Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy

Christopher e Dulce saíram num horário muito mais tardio do que o normal e, pelo menos, o champanhe havia destruído a distância entre eles. Christopher teve de apoiar a esposa tonta na pequena distância até o carro e Dulce se segurava nele, rindo como uma louca. Anahi estava sóbria o bastante para ficar contente por Christopher lidar bem com o álcool, já que estava dirigindo, mas também estava embriagada o bastante para cair na risada ao pensar que era uma boa coisa que Alfonso ainda estivesse na cadeira de rodas; jamais conseguiria subir a escada se estivesse andando.
Ele insistiu para que o ajudasse a se despir e colocou-o na cama como se fosse uma criança. Quando se debruçou sobre ele para arrumar o lençol, pegou-a pela mão e puxou. Com o champanhe, seu equilíbrio não era tão bom e Anahi caiu sobre ele. E Alfonso lhe interrompeu as risadas beijando-a lentamente, sonolento, e então a ajeitando em seus braços.
— Durma comigo — exigiu, então fechou os olhos e dormiu imediatamente.
Anahi sorriu com um pouco de tristeza. As luzes ainda estavam acesas e estava usando o vestido azul-real que colocara para celebrar a ocasião. Não bebera demais e, depois de alguns momentos, desvencilhou-se delicadamente dos braços dele, relaxados pelo sono, e saiu da cama. Apagou as luzes, foi para seu próprio quarto e tirou o vestido, deixando-o cair descuidadamente no chão. Também dormiu profundamente e acordou na manhã seguinte com uma dor de cabeça que a fez desejar apenas ficar na cama.
Com admirável, embora dolorosa autodisciplina, levantou-se, tomou banho e realizou suas atividades matinais normais. O champanhe não afetara Alfonso tanto quanto a ela, e estava com a mente clara, pronto para começar os exercícios. Depois de ajudá-lo a se aquecer, Anahi o deixou e foi tomar duas aspirinas.
Dulce entrou quando estava prestes a descer para a academia... uma Dulce radiante, a boca curvada num sorriso permanente.
— Oi — disse, alegre — onde está Alfonso?
Anagi lhe contou.
— Ótimo, vim ver você, não ele. Queria perguntar como vai a caça.
Anahi precisou de um momento para compreender o que dissera: seu esquema para atrair Alfonso durara tão pouco que, ao pensar nele, pareceu tolo ter ficado tão transtornada por uma coisa trivial. Outras preocupações ocupavam-lhe o tempo e a atenção.
— Tudo vai muito bem — esforçou-se para sorrir. — Acho que tudo vai bem com você também. Está parecendo bem melhor do que esperava que estivesse esta manhã.
Dulce piscou para ela.
— Não bebi tanto quanto pareceu — admitiu sem o menor pudor. — Apenas me pareceu uma oportunidade boa demais para desperdiçar. Você me inspirou, se podia ir atrás do homem que queria, por que eu não? É meu marido, pelo amor de Deus! Então o seduzi a noite passada.
Apesar da dor de cabeça, Anahi riu e Dulce sorriu.
— Ainda não ganhei a guerra, mas recapturei um pouco do território perdido. Decidi que vou engravidar.
— Acha que é uma boa idéia?
Tantas coisas podiam dar errado. Se o casamento fracassasse, então ficaria sozinha para criar o bebê. Ou Christopher poderia ficar por causa da criança, mas isso parecia uma situação péssima para todos os envolvidos.
— Conheço Christopher — mostrava-se confiante. — Eu o ofendi e levará algum tempo para que me perdoe, mas acredito que realmente me ama. Ter seu bebê lhe mostrará o quanto o amo também.
— O que realmente precisa é saber que seu amor por ele é maior do que o que sente por Alfonso— sentiu-se um pouco inquieta em dar conselhos; o que sabia sobre o amor? Sua própria experiência com o casamento tinha sido um desastre.
— Eu o amo! Amo Christopher  de uma forma inteiramente diferente da maneira como amo Alfonso.
— Se estivesse numa situação em que pudesse salvar um deles, mas não os dois, qual salvaria?
Empalideceu, o olhar no rosto de Anahi.
— Pense sobre isso — a voz de Anahi era gentil. — É isso que Christopher quer. Em seus votos matrimoniais, prometeu esquecer todos os outros.
— Está me dizendo que tenho de abandonar Alfonso, cortá-lo da minha vida.
— Não completamente; apenas mude a quantidade de tempo que devota a ele.
— Não devia jantar aqui todas as noites, devia?
— Tenho certeza de que Christopher se pergunta qual a casa você considera seu lar.
Era uma lutadora, absorveu as palavras de ASnahi e, por um momento, pareceu amedrontada. Então enrijeceu os ombros e ergueu o queixo.
— Você tem razão — havia decisão em sua voz. — É um amor! — E assustou Anahi quando a abraçou com força. — O pobre Christopher nem saberá o que o atingiu. Vou positivamente afogá-lo de amor! Pode ser a madrinha do bebê — acrescentou com uma piscadinha maliciosa.
— Vou lembrar disso — respondeuAnahi , mas depois que Dulce saiu se perguntou se ela se lembraria. Quando o bebê nascesse, já teria partido havia muito tempo.