Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy

Era assim que a via? Como forte e confiante? Não percebera que era assim apenas no que dizia respeito a sua profissão, que internamente era uma aleijada, sem­pre temerosa de deixar qualquer um se aproximar? Era estranho que Christopher , astuto como era, tivesse sido in­capaz de vê-la como realmente era.

— E agora? — Perguntou Anahi, ainda insegura.

— Vou sempre admirá-la — riu — mas esta visita é apenas para a paz de espírito de Dulce. Estava certa o tempo todo; eu a amo e estava punindo-a porque con­tava com Alfonso e não comigo. Admito francamente que era ilógico, mas as pessoas apaixonadas não são lógicas.

— Queria que tivesse certeza antes de voltar para ela.

— Isto mesmo. E tenho certeza. Adoro esquiar, mas passei todo o tempo em que estive em Aspen desejando que estivesse comigo. Devia pendurar urna tabuleta como doutora em psicologia — ele riu, passou o braço em torno do ombro dela e a abraçou.

Levou-o até a porta e se despediu, contente por ter solucionado seus problemas, mas também deprimida ao pensamento de que fora envolvida neles, por mais que seu papel tivesse sido inocente. Voltou para o pátio e se sentou de novo. Estava cansada, tão cansada daqueles meses de tensão emocional. Fechou os olhos e ergueu o rosto para o sol de inverno, deixando os pensamentos voar.

— Por quanto tempo ficou aqui?

A voz áspera cortou o ar e ela pulou, levantou-se e se virou para olhar para Alfonso.

— Você... voltou mais cedo — gaguejou.

— Eu sei — a voz era tão dura e fria como a expressão no rosto. — Não pude passar muito tempo com você ul­timamente e quando consegui terminar as coisas mais cedo hoje, decidi fazer uma surpresa. Não tinha a inten­ção de interromper nada — terminou com uma expres­são de desdém.

Uma sensação de náusea a fez engolir antes de res­ponder.

— Não interrompeu — disse apenas, e ergueu o quei­xo. De súbito, soube que era aquilo, que usaria a visita de Christopher como uma justificativa para romper o noivado e não pode suportar ouvi-lo dizer coisas que partiriam o coração. Ficaria partido de qualquer maneira, quando fosse embora, mas não queria a lembrança de palavras duras entre os dois. — Esteve aqui menos de cinco minu­tos — disse, distante, e ergueu a mão.para impedi-lo de falar antes que pudesse começar. — Ele e Dulce superaram suas diferenças e quis conversar comigo. Para dizer a verdade, foi ela que o mandou vir aqui, mas pode ligar se não acredita em mim.

Os olhos dele se tornaram mais intensos e deu um passo em direção a ela, a mão se estendendo. Anahi deu um passo para trás. Tinha de ser agora, antes que a to­casse. Podia não amá-la, mas sabia que a desejava e, en­tre os dois, um toque levava inevitavelmente ao sexo. Esta era outra coisa que não conseguiria suportar, fazer amor sabendo que seria a última vez.

— Agora é um momento tão bom como qualquer outro para lhe contar — disse, ainda naquela voz remota, o rosto uma máscara sem expressão. — Aceitei outro caso e vou partir em alguns dias. Pelo menos, estes eram meus planos originais, mas agora acho melhor partir amanhã, não acha?

A pele dele se esticou sobre seus malares.

— O que diz? — Havia certa ferocidade na voz.

— Que estou rompendo nosso noivado — lutou para abrir o fecho delicado na nuca e finalmente conseguiu. Pegou o coração de rubi e o estendeu para ele. Mas não o pegou, apenas a olhou, o rosto pálido.

— Por quê? — As palavras saíram entre os dentes cer­rados e os lábios mal se moveram.

Suspirou, cansada, e passou a mão na testa.

— Não percebeu ainda que não me ama?