Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy

Furioso, desabotoou a camisa e a jogou para o outro lado do quarto. Ela podia ver que queria fazer a mesma coisa com a calça, mas era um pouco mais difícil de remover. Sem uma palavra, Anny o ajudou a voltar para a cama, então puxou a calça pelas pernas finas e a do­brou no braço da cadeira de rodas.

— De barriga para baixo — agilmente girou seu corpo.

— Ei! — Protestou, o rosto mergulhado no travesseiro, que jogou para o lado. Estava trêmulo de fúria.

Ela puxou o elástico da cueca.

— Acalme-se — aconselhou — não vai doer esta manhã. O gesto impertinente fez sua raiva crescer tanto que todo o torso deleficou vermelho. Sorrindo à reação, co­meçou a massagear com firmeza seus ombros e costas. Ele rosnou.

— Vá com calma! Não sou um pedaço de carne! Ela riu.

— Como é delicado! — Zombou — há um motivo para o que estou fazendo.

— Qual, que me punir?

— Numa palavra, circulação sangüínea. Está péssima. É por isso que suas mãos e pés estão frios e tem de usar meias para manter os pés quentes, mesmo na cama. Aposto que estão gelados agora, não?

Respondeu com silêncio.

— Músculos não podem trabalhar sem um bom su­primento de sangue — comentou.

— Compreendo — o tom era de puro sarcasmo. — Sua massagem mágica vai me fazer levantar imediatamente.

— De jeito nenhum. Minha massagem mágica é ape­nas o trabalho de base e devia aprender a gostar porque vai receber um bocado.

— Deus, você é cheia de charme, não é? Riu de novo.

— Sou cheia de conhecimento e também equipada com uma pele grossa, assim está perdendo o seu tempo tentando me insultar.

Moveu-se para as pernas dele, não havia carne ali para massagear. Sentiu como se estivesse apenas moven­do a pele sobre os ossos, mas continuou mesmo assim, sabendo que as horas e horas de massagem que faria finalmente dariam resultado. Tirou-lhe as meias, massageou os pés e, em pouco tempo, sentiu que um pouco do frio na pele desaparecia.

Os minutos passavam enquanto trabalhava em silên­cio. De vez em quando ele rosnava em protesto quando os dedos vigorosos eram um pouco duros demais. Uma fina camada de suor cobriu-lhe o rosto e o corpo, fazendo-a brilhar. Virou-o de barriga para cima e deu a aten­ção aos braços, ao peito e ao abdome magro. As costelas se destacavam, brancas sob a pele. Ficou deitado, olhos presos ao teto, a boca rija. Anny se moveu para as per­nas de novo.

— Por quanto tempo mais vai continuar com isto? — Perguntou finalmente.

Ela olhou as horas. Tinha trabalhado no corpo dele por pouco mais de uma hora.

— Suponho que chega por enquanto. Agora vamos fazer os exercícios.

Pegou primeiro uma perna, dobrou-a até o peito, de­pois fez a mesma coisa com a outra, repetindo o movi­mento de novo e de novo. Ele suportou em silêncio por cerca de quinze minutos, então de repente rolou para uma posição sentada e a empurrou.

— Pare com isto! — Gritou, o rosto tenso. — Meu Deus, mulher, tem de continuar e continuar? É uma perda de tempo! Deixe-me em paz!

Observou-o, atônita.

— O que quer dizer, com perda de tempo? Estou só começando. Realmente esperou ver alguma diferença em uma hora?

— Não gosto que mexam no meu corpo como se fosse uma massa!

Ela deu de ombros e escondeu um sorriso.

— Bem, de qualquer maneira, já são 7h30 e seu desjejum já deve estar pronto. Não sei quanto a você, mas estou faminta.

— Não estou com fome — então uma expressão atônita surgiu no seu rosto e ela soube que percebera que estava com fome, provavelmente pela primeira vez em meses.

Ajudou-o a se vestir, embora aquilo o enfurecesse de novo. Estava tão irritado como uma criança rabugenta quando entraram no elevador instalado especialmente para ele. Mas a expressão carrancuda se transformou numa de horror quando viu o que estava em seu prato. Observando-o, Anny teve de morder o lábio inferior para se impedir de rir alto. Primeiro horror, depois ul­traje contorceram suas feições.

— O que é esta porcaria? — A voz subiu para um rosnado.

— Oh, não se preocupe — disse casualmente. — Isto não é tudo o que vai ter, mas é com isto que vai come­çar. São vitaminas — o tom era o de uma babá para uma criança manhosa.

Podiam ser serpentes, pela maneira como as olhava. Teve de admitir que a coleção era um pouco impressio­nante. Alberta as contara exatamente como Anny ensi­nara e sabia que havia dezenove pílulas.

— Não vou tomá-las!

— Vai sim, precisa. Vai precisar ainda mais depois de alguns dias de terapia. Além disso, não comerá nada até ter tomado todas.

Ele não gostava de perder. Pegou um punhado e en­goliu diversas de uma só vez com goles de água.

— Pronto — rosnou — tomei as malditas coisas.

— Obrigada — disse gravemente.

Alberta evidentemente ouvia porque imediatamente entrou com as bandejas do desjejum. Olhou para a me­tade de toronja, torradas de pão de trigo, ovos, bacon e leite como se fossem lixo.