Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy

Os dias de dezembro foram os mais felizes de sua vida. Conhecera a paz e o contentamento, uma vitória bem grande sobre o terror a que sobrevivera, mas com Alfonso era verdadeiramente feliz. A não ser pela ausência de uma cerimônia, podia já estar casada com ele e a cada dia que passava a idéia de ser sua esposa se aprofundava mais em sua mente, mudando de impossível para implausível, então para possível e daí para um amedrontado e esperançoso talvez. Recusava-se a se deixar ir além, com medo, mas começou a sonhar com uma longa extensão de dias, até mesmo anos que se seguiriam daquela maneira e se encontrou pensando em nomes de bebês.
Levou-a para fazer compras de Natal, uma coisa que jamais fizera na vida. Ninguém nunca tinha sido tão próximo a ponto de lhe dar ou receber dela um presente e quando Alfonso descobriu isso, embarcou numa cruzada para tornar seu primeiro Natal de verdade, algo que ultrapassasse qualquer coisa que ela imaginasse.
A casa foi decorada numa mistura única e nem sempre lógica de estilos tradicional e do deserto; cada cactus foi enfeitado com fitas coloridas e até mesmo com bolas decorativas de vidro, se os espinhos tivessem o tamanho para suportá-las. Mandou buscar de avião azevinho e visgo e os manteve na geladeira até a hora de colocá-los e Alberta entrou no espírito da estação procurando livros de culinária com receitas típicas de Natal.
Percebeu que todos estavam se dando a tanto trabalho por ela e estava determinada a se jogar completamente nos preparativos e na felicidade. De repente, pareceu que o mundo estava cheio de pessoas que gostavam dela e de quem gostava.
Estava com um pouco de medo de que a constrangesse dando muitos presentes valiosos e ficou deliciada e aliviada quando começou a abrir seus presentes e viu que eram pequenos, simpáticos e até engraçados. Uma caixa longa e chata, que poderia conter relógios ou um bracelete caro mostrou, em vez disso, um conjunto de minúsculos talismãs que a fez rir: a miniatura de um peso, de um tênis de corrida, de uma faixa antitranspirante, de um frisbee, de uma taça de troféu e de um sino de prata que tocou quando o balançou. Outra caixa semelhante continha a correntinha onde os talismãs seriam pendurados; um terceiro presente foi um livro que ela pegara numa livraria na semana anterior e então descartara e esquecera de levar na confusão das compras.
Uma mantilha negra de renda flutuou sobre sua cabeça e ergueu os olhos para sorrir para Christopher, que a observava com uma expressão estranhamente terna nos frios olhos cinzentos. O presente de Dulce a fez arquejar e rapidamente guardar na caixa, enquanto Dulce ria e Alfonso imediatamente se aproximava para arrancar a caixa da mão dela e mostrar seu conteúdo: uma peça de roupa muito íntima com cortes em forma de coração em lugares estratégicos.
— Foi uma coisa que esquecemos quando comprou todas aquelas coisas para sua guerra particular — disse Dulce com expressão inocente, os olhos verdes tão límpidos como os de uma criança.
— Ahhh, aquelas roupas — Alfonso suspirou, feliz. Anahiarrancou das mãos dele o corpete... a coisa... o que fosse... e o guardou na caixa, o rosto vermelho.
— Por que estão todos olhando para mim? — Quis saber, desconfortável. — Por que não estão abrindo seus presentes?
— Porque é tão linda de se olhar — a voz dele era muito suave e se inclinou para que apenas ela o ouvisse. — Seus olhos brilham como os de uma garotinha. E tenho outra coisa para você... desembrulhar mais tarde. Está interessada?
Olhou-o, as pupilas negras tão dilatadas que quase obscureciam as margens douradas.
— Estou interessada — murmurou, o corpo já excitado ao pensamento de fazerem amor mais tarde, quando estivessem deitados juntos, corpos unidos na cama dele.
— É um encontro — sussurrou Alfonso .
O resto dos presentes foi aberto em meio a risadas e agradecimentos; então Alberta serviu rum quente com manteiga. Anahi raramente bebia; tinha aversão ao álcool que datava de sua infância, mas tomou porque estava feliz e relaxada e, de repente, as antigas restrições não importavam tanto. A bebida desceu suave por sua garganta, aquecendo-a, quando terminou tomou outra dose.

Depois que Dulce e Christopher partiram, Alfonso ajudou-a a subir a escada, um braço firme em torno de sua cintura apoiando-a. Ria suavemente e ela se debruçou nele, deixando-o suportar a maior parte de seu peso.
— O que é tão engraçado? — Perguntou, sonolenta.
— Você. Está meio embriagada e é linda. Sabia que está com o sorriso mais doce e sonolento do mundo pelos últimos quinze minutos? E não ouse dormir em cima de mim, pelo menos até depois do nosso encontro.