Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy

No dia seguinte, sem mencionar o assunto para ninguém, Anahi começou a fazer os arranjos para pegar um novo caso. Daria algum tempo para se recuperar da dor de perder Alfonso , tempo para se acostumar a acordar sem saber que estava no quarto ao lado. Começaria no final de janeiro, pensou. Ele voltaria ao trabalho depois do dia primeiro de janeiro e provavelmente já teria partido naquela época.
Agora que o sucesso estava praticamente conquistado, Alfonso se esforçou ainda mais. Anahi desistira de tentar controlar sua energia. Observava-o dar o máximo de si nas barras, suando, praguejando sem parar como um antídoto contra a dor e o cansaço e, quando ficava exausto e incapaz de continuar, massageava seu corpo exaurido, colocava-o na banheira de hidromassagem, então fazia outra massagem. Observava sua dieta com olho de águia, sabendo que precisava de nutrição extra no momento. Quando as câimbras enodoavam suas pernas no meio da noite, massageava-as. Não havia como impedir o ritmo severo que se impunha.
Era hora de deixar para trás a cadeira de rodas. Levou-lhe um andador, uma gaiola com quatro pernas que fornecia o equilíbrio e a estabilidade de que precisava e o prazer de caminhar com sua própria força era tão grande que suportava com alegria o passo lento, a tensão.
Não mencionou a ausência de Dulce da mesa de jantar, embora Alberta tivesse imediatamente ajustado o cardápio e a quantidade de comida que cozinhava. Os jantares completos quase cessaram; em vez disso, começou a preparar jantares pequenos e leves e freqüentemente Anahi encontrava a mesa posta com velas e vinho. A atmosfera íntima era outro prego que lhe crucificava o coração, mas, do mesmo modo como Alfonso dava as boas-vindas à dor da terapia, dava as boas-vindas à dor da companhia dele. Isto era tudo o que tinha e os dias passavam tão depressa que se sentia como se estivesse se agarrando a sombras.
No dia de Ação de Graças, seguindo as instruções de Alfonso, dirigiu o carro que os levou para jantar na casa de Dulce. Sem contar o dia em que fora transferido do hospital para casa, aquela era a primeira vez que saía desde o acidente, e ficou sentado no carro, tenso como uma pedra, o corpo todo tenso enquanto seus sentidos lutavam para capturar tudo. Em dois anos, Scottsdale havia mudado, carros estavam diferentes, as roupas eram outras. Perguntou em silêncio se o céu do deserto parecia mais azul para ele, mais brilhante.

— Pare com isto! — Tentou, inutilmente, afastar-lhe a mão. — Está me deixando nervosa! E nem dirijo tão bem!
— Então ponha as duas mãos no volante — aconselhou, rindo. — Estou no mesmo carro, lembra? Não vou fazer nada que provoque uma batida.

— Quando poderei dirigir? — Perguntou Alfonso de repente.
— Quando seus reflexos estiverem bons, o que virá logo — prometeu, distraída.
Raramente dirigia e precisava se concentrar no que estava fazendo. Deu um pulo quando a mão dele descansou em seu joelho, então escorregou para baixo da saia que usava para lhe acariciar a coxa.
— Semana que vem começaremos a praticar — disse. — Iremos ao deserto, para longe do tráfego.
— Sim, está bem — a voz dela estava tensa com a aquela mão quente em sua coxa. Tocava-a constantemente, dando beijos e tapinhas, mas de alguma forma sua mão parecia muito mais íntima quando usava saia.
Olhou-a e sorriu.
— Gosto deste vestido.
Ela lhe lançou um olhar atormentado. Gostava de todos os vestidos que usava, evidentemente. Era um homem que gostava de pernas. Arrastou-se no banco para mais perto dela e debruçou a cabeça para sentir o perfume que usara em homenagem à ocasião, o hálito quente acariciando seu pescoço pouco antes de ele pressionar os lábios na pele macia. Ao mesmo tempo, a mão subiu mais um pouco e Anahi quase perdeu o controle do carro.

— Pare com isto! — Tentou, inutilmente, afastar-lhe a mão. — Está me deixando nervosa! E nem dirijo tão bem!
— Então ponha as duas mãos no volante — aconselhou, rindo. — Estou no mesmo carro, lembra? Não vou fazer nada que provoque uma batida.