Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy

Parou na escada e se virou toda nos braços dele, enroscando-se em seu corpo.
— Sabe que não o perderia por nada no mundo — ronronou.
— Vou cuidar para que não o perca.
Deixou que a convencesse a usar o corpete escandaloso que Dulce lhe dera e fez amor com ela enquanto o vestia, então mesmo aquela tira de tecido pareceu ficar em seu caminho e a tirou.
— Nada é tão adorável como sua pele — sussurrou, espalhando beijos por seu ventre.
Sentia-se entorpecida, tonta, mas seu corpo pulsava, arqueando instintivamente para receber as estocadas rítmicas que a levaram para o paraíso e além, quando parou de beijar todo o seu corpo e a penetrou. Quando terminaram, ficou deitada, fraca e trêmula, e protestou num murmúrio quando saiu do lado dela.
— Voltarei logo — garantiu, e voltou, o peso do corpo pressionando o colchão de um modo já tão familiar. Sorriu e moveu a mão para tocá-lo de leve, tudo sem abrir os olhos.
— Não durma — advertiu Alfonso — ainda não. Não desembrulhou seu último presente.
Ela conseguiu abrir as pálpebras pesadas.
— Mas pensei que fosse... quando fizemos amor, pensei que isto... — murmurou confusa.
Ele riu, passou o braço pelas costas dela e a fez se sentar.
— Estou feliz por ter gostado, mas tenho outra coisa para você. — Colocou outra caixa-longa e fina na mão dela.
— Mas já me deu tanta coisa — protestou, acordando à sensação da caixa.
— Não como isto, é especial. Vá em frente, abra.
Ficou sentado ao lado dela, o braço ainda em torno de seu corpo e observou o seu rosto enquanto ela mexia no papel dourado, os dedos ágeis de repente desajeitados. Ergueu a tampa e olhou, muda, para o simples pingente numa fina corrente de ouro que repousava no leito de cetim como uma teia dourada. Um coração vermelho-escuro, com a superfície plana, estava pendurado à corrente.
— É um rubi — gaguejou.
— Não — corrigiu gentilmente, tirando-o da caixa e pendurando-o no pescoço dela — é meu coração. A corrente era longa e o coração de rubi escorregou e descansou entre os seios dela, brilhando com um fogo escuro contra a pele cor de mel. — Use-o para sempre — os olhos não se afastavam das curvas luxuriosas, que o presente usava como um travesseiro. — E meu coração estará sempre tocando o seu. — Uma lágrima única, cristalina, escapou dos cílios dela e desceu pelo rosto. Ele se debruçou e a aparou com a língua. — Um anel de noivado não seria bom o bastante para você, assim estou dando um coração de noivado. Vai usá-lo, querida? Vai se casar comigo?
Observou-o com olhos tão grandes e profundos que pareciam afogar o mundo inteiro. Por um mês, partilhara sua cama, tentando se preparar para o dia em que não estaria mais lá, saboreando cada momento com ele na tentativa de armazenar lembranças como um esquilo armazena bolotas para o inverno. Tinha tanta certeza de que perderia o interesse nela, mas cada dia que passava a procurava, tomava nos braços e dizia que a amava. Talvez não fosse um sonho, afinal, mas a realidade. Talvez pudesse ousar acreditar.
— Sim — ouviu-se dizer, trêmula, enquanto seu coração e anseios venciam seu cérebro e imediatamente tentou recuperar o terreno perdido ao acrescentar: — mas me dê tempo para me acostumar com a idéia... isto ainda não me parece real.
— É muito real — murmurou, deslizando a mão por seu peito até que um seio cheio e quente encheu sua mão. Estudou a total perfeição da carne suavemente cruzada por veias finas, o mamilo pequeno e rijo e cor de cereja que reagia instantaneamente a seu mais leve toque e o corpo dele começou a enrijecer com a necessidade familiar que nunca parecia desaparecer. Gentilmente, deitou-a nos travesseiros. — Não me importo com um noivado longo — disse, distraído. — Duas semanas me parecem suficientes.
— Alfonso ! Estava pensando em termos de meses, não semanas!
Olhou-a rapidamente; então viu a incerteza amedrontada na expressão dela, seu olhar suavizou e a boca se abriu num sorriso.
— Então escolha o dia, querida, desde que não seja o Dia da Marmota ou o Primeiro de Abril.
Tentou pensar, mas a mente ficou subitamente nublada com a sensação das mãos rijas em seu corpo e desceram e um dedo a penetrou, fazendo-a sentir uma onda de prazer.

— May Day — disse, ofegante.
Ficou desconcertado também, seus sentidos tomados pela rica beleza da mulher sob sua mão enquanto tentava encontrar o sentido das palavras dela.
— Mayday? — Ficou intrigado e um pouco chocado. — Está pedindo socorro?
— Não... May Day, não mayday — explicou, exagerando as palavras para. que ouvisse a pausa. — Primeiro de maio.