Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy

Um relâmpago verde brilhou nos olhos dele.
— O que quer dizer, para eu seguir? — Exigiu asperamente, a mão lhe apertando o pulso. Apesar de sua força, os ossos de Anahi eram finos e os dedos longos mais do que circularam a carne.
Sentiu-se desmanchar por dentro; ele não percebera que, quando a terapia terminasse, partiria? Talvez não. Pacientes geralmente se envolviam tanto com seu progresso que a realidade de outras responsabilidades não lhes ocorria. Vivera por semanas com a dor de saber que logo teria de deixá-lo, agora ele também sabia.
— Não estarei aqui. — a voz era calma enquanto enrijecia os ombros. — Sou uma terapeuta, é isto que faço para viver. Estarei cuidando de outro caso e não precisará mais de mim. Estará andando, trabalhando, fazendo tudo o que fazia antes... embora pense que deva esperar um pouco antes de escalar outra montanha.
— É a minha terapeuta — apertou a mão no pulso dela. Anahi deixou escapar uma risada curta e triste.
— É normal ser possessivo. Por meses vivemos isolados em nosso pequeno mundo e dependeu de mim mais do que de outra pessoa, a não ser sua mãe, quando era bebê. Sua perspectiva está distorcida agora, mas quando começar a trabalhar de novo, tudo voltará a ficar bem. Acredite, depois que estiver fora por um mês, nem mesmo pensará em mim.
Um rubor vermelho escuro surgiu sob o bronzeado do rosto dele.
— Quer dizer que simplesmente me dará as costas e partirá? — Parecia não acreditar que aquilo fosse possível.
Ela se encolheu e lágrimas lhe tomaram os olhos. Passara anos sem chorar, desde que aprendera sua inutilidade quando criança, mas Alfonso destroçara aquele controle em particular. Chorara nos braços dele... e rira neles também.
— Não... não é tão fácil para mim também — a voz era trêmula. — Eu também me envolvo. Sempre... apaixono-me um pouco por meus pacientes. Mas isto passa... retomará sua vida e irei para outro paciente...
— Maldição, não permitirei que vá para outro homem e se apaixone por ele! — Interrompeu, furioso, as narinas se abrindo.
Apesar disso, Anahi riu.
— Nem todos os meus pacientes são homens, tenho uma grande porcentagem de crianças.
— Não é este o ponto — o rosto repentinamente estava tenso sobre os ossos — ainda preciso de você.
— Oh, Alfonso— a voz era, ao mesmo tempo, um soluço e uma risada — já passei por isto mais vezes do que posso lembrar. Sou um hábito, uma muleta, nada mais, e uma muleta da qual não precisa nem mesmo agora. Se partisse hoje, ficaria muito bem.
— Isto é uma questão de opinião — a voz era dura. Tirou a mão do pulso dela e lhe ergueu a mão, descansando-a no rosto áspero pela barba nascente por um momento antes de lhe beijar os dedos. — Você invadiu minha vida, senhora, tomou posse da minha casa, da minha rotina, de mim... acha que as pessoas conseguem esquecer vulcões?
— Talvez não me esqueça, mas descobrirá algum dia, em breve, que não precisa mais de mim. Agora — disse com energia, introduzindo deliberadamente uma nota de alegria na voz — que tal aquele champanhe?
Tomaram champanhe. Alfonso reuniu todo mundo e beberam uma garrafa inteira. Maite recebeu a notícia do progresso de Alfonso chorando suavemente; Alberta se esqueceu de si mesma ao ponto de lançar a Anahi um sorriso satisfeito de cumplicidade e tomou três taças de champanhe; o rosto sombrio de Miguel ficou subitamente alegre e ele deu o primeiro sorriso que Anahi vira; então ergueu a taça num brinde silencioso a Alfonso , os olhos dos homens se encontrando e se comunicando enquanto lembranças surgiam entre ambos.
Houve outra garrafa de champanhe no jantar aquela noite. Dulce se atirou nos braços de Alfonso quando deu-lhe as boas notícias e soluços de alívio lhe estremeceram o corpo. Levou algum tempo para acalmá-la, estava quase louca de alegria.Christopher , cujo rosto havia se tornado mais e mais tenso enquanto as semanas se passavam, de repente pareceu como se o peso do mundo tivesse sido tirado de seus ombros.
— Graças a Deus — disse com grande sinceridade. — Agora posso ter aquele colapso nervoso que venho adiando há dois anos.
Todos riram, mas Alfonso disse:
— Se alguém merece longas férias é você. Assim que eu voltar ao trabalho, ficará liberado por pelo menos um mês.
Christopher mexeu os ombros, cansado.
— E não as recusarei.
Sulce olhou o marido com alegria determinada.
— Que tal o Havaí? Podemos passar o mês inteiro deitados na praia, no paraíso.
A boca de Christopher afinou.
— Talvez mais tarde. Acho que preciso ficar sozinho por algum tempo.
Dulce jogou o corpo para trás como se a tivesse esbofeteado e o rosto empalideceu. Alfonso olhou para a irmã, percebeu a tristeza e a raiva iluminou o verde escuro de seus olhos. Anahi colocou a mão em seu braço para contê-lo. Quaisquer que fossem os problemas entre Christiopher e Dulce , tinham de resolvê-los sozinhos. Alfonso não podia continuar a interferir na vida da irmã, facilitando as coisas para ela; aquilo era uma grande parte das dificuldades entre o casal. Ele era tão importante para Dulce que Christopher se sentia diminuído.
Num momento Dulce se controlou, ergueu a cabeça e sorriu, como se o comentário do marido não tivesse relação alguma com ela. Anahi teve de admirar sua coragem. Era uma mulher orgulhosa e teimosa, não precisava que seu irmão mais velho lutasse suas batalhas. Tudo o que precisava fazer era perceber isso e fazer com que Alfonso também percebesse.

O jantar foi uma impressionante mistura de pratos que normalmente não eram servidos juntos e Anahi percebeu que Alberta ainda estava celebrando. Quando a galinha foi seguida pelo peixe, soube que as três taças de champanhe tinham sido excessivas. Cometeu o erro de olhar para Alfonso e a risada dificilmente controlada no rosto dele foi demais. E, de repente, todos à mesa riam, o que efetivamente baniu o silêncio que se instalara depois que Christopher rejeitara a esposa.
Para não ferir os sentimentos de Alberta, todos fizeram um esforço valente para comer tudo o que foi servido, embora tivesse se entusiasmado demais e preparado muito mais comida do que o normal. Se não fosse uma cozinheira tão boa, mesmo embriagada, aquilo teria sido impossível.
Da sala de jantar, podiam ouvir ocasionais trechos de canções na cozinha e apenas o pensamento de que a cozinheira, entre todas às pessoas, estava cantando, ocasionou novas ondas de risos. Anahi riu até os músculos de sua barriga doer. O champanhe também estava fazendo efeito e ela acreditava que, naquele momento, qualquer coisa os faria rir.

continua...

oii meus amores desculpe ñ responder vcs mas é que passei aqui rapidinho para deixar capitulos novos,li todos os comentarios e agradeço a todas q acompanham amanha respondo todos eles ok!!!??bjsss minhas lindaaas e ate amanhã.