Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy

Alberta saiu na mesma hora com uma tigela de sopa fervendo que colocou diante de Anahi.

— Coma isto agora mesmo — ordenou com sua voz rouca, que não aceitava argumentos tolos.

Começou a tomar a sopa lentamente, sem confiar muito no estômago embrulhado. Mas, enquanto comia, começou a se sentir melhor e seu estômago se acalmar; quando terminou de tomá-la, o tremor do corpo estava diminuindo e não se sentia mais tão tonta. Ergueu o olhar e viu Alfonso sentado diante dela, silenciosamente observando-a comer. Uma onda de cor esquentou seu rosto e deixou cair a colher, constrangida por ter come­çado antes dele.

— Senhora — disse, a voz calma — dá à palavra teimo­sa um novo e maior significado.

Baixou os olhos e não respondeu, sem saber se ele se referia à fome que sentira ou a outra coisa; temia que fosse outra coisae não se julgava capaz de conversar cal­mamente sobre o que acontecera entre os dois.

Fez um esforço para estabelecer uma trégua sem, no entanto, baixar sua guarda um centímetro. Não conse­guia rir com ele; seus nervos estavam tensos demais, as emoções tumultuadas demais. Mas sorriu, conversou e conseguiu evitar olhar nos olhos dele. Desta forma, pas­sou com segurança, pela noite até chegar a hora de ir para a cama e pediu licença.

Já estava na cama, olhando o teto, quando o ouviu chamar. Era como uma repetição da noite anterior e congelou, um suor leve cobrindo o seu corpo. Não po­dia entrar lá, não depois do que acontecera na noite anterior. Não podia estar com câimbras na perna por­que o ouvira subir cinco minutos antes. Nem mesmo se deitara.

Ficou deitada lá, pensando severamente que não iria, então o ouviu chamar de novo e anos de treinamento se ergueram para exigir que cumprisse seu dever. Era seu paciente e a chamava. Podia apenas ver o que era e sair de novo se não houvesse nada de errado.

Relutante, levantou-se da cama, desta vez vestindo o roupão e o amarrando com força na cintura. Nada mais de ir a quarto dele usando apenas camisola; a lembrança das mãos dele em seus seios acelerou o ritmo da respiração e uma dor estranha começou na carne que ele havia tocado.

Quando abriu a porta do quarto dele, surpreendeu-se ao ver que já estava deitado.

— O que você quer? — Perguntou friamente sem abandonar sua posição ao lado da porta.

Suspirou e se sentou, arrumando os travesseiros nas costas.

— Precisamos conversar. Ela congelou.

— Se gosta tanto de conversar, devia participar de uma equipe de debates — retorquiu.

— Fiz amor com você a noite passada — foi direta­mente ao núcleo do problema e observou quando Anahi se encolheu contra a porta. — Sofreu muito nas mãos de seu ex-marido e posso compreender que seja cautelosa, mas a noite passada não foi um desastre total para você. Beijou-me, reagiu a mim. Então, por que está agindo como se a tivesse estuprado?

Suspirou e jogou os longos cabelos para trás. Jamais compreenderia uma coisa que ela mesma não entendia; sabia apenas que, em sua experiência, gostar de alguém levava sempre à dor e à rejeição. Não era tanto a distân­cia física que queria, mas a emocional, antes que tomas­se tudo o que ela tinha e deixasse apenas uma concha, vazia e inútil. Mas havia uma coisa que entenderia e finalmente ela encontrou os seus olhos.

— O que aconteceu a noite passada não acontecerá de novo — a voz era baixa e clara. — Sou uma terapeuta e você é meu paciente. Este é o único relacionamento que posso permitir entre nós.

— Está fechando a porta do estábulo depois que o ca­valo fugiu — disse ele com enlouquecedor divertimento.

— Não de verdade. Tinha dúvidas sobre sua capaci­dade de fazer sexo depois do acidente e isso interferia no seu tratamento. A noite passada removeu aquelas dú­vidas. Esse foi o começo e o fim de qualquer coisa se­xual entre nós.

O rosto dele escureceu.

— Maldição — rosnou, toda a diversão desapareci­da. — Está me dizendo que a noite passada foi apenas sexo terapêutico?

Ela cerrou os lábios à crueza das palavras.

— Exatamente — disse, então saiu do quarto e fechou a porta com firmeza.

Voltou para a cama, sabendo que era inútil pensar em dormir, mas fazendo o esforço de qualquer maneira. Tinha de partir. Simplesmente não podia mais ficar até o começo do ano, não com as coisas tão tensas como estavam agora. Alfonso já estava quase completamente recuperado; o tempo e os exercícios que já conhecia fa­riam o resto. Não precisava mais dela e havia outras pessoas que precisavam.

A porta do quarto se abriu e ele estava lá, sem o andador, movendo-se lenta e cuidadosamente enquanto fechava a porta e cruzava o quarto até ela.

— Se decidir correr, sabe que não conseguirei pegá-la — disse apenas.
Sabia disso, mas, mesmo assim, ficou ali, observando-o. Estava nu, o corpo alto e perfeito desavergonhadamente exposto para seu olhar. Olhou-o e não conseguiu evitar um momento de orgulho à visão dos músculos que se moviam, da graça fluida do corpo. Era lindo e ela o criara, Alfonso ergueu o lençol, deitou-se ao lado dela e imediatamente a envolveu no calor de seu corpo. Ela queria mergulhar em sua carne, mas em vez disso fez mais um esforço para se proteger.
— Isto não pode funcionar — disse, a voz trêmula de dor.
— Já funciona, você apenas ainda não admitiu. — Pôs a mão no quadril dela e a puxou, aninhando-a contra toda a extensão de seu corpo. Ela suspirou, seu hálito suave movendo os pelos macios do peito dele; seu corpo se traiu de contentamento e relaxou.
Ele ergueu o queixo e a beijou, os lábios gentis, a língua mergulhando brevemente em sua boca para sentir o gosto dela, então se afastando.

— Vamos esclarecer uma questão bem agora — murmurou. — Estive mentindo para você, mas achei melhor para não amedrontá-la. Eu a quis desde... inferno, parece que desde a primeira vez em que a vi. Definitivamente desde que atirei meu desjejum em você e riu, a risada mais linda que já ouvi.
Anahi franziu a testa.
— Você me queria? Mas não podia...
— Era sobre isso que estive mentindo — admitiu, beijando-a de novo.

continua...

oi meus amores li todos os comentarios e agradeço de coraçao a todas no proximo capitulo respondo a todas ok?? bjsss