos buscando os meus.
- Você foi muito perspicaz ao ter se antecipado e encontrado os contratos dos
chineses. Eu realmente estaria em apuros sem a sua ajuda. Você tem alguma coisa
do seu avô, afinal. Devia usar isso mais vezes. - E colocou as mãos nos bolsos da calça, atraindo meus olhos para o volume nada modesto entre seus quadris.
Desviei o olhar imediatamente.
- Obrigada, Ucker. Ganhei o dia - zombei, levemente corada.
- Estou falando sério. - O tom doce de sua voz me fez enfrentar os holofotes
verdes e quentes. - Você parece muito com seu avô. Com a diferença, claro, de que
ele era menos agressivo e jamais usaria a palavra rabo – ele sorriu um pouco. -
Enfim, eu só queria que você soubesse como estou grato. Fiquei muito
impressionado com você.
Corei pra valer, absurdamente satisfeita por ele ter me elogiado daquele jeito
só dele - e me sentindo uma completa idiota por sentir prazer nisso.
- Não fique achando que essa babação de ovo vai fazer eu decidir me casar com
você - murmurei, constrangida.
- Eu não ousaria - ele abriu um sorriso que fez meu coração quase parar de
bater.
Esses dois............ E agora é esperar pra ver.
Autor(a): nessa.vondy
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-Diz que você vai se casar com aquele deus, por favor, Dul! – falou Maienquanto tomávamos nosso café da manhã na cozinha organizada de Ana. -Não sei não Mai, o Ucker é....insuportável – Tudo bem , talvez exagero deminha parte. Ele sempre dizia a coisa errada de maneira errada, mas não era apraga que e ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 135
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stellabarcelos Postado em 21/04/2016 - 11:03:18
Maravilhosa
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juhcunha Postado em 14/03/2016 - 18:06:18
Final maravilhoso
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Duplicata Vondy Postado em 14/03/2016 - 13:45:53
Cara que final mais lindo e perfeito, ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
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minhavidavondy Postado em 12/03/2016 - 08:44:45
Amei.
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juhcunha Postado em 10/03/2016 - 20:17:49
Posta o fimmm amando
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nessa.vondy Postado em 09/03/2016 - 21:54:41
Amanhã vou postar os últimos capítulos... Até que enfim, eu sei :)
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minhavidavondy Postado em 27/02/2016 - 08:37:07
Termine a fic por favor
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franzinhasiemprerbd Postado em 21/02/2016 - 21:17:30
olaaaaaaa minha linda volta logo...poxa vc me para bem na fase que a fic tava pegando pouco??? meu deus eu conto os dias pra tiver!!!
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minhavidavondy Postado em 20/02/2016 - 23:42:31
Boa noite. Vc desistiu da fanfic, por favor me avise....passo todos os dias para ver se postou algo.Poderia pelo menos terminar...já que ela é otima.
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thaysaantana Postado em 29/01/2016 - 21:51:42
Geeeeeeente To amando, onde eu arrumo um desse?! Tá de parabéns tá ótima!!!!!!!! CONTINUAAAAAA