Fanfics Brasil - Cap. 25 parte II Procura-se um marido (Adaptada Vondy)- Finalizada

Fanfic: Procura-se um marido (Adaptada Vondy)- Finalizada | Tema: Vondy


Capítulo: Cap. 25 parte II

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Eu queria Ucker por perto. Muito perto. E não apenas por mais alguns meses,
como nosso acordo previa. Eu queria que ele fosse feliz, por isso me incomodara
tanto a atitude de Clóvis. Eu queria ver Ucker sorrir e iluminar meu dia com aquela
luz quente que emanava de seus olhos. Queria poder lhe dar a segurança que ele
me dava. Esperava poder retribuir todas as mínimas coisas que ele fizera por mim
desde que tínhamos nos conhecido. Ansiava por fazer com que ele sentisse as coisas
maravilhosas que despertava em mim toda vez que me olhava ou sorria. E, ah, eu
desejava tocá-lo. Desesperadamente. Desejava correr as mãos por seu peito, sentir
seu coração batendo acelerado sob minha palma, ouvir meu nome em seus lábios.
Desejava-o de muitas maneiras. De todas as maneiras...


Oh, Deus! Mai estava certa!


Eu o amava! Desesperadamente! Estava completamente apaixonada por meu
marido.


Que merda!


Essa constatação me deixou em pânico. Eu me remexi no banco do carro, roí as
unhas, sem conseguir ver nada à minha frente. Eu amava Ucker. Droga! Droga!
Droga!


Quando isso tinha acontecido? Como eu havia permitido que acontecesse?
Tudo bem, eu já admitira que Ucker era lindo e um bocado atraente, mas sentir
atração por alguém é muito diferente de amá-lo. Muito diferente. Absurdamente
diferente! Quer dizer, ele não havia tentado me seduzir nem nada disso, não dera
nenhum sinal de que tinha interesse por mim. Nosso relacionamento era
profissional - bom, quase sempre. - E, apesar de Ucker ser um cara completamente diferente do que eu havia imaginado, isso ainda não era razão para amá-lo. Mas, droga, eu o amava! E provavelmente há certo tempo, só não me dera conta disso até aquele momento.


 


- Não fica assim, Dulce. Estou bem com tudo isso.


- Ãrrã - murmurei, roendo a ponta do dedo, sem me atrever a olhar para Ucker.


Assim que entramos em casa, ele quis comemorar sua não promoção com o que
restara de cerveja. Eu o acompanhei, ainda tentando analisar meus sentimentos,
mas era impossível, porque Ucker era devastadoramente sexy e embaralhava meus
pensamentos a cada sorriso que me dirigia. E descobri que, quando se excedia na
bebida, ele ficava muito mais comunicativo e sorridente. E, mesmo naquele estado
de embriaguez, era inteligente, bem-humorado, educado, ria de si mesmo o tempo
todo e era muito atraente. Em outras palavras, eu estava totalmente de quatro por
ele e não conseguia pensar em mais nada a não ser nele. Argh!


Quando a cerveja acabou - para meu eterno alívio -, me despedi cordialmente e
me tranquei no quarto. Precisava fica sozinha, precisava entender o que estava
acontecendo comigo e de algum modo tentar afogar aqueles sentimentos, embora
suspeitasse de que já não havia essa possibilidade.


Por um tempo, me limitei a ir e vir aos tropeções - Ucker não fora o único a ficar
ligeiramente bêbado - no pouco espaço existente entre a cômoda e a cama. Depois
chutei os sapatos para longe e me joguei no colchão, ainda com a roupa que usara
no jantar. Fechei os olhos, encostando a cabeça na cabeceira da cama.


Como eu poderia ter me apaixonado por Ucker? Como? Como pude ser tão
idiota? E que chance eu tinha de conquista-lo agora que causara - ou causaria - sua
ruína profissional?


- Você não teve culpa - disse uma voz familiar. Uma voz de que eu sentia muita
falta. Terrivelmente. Abri os olhos. Foi quando o vi sentado ali, na minha cama.


- Vovô! Gritei, pulando para abraça-lo. Enterrei o rosto em seu pescoço e
inspirei profundamente. Seu cheiro estava diferente, mais adocicado, lembrando
flores, mas não me importei. Então me dei conta de que ele não podia estar ali.
- Você está aqui falando comigo? - olhei em volta e meu quarto parecia
absolutamente normal.


- Estou - ele sorriu.


- Por quê? Eu morri? - Não me lembrava de ter morrido, mas sei lá, nunca se
sabe.


Ele gargalhou alto. E o som daquela risada tão amada fez meu tremor diminuir
um pouco.


- Você não morreu, Dulce. Estou aqui porque você pediu minha ajuda. Eu
jamais deixaria de atender um pedido seu.


- Mas... mas... vovô - engoli em seco -, você meio que está... hã... morto. Não
pode estar aqui, ainda que eu esteja imensamente feliz em te ver.


- Meu corpo está morto. Minha alma, não - ele apontou. – Você nunca prestou
atenção nas aulas de religião?


- Senti uma falta danada das suas broncas. - Eu estava mesmo falando com
vovô ou havia enlouquecido? Eu não sabia se era fruto da minha imaginação, um
presente do meu subconsciente para preencher a lacuna deixada por sua morte ou
um sonho, daqueles bem realistas. Fosse o que fosse, eu estava mais que feliz em vêlo
naquele momento. - Sinto sua falta todo santo dia. Ando me sentindo tão
sozinha e ... sem rumo.


- Eu sei - ele sorriu, acariciando minha cabeça. Do mesmo jeito que eu sentira
mais cedo, no banheiro do Le Jacques. - Por isso estou aqui. Aconteceram coisas
desagradáveis essa noite, não foi?


 


Revirei os olhos, entrelaçando meus dedos aos seus. Não eram tão quentes
como eu me lembrava.


- Nem me fale! O Clóvis ferrou com a promoção do Ucker porque eles se
desentenderam uns dias atrás. Ele pensa que o Ucker é uma pessoa ruim por ter
casado comigo... Diz que está preocupado comigo. Aí ele faz uma coisa dessas! Ele
adorou o que fez hoje. Eu vi nos olhos dele. Ele adorou ver o Ucker cair. Vou matar
aquele filho da p...


- Dulce, isso não é jeito de se expressar - vovô me interrompeu. - Eu gastei uma
pequena fortuna com a sua educação. Use-a – seu rosto ficou sério.


-Você disse que estava aqui para amparar... – apontei.


- Por que você não conversa com o Ucker sobre o que está te afligindo? Conte a
ele tudo que o Clóvis lhe disse hoje. Isso deve ajudar.


- O quê? Não! Isso é... totalmente o oposto de ajudar! É justamente o que eu
não quero que aconteça. Contar ao Ucker que ele não foi promovido por minha culpa
vai estragar... hã... meus planos. Não tem nada mais útil do que dizer a verdade aí
no além? Você não pode, sei lá, fazer o Clóvis agir como você quer, ou quem sabe
possuir o cara pra desfazer a confusão?


Foi a vez dele de revirar os olhos.
- Você é impossível – riu. Naquele instante eu estava absolutamente feliz.


- Você está bem? – perguntei. – Está gostando desse... outro plano?


Ele assentiu.
- Mas estarei por perto enquanto você precisar de mim.


- Eu sempre vou precisar de você – rebati, sentindo o coração se aquietar.


- Nem sempre, querida. Você vai crescer um dia.


O alarme do rádio relógio no quarto de Ucker tocou. Dei um pulo na cama,
abrindo os olhos, desorientada. Olhei em volta, procurando por meu avô, mas ele
não estava ali. O sol já entrava pela fresta da janela. Esfreguei os olhos, tentando
entender.


Um sonho. Fora apenas mais um sonho. No entanto, nunca me parecera tão
real.



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Autor(a): nessa.vondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 135



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  • stellabarcelos Postado em 21/04/2016 - 11:03:18

    Maravilhosa

  • juhcunha Postado em 14/03/2016 - 18:06:18

    Final maravilhoso

  • Duplicata Vondy Postado em 14/03/2016 - 13:45:53

    Cara que final mais lindo e perfeito, ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

  • minhavidavondy Postado em 12/03/2016 - 08:44:45

    Amei.

  • juhcunha Postado em 10/03/2016 - 20:17:49

    Posta o fimmm amando

  • nessa.vondy Postado em 09/03/2016 - 21:54:41

    Amanhã vou postar os últimos capítulos... Até que enfim, eu sei :)

  • minhavidavondy Postado em 27/02/2016 - 08:37:07

    Termine a fic por favor

  • franzinhasiemprerbd Postado em 21/02/2016 - 21:17:30

    olaaaaaaa minha linda volta logo...poxa vc me para bem na fase que a fic tava pegando pouco??? meu deus eu conto os dias pra tiver!!!

  • minhavidavondy Postado em 20/02/2016 - 23:42:31

    Boa noite. Vc desistiu da fanfic, por favor me avise....passo todos os dias para ver se postou algo.Poderia pelo menos terminar...já que ela é otima.

  • thaysaantana Postado em 29/01/2016 - 21:51:42

    Geeeeeeente To amando, onde eu arrumo um desse?! Tá de parabéns tá ótima!!!!!!!! CONTINUAAAAAA


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