Fanfic: Desperte comigo (adaptada) aya finalizada | Tema: ponny e vondy

Sua dor de cabeça estava pior; enquanto tropeçava pelo quarto tentando juntar as roupas, precisou se segu­rar diversas vezes na mobília para se impedir de cair de joelhos. A mente estava enevoada, os pensamentos mis­turados e nada fazia muito sentido, a não ser a necessi­dade avassaladora de partir. Tinha de ir embora antes que fosse mais ferida porque achava que não consegui­ria mais viver se mais alguma coisa acontecesse.

— Pare — ordenou, uma voz baixa e uma das mãos segurou-lhe o pulso, tirando-lhe dos dedos a lingerie que jogava descuidadamente dentro da mala. — Pode fa­zer as malas mais tarde, quando estiver se sentindo me­lhor. Está com dor de cabeça, não está?

Annie virou a cabeça para olhá-lo e quase caiu quan­do sua visão nublou de modo alarmante.

— Sim — murmurou.

— Foi o que pensei. Observei-a enquanto pratica­mente engatinhou para subir a escada. — Colocou o braço em torno da cintura dela, um toque curiosamen­te impessoal, e a levou para a cama que haviam partilha­do por tantas noites. — Vamos, precisa dormir um pouco. Você me surpreende; não pensei que pudesse ser domi­nada pelos nervos, mas esta é uma dor de cabeça de tensão. — Os dedos se moveram na frente da blusa dela, tirando os botões de suas casas, e tirou a peça.

— Quase nunca fico doente — desculpou-se. — Sinto muito.

Permitiu que desabotoasse seu sutiã, jogando-o para o lado. Não, não era uma questão de permitir que fi­zesse qualquer coisa. A verdade é que não se sentia ca­paz de lutar para saber quem lhe tiraria as roupas e precisava demais do sono que sugerira. Não era como se nunca tivesse visto cada centímetro de seu corpo. Deitou-a na cama, desabotoou sua calça, passou um braço pelas costas dela e a ergueu para puxá-la pelos quadris. Os sapatos saíram junto com a calça; então as mãos subiram de novo e rapidamente tiraram a calci­nha que era a última peça.

Então a virou de bruços gentilmente e suspirou quando ele começou a massagear os músculos tensos do pescoço.

— Estou devolvendo o favor — murmurou. — Apenas pense em todas as massagens que me deu. Relaxe e durma, está cansada, cansada demais para fazer qualquer coisa agora. Durma, querida.

Dormiu, profundamente e sem sonhar, sedada pelos dedos fortes que retiravam a tensão dolorosa de suas costas e ombros. Estava escuro quando acordou, mas a dor de cabeça desaparecera. Sentia-se tonta e desorien­tada e piscou quando um vulto escuro se levantou de uma cadeira ao lado da cama.

— Está se sentindo melhor? — Perguntou Alfonso.

— Sim — afastou os cabelos pesados do rosto. Acen­deu o abajur e se sentou na beirada da cama, observando-a com olhos entrecerrados como se avaliando por si mesmo como ela se sentia.

— Obrigada por cuidar de mim — disse, desajeita­da. — Vou fazer as malas agora e partir para um hotel...

— É tarde demais para ir a qualquer lugar esta noi­te — interrompeu. — Dormiu por horas. Alberta guar­dou um prato quente para você, se tiver vontade de comer. Acho que deve tentar ou ficará doente de novo. Não percebi quanta tensão você estava vivendo — acres­centou, pensativo.

Estava com fome e se sentou, segurando o lençol contra o corpo.

— Acho que poderia comer um boi. Ele riu suavemente.

— Espero que aceite alguma coisa menor do que um boi inteiro