Fanfics Brasil - capitulo 31 Desperte comigo (adaptada) aya finalizada

Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy


Capítulo: capitulo 31

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Talvez, decidiu, porque sabia que estava segura. Como ele dissera, não estava em condições de ir à caça. Sexualmente, era tão inofensivo como as crianças que abraçara e confortara.
— Parece Michelangelo, sofrendo com os últimos toques de uma estátua — provocou. — Fez um buraco nos meus cabelos?
— E claro que não! — Protestou, passando os dedos pelas mechas despenteadas. — Sou um excelente barbeiro, para sua informação. Gostaria de um espelho?
Ele suspirou, contente.
— Não, confio em você. Agora pode fazer minha barba.
— Ao diabo que vou! — Com raiva fingida, limpou os fios cortados que cobriam seus ombros. — É hora da sua sessão de tortura, pare de tentar adiar!
Nos dias que se seguiram, nada mais foi dito sobre a situação entre Dulce e Christopher e, embora o casal continuasse a jantar todas as noites com Alfonso e Anahi, a frieza entre ambos era evidente. Christopher tratava Anahi com um carinho caloroso que jamais ultrapassava os limites da amizade, embora ela tivesse certeza de que Dulce não estava convencida de que a situação entre os dois fosse inocente. Alfonso observava tudo com olhos de águia e mantinha Anahi sempre a seu lado.
Compreendia os motivos dele para fazer aquilo e como era conveniente estar com ele, permitia que fosse tão exigente pela companhia dela como quisesse. Gostava de estar com ele. A medida que se tornava mais forte, sua personalidade ousada se revelava mais e mais e precisava de toda a concentração para se manter sempre um passo à frente.
Tinha de jogar pôquer, xadrez e assistir a jogos de futebol na televisão com ele. Havia um milhão de coisas que o interessavam e exigia que Anahi partilhasse de todas elas. Era como se tivesse passado os dois últimos anos em coma e despertara determinado a recuperar tudo o que perdera.
Exigia mais de si do que ela jamais exigiria. Como conseguia erguer halteres mais pesados do que ele, ele trabalhava durante horas com os pesos. Como podia nadar por mais tempo e mais depressa, Alfonso se obrigava a nadar mais vezes e por mais tempo, embora ainda não conseguisse usar as pernas. E, todas as semanas, faziam uma queda de braço. Foi apenas na quinta rodada que finalmente a derrotou e ficou tão feliz que ela lhe permitiu comer waffles de mirtilo no desjejum.
Mesmo assim, ficou nervosa quando decidiu que era hora de ele começar a usar suas pernas. Este era o ponto crucial de todo o programa. E, se não sentisse algum progresso agora nas pernas, perderia a esperança e mergulharia de novo na depressão.
Não lhe contou o que planejara. Quando ele terminou os conjuntos de levantamento de peso, colocou-o de novo na cadeira de rodas e a levou às barras paralelas que usaria para se apoiar, enquanto ela lhe reeducava as pernas nos movimentos que deveriam fazer. Olhou para as barras, então para ela, as sobrancelhas erguidas numa pergunta muda.
— É hora de você deixar de ser tão preguiçoso — a voz era tão casual como possível, embora seu coração batesse tão alto que achava um milagre ele não ouvi-lo. — De pé.
Engoliu, os olhos se movendo dela para as barras, então de volta a Anahi.
— Então é isto, uh? O dia D.
— Isto mesmo. Não e grande coisa, apenas fique em pé. Não tente andar. Deixe que as pernas se acostumem a suportar seu peso.
Enrijeceu o maxilar e estendeu as mãos para as barras. Firmou-se nelas e se levantou da cadeira. Os exercícios de levantamento de peso se mostraram eficazes enquanto se erguia, usando apenas a força dos ombros e dos braços. Observando-o, notou a maneira como seus músculos cresciam e se mexiam. Tinha agora músculos de verdade, não apenas a pele sobre os ossos. Ainda estava magro, magro demais, mas não tinha mais o corpo de uma vítima da fome. Até mesmo as pernas tinham reagido aos exercícios forçados e massagens que fazia nelas todos os dias e tinham formado uma camada de músculos.
Ficou pálido e o suor lhe desceu pelo rosto enquanto Anahi posicionava os seus pés com firmeza sob o corpo.
— Agora — disse suavemente — solte seu peso das mãos e deixe que as pernas o mantenham de pé. Pode cair, mas não se preocupe com isso. Todos caem quando alcançam esta fase da terapia.
— Não vou cair — a voz tinha um tom de determinação. Jogou a cabeça para trás e cerrou os dentes. Equilibrava-se nas mãos, mas o peso estava nos pés. Então gemeu alto. — Não me avisou que doía! — Protestou.
A cabeça de Anahi se ergueu, os olhos azuis brilhando de excitação.
— Está doendo?
— Como os diabos! Agulhas quentes...
Deixou escapar um grito de alegria e estendeu as mãos para ele, então se afastou quando se lembrou de seu equilíbrio precário. Lágrimas inesperadas lhe encheram os olhos. Não chorava desde que era uma criança, mas agora estava tão orgulhosa que não foi capaz de segurar as lágrimas que se formavam. Mesmo assim, piscou para impedi-las de escorrer, embora brilhassem entre seus cílios negros enquanto sorria, trêmula, para ele.
— Sabe o que isto significa, não sabe?
— Não, o quê?
— Que os nervos estão funcionando! Que tudo funciona! As massagens, os exercícios, a hidromassagem... suas pernas! Não compreende? — Gritou, praticamente pulando no mesmo lugar.
A cabeça dele se virou subitamente para Anahi. Toda â cor desapareceu de seu rosto, deixando apenas os olhos brilhando como brasas verdes.
— Diga! — Sussurrou — diga com todas as letras!
— Vai andar! — gritou ela. Então não conseguiu mais controlar as lágrimas e desceram pelo seu rosto, enevoando a visão. Limpou-as com as costas das mãos e deu uma risada trêmula. — Você vai andar! — Repetiu.
O rosto dele se contorceu numa agonia de alegria; soltou as barras e estendeu os braços para ela, então caiu para a frente, quando perdeu o equilíbrio.
Anahi o segurou e passou os braços com força em torno dele, mas agora era pesado demais. Tropeçou e caiu sob o peso de Alfonso . Abraçava-a com força com os dois braços e enterrou o rosto no seu pescoço. O coração dela pulou, seu sangue se transformou em horror congelado num rio calmo que mal se movia.
— Não — sussurrou, a mente se transformando de repente num vazio. As mãos se moveram para os ombros dele, querendo afastá-lo.
Havia um tremor estranho nos seus ombros. E ouviu-se um som... mas não era o mesmo de seus pesadelos.
Então, como alguém que acendia uma luz e transformava um quarto escuro era iluminado, soube que aquele era Alfonso,não Rodrigo. Rodrigo a ferira; Alfonso jamais faria isso. E o som estranho era o som dele chorando.
Chorava. Não conseguia impedir as lágrimas de alegria, como ela não conseguira alguns momentos antes, os soluços que o abalavam e libertavam de dois longos anos de tormento e desespero.
— Meu Deus — disse entre soluços — meu Deus!
Foi como a queda de uma represa dentro dela. Uma vida inteira controlando suas mágoas, não ter ninguém para quem se voltar para confortá-la, ninguém para abraçá-la enquanto chorava e, de repente, foi demais. Uma enorme e agonizante dor se ergueu em seu peito e escapou pela garganta num grito soluçado, angustiado. O corpo de Anahi tremia com a força de seus soluços e os enormes olhos azuis derramavam lágrimas grossas e quentes. Pela primeira vez na vida era apertada nos braços de alguém enquanto chorava e era demais. Não podia suportar a dor doce e amarga daquilo e, ao mesmo tempo, sentiu que alguma coisa mudara nela. O simples fato de chorarem juntos derrubara a barreira que a mantinha isolada do resto do mundo. Até então, existira apenas na superfície, jamais deixando nada nem ninguém se aproximar demais, nunca se permitindo sentir profundamente, permitindo que alguém conhecesse a mulher sob a máscara, porque fora ferida tão gravemente e temia que acontecesse de novo. Desenvolvera um mecanismo de defesa que até então fora intransponível, mas Alfonso conseguira derrubá-lo.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 124



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  • franmarmentini Postado em 23/12/2014 - 12:50:39

    Ameiiiiiiiiiiii a fic* fiquei mega felizzzzz

  • _thainaoliveiraaya Postado em 21/12/2014 - 02:19:42

    Nos vemos na próxima ! Gostei muito dessa fic, apesar de as vezes ficar meia confusa amei !

  • dani_la Postado em 21/12/2014 - 02:02:10

    Acabooou :( poxa. Pensei que seria grandona, mas quando menos espero acaba. Super amei essa fic, cada capítulo me encantou, fiz uma super amizade. Amei, amei, parabéns my sister. Bjss!

  • vondy4everponny Postado em 20/12/2014 - 23:16:12

    Awn nem creio que essa fic acabou :s Ela foi uma das melhores, com certeza! Amei amei e amei de novo, cada capitulo, cada briga de AyA, dramas vondy, tuuuuuudo. Parabéns maninha. Love u <3

  • blueorangee Postado em 20/12/2014 - 21:45:13

    Adorei cada episódio, nem deveria acabaaar! Vou sentir saudades, bjinhos

  • elis_maria Postado em 20/12/2014 - 21:05:41

    Ameii! Vou sentir saudades...

  • milaaya16 Postado em 20/12/2014 - 19:15:51

    Ultimo capitulo ja ? Vou sentir saudades da web :`( que perfeito eles juntos *_* adorei o final

  • franmarmentini Postado em 19/12/2014 - 16:40:14

    AVISO************ AMORES!!!! QUERO DEIXAR UM RECADINHO...VOU VIAJAR DE FÉRIAS AMANHÃ DE MADRUGADA :) E SÓ VOLTO LÁ PELO DIA 05/01/2015 E NÃO SEI SE VOU CONSEGUIR LER AS FIC*S ENTÃO SE EU NÃO COMENTAR É PQ AINDA NÃO LI...MAS NÃO VOU DE FORMA ALGUMA ABANDONAR NENHUMA....MAS SE TIVER INTERNET E EU PUDER LER VOU LER MUITOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO KKKKKKKKKKKKKKKKKKK ENTÃO ME DESCULPEM FICAR ESSES DIAS SEM PODER COMENTAR BJUS A TODAS....FELIZ NATAL E UM MARAVILHOSO ANO NOVO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! PS...vou estar de niver dia 24/12 FELIZ NIVER PRA MIM KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK VOU FAZER 29 ANOS MAS CONTINUO AMANDO MUITOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO MEU TRAUMA FOREVER!!!!!!!!!!!!! AYA ;) BJUSSSSSSS

  • franmarmentini Postado em 14/12/2014 - 20:37:01

    Poxaaaaaa q pena q vc não ta conseguindooo postar :(

  • blueorangee Postado em 09/12/2014 - 16:27:22

    Gente, isso não pode, como assim? Poncho ta demorando pra correr atrás dela


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