Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy

Furiosa, empurrou-o e o fez rolar e ficar de costas. Antes que pudesse reagir, estava montada nele, o rosto aceso com a força crua de suas emoções.
— Se há alguma sedução a ser feita, eu a farei! — a voz era cheia de fúria. — Maldito, não ouse se mover!
Os olhos verdes se abriram e uma compreensão total cruzou seu rosto.
— Não me moverei — prometeu, rouco.
Com um rosnado sensual, atacou-o, usando a boca, as mãos, o corpo inteiro. A sexualidade de um homem sempre lhe fora negada, mas agora aquele homem se oferecera em sacrifício, aberto e entregue, e o explorou com uma fome voraz. Muito do corpo dele já conhecia, a força dos músculos lisos sob seus dedos; a aspereza dos pelos em seu peito e pernas, o cheiro masculino que fazia suas narinas tremerem. Mas agora descobria o gosto dele enquanto lhe mordiscava as orelhas, o queixo, a boca; pressionou os lábios contra a suavidade de suas têmporas e sentiu o pulso acelerado loucamente ali. Beijou os seus olhos, a base forte do pescoço, a volta do ombro, o lado sensível do cotovelo.
As palmas dele estremeceram quando a língua dela as traçou e gemeu alto quando sugou-lhe os dedos.
— Quieto! — Disse ferozmente, debruçando-se sobre ele. Não queria que nada prejudicasse sua concentração.
Enquanto o descobria, seu corpo se tornava vivo, quente e brilhante, como alguma coisa que estivera muito tempo congelada e começasse a degelar. Moveu-se para cima, lambeu sua clavícula, então desceu a língua pelos cachos de pelos do peito até encontrar os pequenos mamilos escondidos lá. Estavam rijos, duros como pequenos diamantes e, quando os mordeu, tremeu, enlouquecido.
A barriga lisa, coberta com músculos que agora se mexiam sob seu toque, atraíram a boca saqueadora. A língua traçou a flecha de pelos, fez uma brincadeira molhada num ataque ao umbigo, então desceu. Seus cabelos sedosos o cobriram enquanto beijava suas pernas, da coxa aos pés, mordia a parte interna dos joelhos, fazia a língua dançar sobre a sola dos pés e então recomeçou o caminho para cima.
Todos os músculos dele tremiam, seu corpo tão rijo que apenas os calcanhares e os ombros tocavam a cama. Segurava-se, os músculos dos braços inchados em êxtase atormentado.
— Por favor... por favor — implorou, rouco. — Toque-me! Maldição, não posso mais suportar!
— Sim, você pode! — Insistiu, ofegante. Tocou-o, a mão descobrindo-o, acariciando-o e alguma coisa como um urro escapou da sua garganta.
E, de repente, soube. Para tal força vital, para tal poder terno, havia apenas um lugar de descanso e este seria a misteriosa profundidade de sua feminilidade. Macho e fêmea haviam sido criados para se unir, as duas metades de um todo. Sentiu-se sem fôlego, atônita, como se o mundo tivesse se mexido de repente e nada era como antes. O corpo dele era um arco, tenso e dolorido.
— Possua-me... tome... — a voz era rascante e ele pedia e exigia. Anahi sorriu, um sorriso radiante, misterioso que quase o cegou com a alegria que havia nele.
— Sim — disse e, com dolorosa ternura, se moveu sobre ele.
Recebeu-o facilmente, amorosamente. Ele gritou, mas continuou imóvel, deixando que se movesse como quisesse. Fitou-o, os olhos azuis encontraram os verdes e se comunicaram sem. palavras. Anahi sentia como era certo se unir, como as ondas de prazer tomavam seu corpo e ficou impressionada. Todas as barreiras tinham sumido agora, os temores e os pesadelos que a impediram de usufruir da magia de se entregar ao homem que amava não existiam mais. Era sensual por natureza, mas os acontecimentos de seu passado a ensinaram a negar aquela parte de si. Nunca mais. Doce Jesus, nunca mais. Libertara-a, não apenas permitindo que fosse ela mesma, mas exultando na mulher que era. Era evidente na expressão perdida, extasiada do rosto dele, na ondulação do corpo.
Deleitava-se com ele. Adorava-o, usava-o, mergulhava profundamente no turbilhão dos sentidos e deu as boas-vindas ao afogamento. Queimava com o calor do próprio corpo enquanto o prazer se intensificava e se tornava insuportável, mas ainda assim não conseguia parar. Os gemidos e gritos ofegantes que raspavam a garganta de Alfonso , enquanto lutava pelo controle, eram igualados pelos sons de prazer de Anahi, até que se transformou num incêndio incontrolável e foi consumida por ele. Ouviu um grito sem palavras no ar noturno e não o reconheceu como dela, ou percebeu que foi acompanhado por um grito mais profundo quando finalmente se libertou da doce tortura. Mergulhou profundamente e se deixou cair sobre ele. Os braços de Alfonso se ergueram e a abraçaram, mantendo-a segura no lugar a que pertencia.
— Você me arrebentou, senhora.
— E depois juntei de novo.
— Falo do que fez comigo.
— Não gostou?
— Adorei. — Uma risada profunda lhe escapou. — Como se tivesse de perguntar. — Então ficou sério e tirou os cabelos do rosto para poder ver-lhe os olhos. — Foi bom para você?
Sorriu e mergulhou a cabeça no peito dele.
— Como se tivesse de perguntar.
— Nenhum momento ruim?
— Nenhum — então bocejou.
— Ora, vai dormir em cima de mim? — Era uma falsa indignação e as mãos eram gentis enquanto a acariciavam. — Está cansada, não? Então durma, querida, eu a abraçarei. Só não se mova, quero ficar dentro de você a noite inteira.
Teria ruborizado, mas estava cansada demais, saciada demais e era uma cama maravilhosa. Sentia-se sem ossos, deitada sobre ele, protegida. E então adormeceu ouvindo a batida firme do seu coração.
Acordou-a ao amanhecer com seus movimentos lentos e ternos. O quarto estava frio, mas se sentiam quentes, aquecidos pela excitação que começava a se construir dentro deles. Não havia urgência, nenhuma necessidade de pressa. Alfonso falou com ela, provocou-a, contou piadas que a fizeram rir e, de alguma forma, a risada aumentou seu calor interno. Conhecia o corpo dela tão bem quanto conhecia o dele, sabia como tocá-la e fazê-la se contorcer de prazer, sabia como levá-la gradualmente à satisfação.
A confiança dela era uma coisa tangível entre ambos, evidente nos olhos azuis claros e brilhantes enquanto lhe permitia fazer com ela o que quisesse. Mesmo quando a deitou de costas e a prendeu com seu peso, nenhuma sombra do medo antigo lhe diminuiu a alegria. Conquistara sua confiança na noite anterior quando lhe oferecera o próprio corpo para o seu prazer. Como poderia negar-lhe o seu prazer?

Houve prazer para Anahi também, um prazer profundo e brilhante que tirou seu fôlego. Foi tão intenso que quase gritou seu amor por ele, mas cerrou os dentes e se impediu de dizer as palavras. O tempo com ele era dourado mas passageiro e não havia necessidade de sobrecarregá-lo com uma emoção que ele não podia retribuir.
— Gostaria de ficar na cama com você o dia todo — sussurrou contra a pele sedosa — mas Alberta subirá aqui em breve se não descermos. Ela estava preocupada com você ontem, quase tanto quanto eu.