Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy

Ela mergulhou as mãos nos cabelos escuros dele.
— Por que estava preocupado? Sabia o motivo de eu estar aborrecida.
— Porque nunca tive a intenção de aborrecê-la. Não queria fazê-la se lembrar de nada que a magoasse, mas foi o que fiz. Estava tão fria e pálida.
Beijou-lhe a curva atraente do seio e sorriu diante da reação evidente no movimento da carne sob a pele.
Tomaram um banho de chuveiro juntos; então ele se deitou na cama e escolheu o que queria que ela vestisse, o short sedutor que usara antes, e seus olhos brilharam enquanto a observava. Precisava voltar a seu quarto para se vestir, já que fora ao quarto dela completamente nu, e completamente nu andou pelo corredor, movendo-se com lentidão, mas com crescente confiança e graça. Lágrimas de orgulho fizeram arder os olhos de Dione enquanto o observava.

— Está um dia lindo — disse Alberta com uma estranha expressão presunçosa enquanto servia o desjejum, e era tão incomum que ela dissesse qualquer coisa sem um objetivo claro que Anahi a olhou, desconfiada, mas não conseguiu ler nada no rosto inexpressivo da criada.
— Lindo — repetiu Alfonso , sério, e lançou a Anahi um sorriso lento que fez o sangue dela esquentar.
Trabalharam sem pressa e por pouco tempo, parecia mais interessado em olhá-la do que em levantar peso ou andar na esteira rolante. Estava relaxado e havia um brilho dourado de satisfação nele. Em vez de tentar fazê-lo diminuir o ritmo, Anahi zangou-se com ele por fazer tão pouco.
— Vou precisar diminuir a quantidade de alimento se não trabalhar mais do que isto.
— O que ordenar — murmurou, os olhos nas pernas dela — é a chefe.
Riu e desistiu. Se ele não queria fazer os exercícios, podia muito bem caminhar. O clima estava mais quente do que antes, assim passearam pelos jardins e o único apoio que Alfonso usou foi o braço em torno da cintura dela. Percebeu que mancava menos; mesmo a perna esquerda se movia sem se arrastar tanto como antes.
— Estive pensando — anunciou quando voltaram para dentro de casa. — Não há necessidade de esperar até o primeiro dia do ano para voltar ao trabalho. Vou retornar na segunda-feira; assim terei tempo de me acostumar com o que está acontecendo na empresa antes que Christopher saia de férias. — Anahi parou e olhou-o, o rosto empalidecendo. Ele viu a expressão e entendeu errado; riu e a puxou contra o corpo. — Não vou me prejudicar — garantiu — trabalharei apenas pela manhã. Metade do dia, eu juro. Então voltarei para casa e me colocarei em suas mãos de novo e poderá trabalhar em mim até eu desmaiar, se é isso que quer.
Ela mordeu o lábio.
— Se é capaz de voltar ao trabalho, então não há necessidade de eu continuar aqui — a voz era calma.
Ele franziu a testa, a mão apertando a dela.
— Há toda a necessidade do mundo. Nem mesmo pense em me deixar, doçura, porque não a deixarei partir. É parte de mim. Já passamos por isto uma vez e está tudo decidido. Vai ficar aqui.
— Nada está decidido — negou Anahi. — Tenho de trabalhar para me sustentar...
— Está bem, trabalhe se quiser — interrompeu — mas não precisa, posso sustentá-la.
Ela se afastou abruptamente, um rubor de indignação lhe cobrindo o rosto.
— Não sou uma garota de programa, nem um cachorrinho de estimação.
Alfonso colocou as mãos nos quadris.
— Concordo, mas não estou falando de nada disso — a raiva era evidente na voz. — Falo de casamento, amor, daquele negócio de até que a morte nos separe.
Não teria ficado mais assustada se ele tivesse ficado verde e o olhou.
— Não pode estar falando sério.
— Por que não posso falar sério? — Exigiu, a raiva crescendo. — Este é um modo infernal de responder ao único pedido de casamento que já fiz.
Não conseguiu evitar; riu da raiva no tom de voz dele, embora soubesse muito bem que logo a esqueceria. Ainda estava envolvido demais no relacionamento intenso e solitário entre paciente e terapeuta, com a complicação adicional de seu envolvimento físico. Soubera que fazer amor com ele era um erro, mas não suspeitara que levaria as coisas tão longe a ponto de pensar em casamento.
— Não posso me casar com você — balançou a cabeça para reforçar a recusa.
— Por que não?
— Não funcionaria.
— Por que não funcionaria? Estamos vivendo juntos por quase meio ano e não pode dizer que não nos damos bem. Tivemos grandes momentos. Brigamos, é claro, mas isso é a metade da diversão. E não pode dizer que não me ama porque sei que sim. — A voz era grave quando terminou.

Anahi olhou-o em silenciosa consternação. Tentara tanto não deixá-lo saber, mas ele vira através de suas fracas defesas, mesmo assim, demolira todas as muralhas que construíra. Não podia continuar lá, tinha de partir imediatamente, afastar-se enquanto podia.
— Não há sentido em falar nisso — soltou-se dele e se afastou. — Vou embora hoje.
Depois de se livrar da mão, sabia que ele não seria capaz de alcançá-la. Sua consciência doeu por deixá-lo sozinho e voltar para casa sem ajuda... e se caísse? Mas seu demônio interno a obrigava e tinha de obedecer. Foi diretamente para seu quarto e começou a tirar as roupas do closet. Foi rápida e eficiente; tinha todas as peças sobre a cama, em pilhas arrumadas, então viu que não caberiam nas duas malas que levara. Teria de deixar algumas coisas lá ou comprar mais uma mala. E para fazer isso, precisaria pedir que alguém a levasse de carro... não, no que estava pensando? Poderia chamar um táxi, não precisaria pedir nada a ninguém.
— Anny, não vai partir — disse gentilmente da porta — guarde tudo de volta e se acalme.

— Preciso partir, não tenho mais nenhum motivo para ficar. — Perdera tempo dizendo que ficasse calma. Estava completamente calma e sabia o que precisava fazer.
— Não sou motivo suficiente para você ficar? Você me ama. Sei disso há muito tempo. Está em seus olhos quando me olha, em seu toque, sua voz, em tudo. Você me faz sentir com três metros de altura, querida. E, se ainda precisasse de prova, tive quando me deixou fazer amor com você. Não é mulher para se entregar a qualquer homem sem amor. Você me ama, mesmo que seja teimosa demais para dizer.