Fanfic: Além do Bosque - Adaptada AyA [ FINALIZADA ] | Tema: Anahi e Alfonso, Ponny

Anahi entrou como um furação dentro da pequena casa, seu coração ainda batia forte e sua respiração estava um pouco alterada. Ela tentou relaxar, respirando fundo algumas vezes, mas não teve muito resultado, já que Alfonso entrou logo depois dela… Eles se entreolharam dos pés a cabeça, estavam pingando, com os cabelos molhados, os corpos seminus e as respirações um pouco ofegante… A loira, sem entender, sentiu seu corpo arrepiar só de imaginar Alfonso a abraçando, passando as mãos em suas costas, beijando seu pescoço. E para tentar afugentar seus loucos pensamentos ela foi direto ao forninho a lenha.

Any: Acho que já deve está quase pronto. – disse meio tensa abrindo o forninho.

Poncho: É… deve… – Ele também estava tenso.

Any: É, acho que só mais uns cinco ou dez minutos e já podemos comer. – Ela disse ao furar o bolo com um garfo.

Poncho: Vamos esperar então.

Any: Eu vou… pegar o violão. – Ela não sabia o que dizer e nem o que fazer.

Anahi entrou no quarto pegando o velho e inteiro violão ao lado da cama, logo voltando para o outro cômodo, onde Alfonso fechava o forninho e se virava para ela.

Any: Vem… – foi em direção a varandinha da frente, fazendo ele ir atrás. – Vamos ficar aqui fora enquanto nos secamos e esperamos o bolo ficar pronto. Já molhamos o bastante lá dentro. – Ela disse ao sentar-se no chão da varando com o violão no colo.

Poncho: E vai tocar para mim enquanto isso? – Ele sorriu feliz ao sentar de frente para a loira.

Any: Vou sim, eu vou tocar e você vai cantar… – Sorriu meio maliciosa.

Poncho: Ah não… Não sei cantar… – Ele pareceu ficar com vergonha.

Any: Ficou com vergonha de novo? – Sorriu com vitoria. – É tão difícil te ver com vergonha! – Ela riu feliz.

Poncho: Não acho isso engraçado. – Ele revirou os olhos.

Any: Eu acho… – Ela riu, fez uma pausa e posicionou o violão. – Então, você canta e eu toco? – Ela sorriu de um jeito diferente, como se pedisse por favor.

Alfonso sentiu seu coração acelerar com aquele pequeno pedido, e mesmo com toda a vergonha do mundo em cantar assim, ele parecia não conseguir resistir em dizer sim. E sem pensar muito ele afirmou com a cabeça concordando com o pedido.

Poncho: Qual você vai tocar? – Perguntou curioso.

Any: Você vai saber… Pode deixar que eu começo cantando e depois você continua… – Ela tocou umas três notas, fez uma pausa e sorriu para Alfonso como se perguntasse se poderia começar.

Anahi começou a tomar a introdução da musica, e logo começou a cantar Cheiro de Amor de Maria Bethânia. Assim que Alfonso viu qual musica era sorriu feliz, ao saber cantá-la. De inicio a loira impulsiva, e sem ‘medos’ ficou com certa vergonha, mas depois do terceiro ou quarto verso, ela já estava bem mais solta, assim como o moreno. Logo que terminaram de cantar juntos a ultima frase da musica, eles fizeram questão de se aplaudirem.

Poncho: Então era isso, você estava querendo esconder o jogo? Disse que “tocava um pouco” – disse impressionado com a voz e a habilidade de Anahí para tocar violão.

Any: Não… você quem canta bem e estava escondendo o jogo.

Poncho: Eu não. – corou de vergonha.

Any: Porque esta com vergonha Poncho? – perguntou sem entender. – Você é a pessoa mais sem vergonha e impulsiva que eu conheço. Não sei porque esta todo vermelho, sua voz é linda.

Poncho: Não quero falar disso… – riu ainda envergonhado. – Toca uma para mim?

Any: Depende, se eu souber.

Poncho: Se não souber você escolhe outra…

Any: Ta, então diz…

Poncho: Beija Eu de Marisa Monte…

Any: Olha… Para sua sorte, na ultima semana de férias, minha mãe trouxe uma revistinha nova de cifras, e tinha essa lá. – Ela disse posicionando o violão, acho que me lembro sim… – Ela tocou algumas notas em silencio tentando lembrar da ordem. – Pronto, me lembrei… – Ela sorriu para o moreno. – Você canta.

Poncho: Cantamos juntos. – Ele disse piscando para ela.

Any: Esta bem seu chato…

Logo Anahi começou a tocar a musica. E de um jeito totalmente descontraído, eles cantaram juntas, entre risadas e olhares… E a cada vez que eles cantavam ‘beija eu, beija eu, beija eu, me beija’ eles riam um para o outro, ora soltavam gargalhadas, outra ficavam tímidos… Naquele dia, naquele momento, cantando juntos, elas tiveram certeza que dali, não ia nascer apenas uma grande amizade, e sim um grande amor…