Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy

— Eu disse — a voz era abafada pela dor. — Sempre me apaixono pelos meus pacientes. É praticamente certo.
— Não vai para a cama com todos os seus pacientes, vai? — Já sabia a resposta, não precisava do pequeno movimento de negação que fizera com a cabeça e do sussurrado não para ter certeza.
— Não é só do seu lado — murmurou, aproximando-se dela por trás para Circundar sua cintura com os braços. — Amo você, tanto que dói. Você me ama e eu a amo; casarmos é a conseqüência natural.
— Mas não me ama! — Gritou, perdendo o controle ao ouvir as palavras preciosas. Era injusto ser tão castigada por amá-lo, mas tudo tinha um preço. Por ousar transgredir, teria de pagar com o coração. Começou a lutar para se libertar dos braços que a seguravam, mas apenas a apertou mais, não o bastante para machucá-la, mas para mantê-la presa. Depois de um momento de esforço inútil, deixou a cabeça cair no ombro dele. — Você apenas acha que me ama — chorou, a voz rouca com as lágrimas presas na garganta. — Já passei por isso antes; um paciente se torna tão dependente de mim que confunde seus sentimentos com amor. Não vai durar, acredite em mim. Não me ama realmente, só sou o único brinquedo em seu playground agora. Quando voltar ao trabalho, verá outras mulheres e tudo voltará à proporção certa. Seria horrível se me casasse com você e então descobrisse que foi tudo um erro.
— Sou um homem — a voz era lenta — houve outras mulheres que desejei, que despertaram meu interesse, mas me dê o crédito de ter a inteligência para saber a diferença entre o que senti por elas e o que sinto por você. Quero estar com você, conversar, brigar, vê-la rir, fazer amor. Se isto não é amor, doçura, ninguém jamais saberá qual é a diferença.
— Saberei qual é a diferença e você também. Suspirou, impaciente.
— Ainda continuará a não ouvir, não é? Então vamos fazer um acordo. Está disposta a fazer um acordo?
Olhou, desconfiada.
— Depende.
Sorriu mesmo enquanto balançava a cabeça.
— Qualquer um imaginaria que sou um assassino em série pela forma como me olha. É um acordo simples. Diz que, quando eu sair mais e vir outras mulheres e compará-las a você, perceberei que tive apenas uma paixonite por você. Por outro lado, digo que a amo e continuarei a amá-la, independentemente de quantas mulheres eu conheça ou veja. Para resolver o assunto, tudo o que tem a fazer é ficar até eu ter a oportunidade de fazer a comparação. Simples?
Ela deu de ombros.
— Estou vendo o que há no acordo para você, vence de qualquer maneira. Sei que pretende dormir comigo e, para ser honesta, sei que se ficar, é exatamente isso que vai acontecer. Se decidir que foi apenas um entusiasmo passageiro afinal, então não perdeu nada e teve uma parceira de cama enquanto pensava.
— Há alguma coisa nisto para você também — sorriu e o brilho malicioso em seus olhos o denunciou. Poderia ter batido nele, mas parecia que sempre conseguia fazê-la rir, não importava o quanto estivesse aborrecida.
— Eu sei, eu sei — começou a rir — também posso dormir com você.
— Não é um acordo assim tão ruim — disse, sem modéstia nenhuma.
— Tem uma boa lábia, sr. Herrera— continuou a rir, apesar do esforço que fazia para parar.
— Não é tudo o que tenho de bom — estendeu a mão, puxou-a para seu corpo, e seus lábios encontraram a curva do pescoço dela. Anahi estremeceu e suas pálpebras se cerraram para esconder os olhos. — Pense nisto como uma terapia — encorajou — uma espécie de recompensa por seu conhecimento terapêutico. Deu-me uma razão para viver e lhe mostrarei como viver.
— Egoísta.
— Honesto.
— Não posso fazer isso.

Sacudiu-a, então puxou de volta para ele e começou a sitiar sua boca, derrubando a barreira dos dentes e tomando o tesouro que estava além dela.
— Fará isso — insistiu suavemente — porque me ama. Porque preciso de você.
— Passado: precisou de mim. Isso ficou no passado. Agora está por conta própria e se saindo muito bem.

— Não me sairei bem se me deixar. Juro que voltarei para a cadeira de rodas e não me levantarei mais. Não trabalharei, não comerei e não dormirei. Preciso que cuide de mim:
— Chantagem não vai funcionar — advertiu, tentando não rir de novo.
— Então terei de tentar outra tática. Por favor. Fique por mim. Eu a amo e você me ama. E se estiver errada? E se for tão louco por você daqui a dez anos como sou agora? Vai jogar fora esta oportunidade só porque tem medo de acreditar que isto pode acontecer?