Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy
Lágrimas quentes queimaram suas pálpebras então escorregaram pelo rosto de Anahi. Aquilo não era a agonia que esperara, mas seu corpo ficara intocado por dez anos e a dor e o choque da penetração foram muito reais. Para seu espanto, seu corpo não tentou se afastar dele; ainda continuava deitada, suave e disposta debaixo dele. Começou a chorar com mais intensidade, não de dor, que já estava desaparecendo, mas porque, de repente, compreendera que dera tanto quanto estava tomando. Devolvera sua feminilidade. Os anos haviam realizado o milagre da cura, afinal; fora preciso que a fizesse entender, que a fizesse amá-lo para superar o passado.
Ergueu a cabeça, que até então estava afundada em seu pescoço, viu as lágrimas e ficou pálido.
— Não — sussurrou. — Anny, o que fiz? Vou parar...
Inexplicavelmente, as lágrimas se misturaram ao riso e o segurou com força, impedindo-o de se afastar.
— Não pare! — Havia urna alegria enorme em sua voz, as palavras presas na garganta. — Não sabia... não tinha idéia! Não, não pare, não pare nunca... Recolheu as palavras em sua boca, beijando-a profundamente, o alívio o deixando embriagado.
— Vou ter de terminar — ofegou, começando a se mover nela — foram dois anos, querida, não posso esperar...
— Então não espere — a voz era suave, os olhos brilhavam — isto é para você.
Beijou-a de novo, ainda mais profundamente do que antes.
— A próxima será para você — prometeu, e então se deixou mergulhar no abismo, totalmente fora de controle.
Abraçou-o, aceitou seu corpo e movimentos desesperados, quase violentos, aninhou-o, acalmou e, num momento, a tempestade passou e se deixou cair, exausto sobre ela.
Podia sentir a batida forte do coração de Alfonso no silêncio do quarto, o calor de seu hálito no ombro, o suor que escorregava do corpo e molhava o peito. Ela acariciou seus cabelos escuros, ajustou a cabeça mais confortavelmente em seu ombro.
Murmurou alguma coisa e uma das mãos subiu e cobriu seu seio. Esperou, deitada lá pressionada contra o colchão, pelo peso dele, enquanto seu corpo relaxava e ele se deixava mergulhar lentamente, facilmente no sono. Ela olhou a luz ainda acesa; apagá-la não ocorrera a nenhum dos dois.
A exaustão deixava o corpo de Anahi pesado, mas não conseguia dormir. Aquela noite tinha sido um momento de grande transformação para ela, mas não sabia a direção, a tomar. Ou teria sido mesmo uma grande transformação? Alfonso lhe ensinara que não precisava mais temer o toque de um homem, mas que diferença fazia? Se não fosse Alfonso , então não o queria. Tinha sido o amor que sentia por ele que a tornara capaz de se libertar da prisão do medo e, sem aquele amor, simplesmente não estava interessada.
Nem percebeu, de repente, que aquilo poderia acontecer de novo. Não podia deixar que acontecesse. Era uma terapeuta e Alfonso era seu paciente. Violara seu código profissional, esquecera completamente as regras e padrões que estabelecera. Este era o pior erro que já cometera em sua vida profissional e se sentiu doente de remorso.
O que quer que acontecesse, precisava se lembrar de que logo partiria, que era apenas uma parte temporária da vida dele. Seria estupidez prejudicar a carreira por alguma coisa que, sabia, era apenas um momento fora do tempo. Devia ter percebido esta aproximação, pensou, cansada. É claro que tinha se sentido atraído por ela; era a única mulher disponível. Mas estivera tão mergulhada na própria infelicidade e atração por que não percebera que as ações dele não tinham a intenção apenas de provocá-la.
Ergueu-o gentilmente de lado e estava dormindo tão profundamente que nem moveu as pálpebras. Com movimentos lentos e cuidadosos, sentou-se e estendeu a mão para a camisola descartada e a vestiu antes de se levantar. E então se encolheu com a dor pouco familiar em seu corpo, mas se forçou a andar silenciosamente até a porta, apagar a luz e sair.
Em seu quarto, olhou a cama, mas percebeu que seria perda de tempo voltar para ela. Não seria capaz de dormir. Sensações demais, lembranças demais lhe tomavam corpo e mente. Seu relógio de cabeceira mostrou que passava um pouco das três horas da madrugada; poderia muito bem ficar em pé pelo resto da noite. Sentia-se estranhamente vazia, o remorso cancelando o prazer doce e amargo que encontrara no abraço dele, deixando-a sem nada. Por um curto espaço de tempo, nos braços dele, sentira-se intensamente viva, como se todos os seus grilhões tivessem desaparecido. A realidade era um pouco menos do que isso. Realidade era saber que aquela noite não significara nada para ele além da satisfação do corpo faminto por sexo. Soubera disto e mesmo assim não tivera o bom senso de evitar; não, recebera o soco diretamente no queixo.
Mas erros eram alguma coisa com a qual aprender, melhores mestres do que qualquer coisa. Levantara antes e continuara e podia fazer isso de novo. O truque era lembrar que havia um fim para tudo e o término de seu tempo com Alfonso estava se aproximando com a velocidade de um jato.
Encolheu-se internamente ao pensar nisso e, em sua agitação, caminhou para a galeria. O ar do deserto era frio e estremeceu quando tocou sua pele quente, mas deu as boas-vindas ao choque. A noite fora uma montanha-russa emocional, uma viagem que deixara-a atônita, perplexa. Fora do medo para a aceitação, então para a alegria, seguida de remorso e de novo para a aceitação, e agora estava com medo de novo, de que não fosse capaz de juntar as peças, de que a vida depois de Alfonso fosse tão vazia, tão oca que seria inútil. Medo, até, da possibilidade de que o temor destruísse suas defesas mais fortes.
O súbito raio de luz que atravessou a galeria fez seu coração pular para a garganta e voltou a cabeça para o lado esquerdo, para observar as portas corrediças de vidro do quarto de Alfonso , de onde vinha a luz. O que o teria acordado? Quando as portas de vidro permaneceram fechadas, virou-se de novo para a escuridão do jardim. Esperava que não. estivesse procurando por ela; achava que não poderia enfrentá-lo naquele momento.
Talvez pela manhã, quando estivesse vestida em seu familiar uniforme, de terapeuta de short e camiseta e estivessem envolvidos na rotina dos exercícios. Talvez então já tivesse recuperado o controle e pudesse agir como se nada incomum tivesse acontecido. Mas agora se sentia crua e sangrando, cada nervo exposto. Cansada, encostou a cabeça na grade, sem nem mesmo sentir o quanto estava gelada
Prévia do próximo capítulo
Um som de motor lhe chegou aos ouvidos e franziu a testa. Vinha do seu quarto... então parou bem atrás dela e soube. Alfonso usara a cadeira de rodas porque podia se mover mais depressa do que no caminhador. Todo o seu corpo ficou tenso enquanto o ouvia sair da cadeira e lutar para se equilibrar, mas não ousou olhar para trás. Manteve a testa pres ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 124
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franmarmentini Postado em 23/12/2014 - 12:50:39
Ameiiiiiiiiiiii a fic* fiquei mega felizzzzz
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_thainaoliveiraaya Postado em 21/12/2014 - 02:19:42
Nos vemos na próxima ! Gostei muito dessa fic, apesar de as vezes ficar meia confusa amei !
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dani_la Postado em 21/12/2014 - 02:02:10
Acabooou :( poxa. Pensei que seria grandona, mas quando menos espero acaba. Super amei essa fic, cada capítulo me encantou, fiz uma super amizade. Amei, amei, parabéns my sister. Bjss!
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vondy4everponny Postado em 20/12/2014 - 23:16:12
Awn nem creio que essa fic acabou :s Ela foi uma das melhores, com certeza! Amei amei e amei de novo, cada capitulo, cada briga de AyA, dramas vondy, tuuuuuudo. Parabéns maninha. Love u <3
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blueorangee Postado em 20/12/2014 - 21:45:13
Adorei cada episódio, nem deveria acabaaar! Vou sentir saudades, bjinhos
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elis_maria Postado em 20/12/2014 - 21:05:41
Ameii! Vou sentir saudades...
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milaaya16 Postado em 20/12/2014 - 19:15:51
Ultimo capitulo ja ? Vou sentir saudades da web :`( que perfeito eles juntos *_* adorei o final
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franmarmentini Postado em 19/12/2014 - 16:40:14
AVISO************ AMORES!!!! QUERO DEIXAR UM RECADINHO...VOU VIAJAR DE FÉRIAS AMANHÃ DE MADRUGADA :) E SÓ VOLTO LÁ PELO DIA 05/01/2015 E NÃO SEI SE VOU CONSEGUIR LER AS FIC*S ENTÃO SE EU NÃO COMENTAR É PQ AINDA NÃO LI...MAS NÃO VOU DE FORMA ALGUMA ABANDONAR NENHUMA....MAS SE TIVER INTERNET E EU PUDER LER VOU LER MUITOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO KKKKKKKKKKKKKKKKKKK ENTÃO ME DESCULPEM FICAR ESSES DIAS SEM PODER COMENTAR BJUS A TODAS....FELIZ NATAL E UM MARAVILHOSO ANO NOVO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! PS...vou estar de niver dia 24/12 FELIZ NIVER PRA MIM KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK VOU FAZER 29 ANOS MAS CONTINUO AMANDO MUITOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO MEU TRAUMA FOREVER!!!!!!!!!!!!! AYA ;) BJUSSSSSSS
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franmarmentini Postado em 14/12/2014 - 20:37:01
Poxaaaaaa q pena q vc não ta conseguindooo postar :(
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blueorangee Postado em 09/12/2014 - 16:27:22
Gente, isso não pode, como assim? Poncho ta demorando pra correr atrás dela