Fanfics Brasil - capitulo 59 Desperte comigo (adaptada) aya finalizada

Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy


Capítulo: capitulo 59

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A cabeça de Alfonso foi jogada para trás e cerrou os dentes num rosnado primitivo, os músculos do pescoço enrijecidos como cordas com o ódio que percorreu seu corpo. Tremia com a necessidade de explodir fisicamente de fúria, mas um gemido desesperado da mulher em seus braços o fez compreender que precisava se controlar, precisava acalmá-la. Abraçou-a e acariciou, passando as mãos por seu corpo e sentindo o tônus maravilhoso de seus músculos mesmo através do tecido da camisola. Seus lábios percorreram os cabelos dela, moveram-se para encontrar a suavidade das pálpebras, o cetim da pele sobre os malares exóticos, o intoxicante calor da boca macia e generosa. Sussurrou palavras desconexas de carinho e elogios, garantiu, com frases soltas, que era adorável, o quanto a queria. Prometeu com palavras e o corpo que jamais a magoaria, lembrando-a de novo e de movo da hora tão recente em que confiara nele e o deixara fazer amor. A lembrança daquela união queimava sua pele, mas a necessidade podia esperar. A necessidade dela vinha em primeiro lugar, a necessidade de uma mulher que conhecera dor demais.
Gradualmente se acalmou; gradualmente estendeu a mão para ele e, em lentas etapas, circulou o seu corpo com os braços, as mãos repousando nas costas musculosas. Estava cansada, tão esgotada pela tensão emocional da noite que ficou largada contra ele, mas precisava saber, então pediu de novo.
— Conte-me tudo.
— Alfonso, não — gemeu, virando a cabeça fracamente. — Não posso...
— Pode, precisa. Foi por isso que se divorciou? Seu marido não conseguiu lidar com o que aconteceu? — As perguntas caíram sobre ela como pedras, ferindo-a, e se encolheu nos braços dele. Segurou o seu queixo e virou o rosto para ele, para que pudesse ver as nuances de sua expressão. — Que tipo de bastardo era, para dar as costas quando você mais precisava dele? Achou que foi sua culpa?
Uma risada alta escapou e a interrompeu abruptamente, colocando à mão sobre a boca, com medo da histeria que surgia nela.
— Ele... oh, isto é engraçado! Não teve problema nenhum em lidar com o que me aconteceu! Foi ele quem fez, foi meu marido que me estuprou!
Ficou paralisado, atônito com suas palavras e com a maneira como Anahi começou a rir, uma risada arquejante que interrompeu de novo, visivelmente tentando recuperar o controle. Conseguiu, mas precisou de toda a força interna que possuía e então, deitada nos braços dele, sentiu toda a emoção drená-la, deixando-a pesada, exaurida...
— Conte-me — insistiu, a voz tão rouca que não a reconheceu.
O batimento cardíaco de Anahi mudara de um ritmo frenético para um compasso lento e imaginou, distante, porque aquilo acontecera; mas que importância tinha? Que importância tinha qualquer coisa? Já tivera tudo o que podia suportar aquela noite...
— Anahi— insistiu.
— Não sei por que me casei com ele — a voz não tinha qualquer emoção. — Acho que nunca o amei. Mas era bonito e tinha dinheiro, uma coisa que jamais tive. Enfeitiçou-me com seu dinheiro. Comprava coisas para mim, levava-me a lugares, me dizia o quanto me amava. Acho que foi isso, disse que me amava. Ninguém me amara antes, compreende. Mas ainda me mantinha distante dele e Rodrigo não suportou isso. Acho que ninguém nunca dissera não a ele antes. Então se casou comigo.
Esperou um momento para ela continuar e, quando ficou calada, sacudiu-a de leve.
— Continue.
As pálpebras se ergueram lentamente. Fitou-o com olhos meio velados, os poços dourados e misteriosos escureceram para um âmbar sob a sombra dos cílios.
— Na nossa noite de núpcias, machucou-me — disse simplesmente — foi rude... e comecei a lutar contra ele. Mesmo então, já era forte e consegui afastá-lo de mim. Enlouqueceu... e me forçou a fazer sexo e não foi nem um pouco gentil. Era minha primeira vez e pensei que ia morrer. Soube então que o casamento tinha sido um erro horrível, que queria terminar, mas não me deixava partir. Todas as noites lutava com ele de novo e me forçava. Dizia que me ensinaria a ser uma mulher, mesmo se tivesse de quebrar cada osso do meu corpo. Não conseguia deixar de lutar. Não conseguia apenas ficar deitada lá e deixá-lo fazer o que quisesse. Sabia que tinha de lutar ou alguma coisa dentro de mim morreria. Então lutava e quanto mais lutava mais bruto se tornava. Até que começou... a me bater.
Alfonso praguejou com violência e ela pulou, erguendo um braço para cobrir o rosto. Estava tão mergulhada nas lembranças amargas que reagia como reagira então, se defendendo. Viu o gesto e se censurou amargamente, gemeu e a abraçou, acalmando-a até ela baixar o braço.
— Desculpe, querida, não tive a intenção de assustá-la. Quando começou a bater em você, por que não o denunciou à polícia?
— Não sabia que não podia me bater — a voz estava cansada — era tão idiota, li muito sobre isso mais tarde, mas, na ocasião, achava que tinha o direito legal de fazer o que quisesse comigo, menos me matar. Ficou cada vez pior; quase parou de querer sexo. Queria apenas me bater. Algumas vezes me estuprava, tão brutalmente como podia, mas na maioria das vezes apenas me batia.
— E ficou com ele por três meses? Não foi esse período que seu casamento durou, como me contou?
— Nem mesmo esse tempo todo. Que fiquei com ele, quero dizer. Não posso me lembrar... empurrou-me da escada uma noite e acabei no hospital com um braço quebrado e uma concussão. Fiquei lá por diversos dias e uma enfermeira deduziu que não havia simplesmente tropeçado e caído. Conversou comigo e um conselheiro conversou também. Não voltei para Scott. Quando tive alta do hospital, a enfermeira me deixou ficar na casa dela.
Estava mais calma agora, as lembranças menos dolorosas, mais fáceis de suportar. Com a voz normal, continuou:
— A família dele ficou horrorizada com o que acontecera, eram boas pessoas e, quando pedi o divórcio, obrigaram-no a aceitar. Deram-me muito apoio, pagaram o meu treinamento como terapeuta, mantiveram Rodrigo longe de mim e até o obrigaram a fazer tratamento psiquiátrico. Deve ter funcionado, casou de novo e parece muito feliz. Tem duas filhas.


— Manteve contato com ele? — Perguntou Alfonso, incrédulo.
— Oh, não! — Negou, balançando a cabeça. — Mas, enquanto sua mãe viveu, sempre cuidou de mim como um anjo da guarda. Jamais superou o que aconteceu comigo, como se fosse sua culpa por Rodrigo ser filho dela. Contou-me quando ele se casou de novo e quando suas netas nasceram. Morreu dois anos atrás.
— Então ele viveu feliz para sempre e você tem arrastado uma bola de ferro numa corrente por todos esses anos — disse, irritado. — Com medo de deixar que alguém a tocasse, mantendo as pessoas a uma distância segura... apenas meio viva!
— Não fui infeliz — disse, cansada, as pálpebras pesadas



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Estava tão cansada... sabia tudo agora e ela se sentiu vazia, como se todo o terror que a preenchera por tanto tempo houvesse se desmanchado, deixando-a inerte e perdida. O calor do corpo de Alfonso era tão confortador no quarto frio; a batida firme do coração no peito forte a acalmava tanto. Podia sentir a rigidez de aço nos braços ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 124



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  • franmarmentini Postado em 23/12/2014 - 12:50:39

    Ameiiiiiiiiiiii a fic* fiquei mega felizzzzz

  • _thainaoliveiraaya Postado em 21/12/2014 - 02:19:42

    Nos vemos na próxima ! Gostei muito dessa fic, apesar de as vezes ficar meia confusa amei !

  • dani_la Postado em 21/12/2014 - 02:02:10

    Acabooou :( poxa. Pensei que seria grandona, mas quando menos espero acaba. Super amei essa fic, cada capítulo me encantou, fiz uma super amizade. Amei, amei, parabéns my sister. Bjss!

  • vondy4everponny Postado em 20/12/2014 - 23:16:12

    Awn nem creio que essa fic acabou :s Ela foi uma das melhores, com certeza! Amei amei e amei de novo, cada capitulo, cada briga de AyA, dramas vondy, tuuuuuudo. Parabéns maninha. Love u <3

  • blueorangee Postado em 20/12/2014 - 21:45:13

    Adorei cada episódio, nem deveria acabaaar! Vou sentir saudades, bjinhos

  • elis_maria Postado em 20/12/2014 - 21:05:41

    Ameii! Vou sentir saudades...

  • milaaya16 Postado em 20/12/2014 - 19:15:51

    Ultimo capitulo ja ? Vou sentir saudades da web :`( que perfeito eles juntos *_* adorei o final

  • franmarmentini Postado em 19/12/2014 - 16:40:14

    AVISO************ AMORES!!!! QUERO DEIXAR UM RECADINHO...VOU VIAJAR DE FÉRIAS AMANHÃ DE MADRUGADA :) E SÓ VOLTO LÁ PELO DIA 05/01/2015 E NÃO SEI SE VOU CONSEGUIR LER AS FIC*S ENTÃO SE EU NÃO COMENTAR É PQ AINDA NÃO LI...MAS NÃO VOU DE FORMA ALGUMA ABANDONAR NENHUMA....MAS SE TIVER INTERNET E EU PUDER LER VOU LER MUITOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO KKKKKKKKKKKKKKKKKKK ENTÃO ME DESCULPEM FICAR ESSES DIAS SEM PODER COMENTAR BJUS A TODAS....FELIZ NATAL E UM MARAVILHOSO ANO NOVO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! PS...vou estar de niver dia 24/12 FELIZ NIVER PRA MIM KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK VOU FAZER 29 ANOS MAS CONTINUO AMANDO MUITOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO MEU TRAUMA FOREVER!!!!!!!!!!!!! AYA ;) BJUSSSSSSS

  • franmarmentini Postado em 14/12/2014 - 20:37:01

    Poxaaaaaa q pena q vc não ta conseguindooo postar :(

  • blueorangee Postado em 09/12/2014 - 16:27:22

    Gente, isso não pode, como assim? Poncho ta demorando pra correr atrás dela


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