Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy

Afastou-se num movimento abrupto, o rosto escarlate.
— O quê? — Sentiu-se mortificada quando pensou no esforço que fizera para excitá-lo e todo o dinheiro que gastara em roupas sedutoras.
Observou cautelosamente o rosto furioso, mas enfrentou as garras de gata e a puxou de volta aos seus braços.
— Diversos sinais me fizeram acreditar que tinha sido brutalizada — explicou.
— Então decidiu me mostrar o que andei perdendo — explodiu, empurrando o seu peito. — De todas as serpentes traiçoeiras e egoístas do mundo, é a pior de todas!
Riu e gentilmente a dominou, usando a força que ela lhe dera.
— Não tanto. Eu a queria, mas não queria amedrontá-la. Então fingi que não podia fazer amor com você; tudo o que pretendia era que me conhecesse, aprendesse a confiar em mim para que finalmente tivesse uma chance. Então começou a usar aquelas camisetas finas, saias e shorts e pensei que ficaria louco. Quase me matou! — a voz se tornou áspera. — Tocava-me constantemente, deixando-me tão excitado que quase explodia e ainda tinha de esconder minha reação a você. Não se perguntou por que andei trabalhando como um maníaco?
Inspirou, trêmula.
— Foi por isso?
— É claro — tocou o lábio dela com a ponta do dedo. — Também tentei fazê-la se acostumar com meu toque e isso apenas agravou meu problema. Cada vez que a beijava, cada vez que tocava sua perna, enlouquecia mais um pouco.
Ela fechou os olhos e se lembrou de todas as vezes em que a olhava com aquela luz quente e peculiar nos olhos. Uma mulher com um pouco de experiência real saberia imediatamente que Alfonso não era impotente, mas fora a idiota completa e perfeita.
— Deve ter rido muito de mim — disse ela, infeliz.
— Não tinha a menor condição de rir, mesmo se isso fosse motivo para risada. O que não era. O pensamento de que alguém a ferira me deixava tão furioso que queria arrebentar o cara. Quem quer que fosse, era o motivo de ter medo de mim e odiava isso. Faria qualquer coisa para confiar em mim, deixar-me fazer amor com você.
Mordeu o lábio, desejando poder acreditar nele, mas como poderia? Fazia parecer que estava preocupado com ela, mas estava mesmo era preocupado com o próprio apetite sexual. Sabia como era sensível sobre permitir que até mesmo Dulce o visse enquanto estava menos do que perfeito; não iria querer fazer amor com uma mulher que poderia ter pena dele, pena do esforço que fazia para caminhar ou, ainda pior, poderia querê-lo por causa de uma curiosidade mórbida. Era a única mulher segura que conhecia, que já sabia tudo sobre ele e não ficaria nem chocada nem curiosa nem com pena.
— O que está dizendo é que queria sexo e eu estava à mão — havia amargura na voz.
— Pelo amor de Deus, Anny! — Parecia chocado. — Não estou conseguindo convencê-la, estou? É tão difícil para você acreditar que a quero e que não é apenas sexo? Passamos por muita coisa juntos; abraçou-me quando sentia tanta dor que não conseguia suportá-la mais, e a abracei ontem à noite quando estava apavorada, mas confiou em mim e se entregou mesmo assim. Não é apenas um alívio sexual para mim; é a mulher que quero. Quero tudo de você: seu temperamento forte, sua obstinação, até mesmo a hostilidade aberta porque é também uma mulher incrivelmente amorosa.
— Está bem, eu o absolvo — havia cansaço na voz dela. — Não quero falar sobre isso agora; estou exausta e não consigo pensar direito.
Olhou-a e a impaciência brilhou no seu rosto.
— Não há como fazer que veja a razão, não é? Não devia ter perdido tempo conversando com você. Devia apenas ter lhe mostrado, como vou fazer agora.

Anahi se afastou rapidamente, os olhos azuis brilhando.
— Todos os homens usam a força quando uma mulher não está disposta? — a voz saiu entre dentes cerrados. — Estou avisando, vou lutar. Talvez não possa impedi-lo, mas posso feri-lo.
Riu suavemente.
— Sei que pode. — Ergueu-lhe um dos punhos cerrados, levou-o aos lábios e beijou cada nó dos dedos. — Querida, não vou forçá-la. Vou beijá-la e dizer como é adorável e fazer tudo em que puder pensar para lhe dar prazer. A primeira vez foi para mim, lembra, mas a segunda é para você. Acha que não posso mostrar?
— Está tentando me seduzir — acusou. — Mmmm. Está funcionando?
— Não!
— Maldição. Então terei de tentar outra coisa, não é? — Riu de novo e pressionou os lábios quentes no punho dela. — É tão doce, mesmo quando está furiosa comigo.
— Não sou! — Protestou, praticamente insultada pelo elogio. — Não há um só osso doce em meu corpo!
— Tem um cheiro doce — enumerou — e um gosto. E a sensação de seu corpo junto ao meu é um doce tormento. Seu nome devia ser Champanhe em vez de Anahi porque me deixa tão embriagado que mal sei o que estou fazendo.
— Mentiroso.
— O que fazia para me excitar antes de conhecê-la? Lutar com você faz parecer fácil demais escalar montanhas.
A diversão na voz dele era mais do que conseguia suportar; estava tão confusa e transtornada, mas ele parecia pensar que tudo era engraçado. Virou a cabeça para esconder as lágrimas que se formavam em seus olhos.
— Estou contente por achar tudo tão engraçado.
— Conversaremos sobre isso mais tarde — e então a beijou. Ficou deitada, rígida em seus braços, recusando-se a permitir que sua boca se suavizasse, e que o corpo se aninhasse nele. Depois de um momento, ele se afastou.
— Não me quer de jeito nenhum? — sussurrou, mergulhando o rosto em seus cabelos. — Eu a magoei a noite passada? É isso que está errado?
— Não sei o que está errado! — Exclamou. — Não compreendo o que quero ou o que você quer. Estou fora da minha zona de conforto e não gosto disto!

A frustração que sentia com ela mesma e com ele explodiu e não era nada menos do que a verdade. Sua mente estava tão confusa que nada a agradava, sentia-se violenta, mas sem saber como dar vazão a esta violência. Fora violada, ferida e, embora anos se passassem, só agora a raiva surgia e quebrava o gelo onde trancara as emoções. Queria machucá-lo, bater nele porque era um homem, símbolo de tudo o que havia acontecido a ela, mas sabia que era inocente, pelo menos disso. Mas a dominara na noite anterior, manipulado-a com suas mentiras e verdades, e agora estava tentando dominá-la de novo.