Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy

Franziu as sobrancelhas, era verdade com todos os homens... exceto Alfonso. Tocara-a e não tivera medo. Fizera quedas de braço com ele, brincaram no chão... beijara-o.
A idéia que surgiu foi tão radical que, quando pensou nela pela primeira vez, descartou-a, mas voltou e voltou, preenchendo a sua mente. Precisava de ajuda e era a única mulher disponível para ajudá-lo. Se fosse capaz de atraí-lo...
Um tremor tomou todo o seu corpo, dos pés à cabeça, mas não era de repulsa ou medo, ou talvez medo da própria ousadia. Poderia fazer? Como faria? Como seria capaz de lidar com uma coisa daquelas? Não faria a Alfonso bem nenhum se tentasse alguma coisa e ela corresse, gritando, para fora do quarto. Achava que não faria isso com ele, mas só a idéia de tentar atrair um homem era tão estranha que não podia ter certeza. Seria capaz de tentá-lo a ponto de lhe provar que era um homem completo?
Não poderia deixar que a situação se transformasse em alguma coisa concreta, sabia que não só era uma coisa para a qual não estava pronta, como também que ter um caso com um paciente seria totalmente contra sua integridade profissional. Além disso, não era o tipo de Blake, portanto havia pouca chance de qualquer coisa mais séria acontecer. Tentou decidir se ele a acharia tão inexperiente que não sentisse nenhuma atração, ou se seu isolamento pelos últimos dois anos o cegaria para sua falta de habilidades na questão.
Estava deixando para trás tão depressa a preocupação com sua invalidez que sabia que não seria capaz de enganá-lo por muito mais tempo. A cada dia tornava-se mais ele mesmo... o homem na foto que Christopher lhe mostrara, com um intelecto superior e uma natureza dominadora que levava todo mundo de roldão como Uma onda de maré alta.
Poderia fazer aquilo?
Estremeceu ao pensamento, mas estava tão abalada pelo que dissera aquela noite que não afastou a idéia, como teria feito antes. Pela primeira vez em sua vida, Anahi decidiu tentar atrair um homem. Tinha se afastado de qualquer contato sexual por tanto tempo que não sabia se podia fazer aquilo sem parecer óbvia ou tola. Contava trinta anos de idade e se sentia tão inexperiente e desajeitada como qualquer garota entrando na adolescência.
Seu breve casamento com Rodrigo não contava; longe de tentar atrair o marido, depois de sua noite de núpcias fizera de tudo para evitá-lo. Alfonso era um homem maduro e sofisticado, acostumado a ter qualquer mulher que quisesse antes que o acidente lhe roubasse o uso das pernas. Sua única vantagem era ser a única disponível na vida dele naquele momento.
Só não sabia como excitar um homem.
Aquele problema incomum, e um que jamais imaginou que teria de enfrentar, era o motivo por que ficou em pé, hesitante, diante do espelho na manhã seguinte, muito depois da hora normal em que o acordava. Ainda nem tinha se vestido, olhava-se no espelho, mordendo o lábio inferior e franzindo a sobrancelha. Sabia que os homens geralmente gostavam de sua aparência, mas seria a imagem algo suficiente? Nem mesmo era loura, como Alfonso preferia. Seus abundantes cabelos castanhos ondulavam nos ombros e desciam pelas costas; estava prestes a fazer uma trança para tirá-los do caminho quando parou e se olhou, ainda segurando a escova, distraída, enquanto observava atentamente a figura madura da mulher no espelho. Seus seios eram fartos e firmes, com mamilos cor de cereja, mas talvez fossem grandes demais para o gosto dele. Talvez fosse atlética demais, forte demais; talvez gostasse de mulheres mais delicadas, ultrafemininas.
Gemeu alto e se virou para estudar as costas. Tantos ses! Talvez fosse um homem que tivesse preferência por pernas; tinha belas pernas, longas e graciosas e bronzeadas. Ou talvez... Seu traseiro, coberto apenas por uma calcinha minúscula de seda rosa, era definitivamente curvilíneo e feminino. Suas roupas eram outro problema. O guarda-roupa do dia a dia consistia principalmente de coisas que eram confortáveis para trabalhar: jeans, short, camisetas. Limpos e práticos, mas não atraentes. Tinha boas roupas, mas nada que pudesse usar para trabalhar e que fossem práticas também. Os vestidos não tinham nada de sexy e as camisolas pareciam ter saído diretamente de um convento, apesar do comentário de Alfonso , sobre ela andar por aí em camisolas transparentes. Precisava de roupas novas, coisas que fossem sensuais, nas quais parecesse sexy, mas sem exagero, e camisolas realmente transparentes.
Estava tão absorta que não ouviu os sons de Alfonso no quarto; e então ouviu sua voz ressonante:
— Preguiçosa, dormiu demais esta manhã! — e ela se virou para a porta quando se abriu e Alfonso passou com a cadeira de rodas.
Ambos congelaram. Anahi nem mesmo conseguiu erguer os braços para cobrir os seis nus, estava atônita demais pelo choque de sua entrada, tão perdida em pensamentos que foi incapaz de voltar à realidade e agir. Alfonso também pareceu incapaz de se mover, embora as boas maneiras exigissem que deixasse imediatamente o quarto. Não deixou; ficou lá, os olhos verdes se tornando ainda mais verdes, uma expressão sombria, tempestuosa, aquecendo o olhar que a percorreu dos pés à cabeça e se demorou em seus seios.
— Deus do céu — sussurrou.