Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy

— Sempre desistiu assim tão fácil?

— Fácil! — Ergueu a cabeça — não sabe nada disto! Não sabe como é...

— Posso dizer como não é — interrompeu — posso di­zer que nunca precisou olhar para onde suas pernas cos­tumavam estar e ver apenas o vazio debaixo do lençol. Nunca precisou aprender a digitar batendo nas teclas com um lápis preso nos dentes porque está paralisado do pescoço para baixo. Vi muita gente em estado muito pior do que o seu. Andará de novo porque eu o forçarei.

— Não quero ouvir sobre como outras pessoas estão piores do que eu. Não sou elas! Minha vida é minha e sei o que quero fazer dela e o que não posso... não quero aceitar.

— Trabalho? Esforço? Dor? Sr. Herrera, Christopher me contou muitas coisas sobre você. Viveu de forma plena. Se houver pelo menos uma chance mínima de fazer tudo de novo, tentaria?

Suspirou, a expressão de absoluto cansaço.

— Não sei. Se realmente acreditasse que há uma chance... mas não acredito. Não posso andar, srta. Portilla, não consigo mover as pernas.

— Eu sei. Não pode esperar ser capaz de movê-las no momento. Terei de treinar de novo seus impulsos ner­vosos antes de você poder mexê-las de novo. Levará muitos meses e não posso prometer que não ficará manco, mas caminhará de novo... se cooperar comigo. Assim, sr. Herrera, vamos começar de novo aqueles exercícios?

Ele se submeteu aos exercícios de má vontade, mas isso não a incomodava, desde que cooperasse. Seus múscu­los não sabiam que estava deitado de cara amarrada o tempo todo, os movimentos, os estímulos eram o que importava. Anny trabalhou sem descanso, alternando exercícios nas pernas com massagens no corpo inteiro. Eram 10h30 quando ouviu o som que estivera incons­cientemente esperando a manhã inteira: a batida dos saltos dos sapatos de Dulce. Ergueu a cabeça e então Alfonso a ouviu também.

— Não! — A voz era rouca — não a deixe me ver assim!

— Está bem — disse calmamente, e jogou o lençol para cobri-lo.

Então foi até a porta, saiu para o corredor e bloqueou a passagem de Dulce no momento em que chegava à porta para entrar no quarto de Alfonso. A irmã lhe lançou um olhar assustado.

— Alfonso está acordado? Ia apenas dar uma olhada, geralmente não se levanta antes do meio-dia.

Não era de admirar que tivesse ficado tão aborrecido quando o fiz acordar antes das seis, pensou Anny, di­vertida. Para Dulce, disse apenas:

— Estou fazendo exercícios com ele agora.

— Tão cedo? — As sobrancelhas dela se ergue­ram. — Bem, tenho certeza de que já fez o bastante por hoje. Já que está acordado tão cedo, deve estar pronto para tomar o desjejum. Come tão pouco e não quero que perca nenhuma das refeições. Vou entrar e ver o que gostaria...

Quando tentou dar a volta em Anahi para entrar no quarto de Alfonso, a fisioterapeuta deu um passo para o lado até bloquear a porta de novo.

— Sinto muito — disse o mais gentilmente que con­seguiu enquanto Dulce a olhava, incrédula. — Já tomou o desjejum. Fiz um horário para ele e é importante que o siga. Depois de mais uma hora de exercícios, descere­mos para o almoço, se quiser esperar até lá.

Ainda olhava para Anny como se não pudesse acre­ditar no que estava ouvindo.

— Está dizendo... — parou e começou de novo, a voz mais forte — está dizendo que não posso ver meu ir­mão?

— Neste momento, não. Precisamos terminar os exercícios.

—Alfonso sabe que estou aqui? — Exigiu, o rosto subi­tamente vermelho.

— Sim, sabe, e não quer que o veja agora. Por favor, tente compreender como ele se sente.

Os lindos olhos de Dulce se arregalaram.

— Oh! Oh, compreendo! —Talvez compreendesse, mas Anahi duvidava muito. A mágoa brilhou nos olhos dela por um momento, então deu de ombros. — Eu... eu o verei dentro de uma hora, então.

Virou-se e se afastou e Anny a observou por um instante, vendo os sentimentos feridos em cada linha de suas costas retas. Não era incomum que a pessoa mais próxima de seu paciente sentisse ciúmes da intimidade essencial com a terapeuta, mas sempre se sentia descon­fortável quando aquilo acontecia. Sabia que a intimida­de era passageira, que assim que se recuperava e não precisava mais de seus serviços, iria para outro caso e o paciente se esqueceria dela. E, no caso de Alfonso, não havia motivo de ciúme; a única emoção que sentia por ela era hostilidade. Quando voltou ao quarto, virou a cabeça para olhá-la.

— Ela se foi? — Havia ansiedade na voz.

— Vai esperar lá embaixo para almoçar com você — Anahi viu o alívio lhe cobrir o rosto.

— Ótimo. Minha irmã... quase morreu de ansiedade quando isto me aconteceu. Ficaria histérica se visse como realmente estou. — A dor escureceu seus olhos. — É especial para mim, praticamente a criei e sou toda a fa­mília que tem.

— Não, não é, tem Christopher.

— Vive tão mergulhado no trabalho que raramente se lembra dela — rosnou. —Chistopher é um excelente vice-presidente, mas não é um bom marido.

Esta não era a impressão que Anny tivera, parecera-lhe um homem muito apaixonado pela esposa. Na su­perfície, eram opostos; ele era reservado e sofisticado, enquanto ela, tão franca e forte como o irmão, mas talvez os dois fossem o que cada um precisava. Talvez a vivacidade dela o tornasse mais espontâneo; talvez a re­serva dele temperasse a franqueza excessiva de Dulce. Mas Anahi não comentou nada disso com Alfonso, apenas recomeçou os exercícios repetitivos de novo, forçando suas pernas a realizar os mesmos movimentos.

continua..,

elis_herrera: oiii flor seja bem vinda e espero que esteja gostando hj resolvi postar bastante para minhas leitoras mais lindaaas e amanha tem mais capitulos espero que vc apareça mais vezes.bjs lindaa!!!!!

vondy4everponny: pos e a Anny chegou pra mudar completemente a vida de poncho vai dar muuuuuuuito trabalho mas vai resolver,as vezes ate eu sinto uma raiva de poncho mas depois eu penso um homem atlético, totalmente de bem com a vida e fã de esportes radicais, sofreu um acidente que quase o matou nao era pra menos ne?temos q compreende lo.Ai