Fanfic: Corações Opostos | Tema: Rebelde,Chaverroni,Vondy,Ponny

            Aquele contato com Alex parecia preencher algo em Dulce de uma maneira que nem mesmo ela conseguia entender, ter Alex em seus braços lhe trazia uma felicidade a qual ela não conseguia compreender, ela acariciava levemente os cabelos dele enquanto depositava um leve beijo na cabeça do pequeno que a segurava com toda a sua força, depois de alguns segundos que pareciam horas eles finalmente desfizeram o abraço, Dulce e Alex se sentaram no sofá lado a lado, ela estará surpresa em ver o pequeno ali.

– Quer beber algo? Um suco? Uma agua? – perguntou Dulce segurando a mão do pequeno.

– Pode ser um suco. – ele respondeu.

– Ok – ela sorriu e mirou a Vanda que estará parada no canto da sala os observando. – Vanda por favor um suco de... – ela mirou a Alex pois não havia lhe perguntado o sabor – pode ser de melancia? – ele assentiu então ela voltou a olhar para Vanda. – Um suco de melancia. – Vanda assentiu e saiu da sala lhes deixando a sós. – e então... o que devo a visita?

– Eu... eu senti sua falta. – Dulce ao escuta-lo sentiu seu coração de certa força pulsar de alegria dentro de seu peito e um sorriso singelo surgiu em seu rosto.

– Sentiu falta de mim? – ela acariciou a mãozinha dele.

– Muita! – afirmou enquanto a mirava, ele estava ali frente a ela, tinha ensaiado muita coisa para dizer mas ali a olhando ele não conseguia dizer absolutamente nada, sua intenção era questiona-la por ter lhe abandonado, mas ali a olhando a única coisa que ele queria era implorar para que ela nunca mais o abandonasse. Ele a olhava fixo perdido em seus pensamentos.

– Alex?... – ao escuta-la ele piscou duas vezes e deu um meio sorriso – no que estava pensando? – perguntou.

– em você... – confessou. – em como eu não quero te perder nunca! – mesmo que aquelas palavras soaram como fofa para Dulce, também lhe intrigou, havia visto Alex uma única vez, como ele poderia quere-la tanto assim.

– eu... eu não intendo! – sussurrou ela lhe olhando.

– Sim você entende mamãe! – Vanda que vinha com o copo de suco na mão ao escuta-lo deixou que o copo escapasse de sua mão e se despedaçasse no chão. A tensão tomou conta daquela sala, Dulce parecerá estar em choque com o que acabará de escutar, será que ela havia escutado bem? Ele havia dito mamãe?. Dulce olhou para Vanda rapidamente e a viu ainda parada os encarando, talvez também estivesse se questionando sobre se havia escutado perfeitamente. Então ela parecerá despertar do transe em que estará e começou a corar.

– Me-me-me perdoem! Eu vou buscar algo para limpar essa bagunça. – então ela saiu rapidamente da sala. Dulce voltou a encarar Alex.

– Você me chamou de que? – ela o encarava com os olhos arregalados.

– de mamãe! Mamãe eu senti muito a sua falta, por que nos abandonou? Não vai mas nos abandonar né? Jura que não vai mais mamãe. – Dulce puxou todo o ar que poderia e depois soltou, aquelas palavras lhe causaram um embrulho no estomago, “mamãe”... ele havia lhe chamado de mamãe, como isso? Ela estará totalmente confusa.

– E-E-Eu... – ele a interrompeu.

– Por favor mamãe... por favor? – uma lagrima surgiu no olhar do pequeno e aquilo fez o coração de Dulce queimar. Vanda voltou a sala e começou então a limpar a bagunça a qual havia feito.

– Alex, eu... – ele se jogou nos braços dela antes que ela continuasse e então começou a chorar.

– Mamãezinha por favor mamãezinha, não me abandona nunca mais mamãe, eu te amo e eu sei que o papai também te ama, volta pra a gente mamãe, por favor. – Dulce o segurava em seus braços em silencio, ela não tinha reação, não sabia o que dizer, então assustada ela olhou para Vanda que no mesmo momento a encarou visivelmente confusa com a situação. Dulce voltou o olhar para Alex. – por favor mamãezinha... – Dulce foi lhe afastando aos poucos fazendo com que o menino a encarasse, os olhos dele estavam vermelhos e vestigios de lagrimas escorriam por seu rosto. Então Dulce cuidadosamente limpou as lagrimas do rosto do pequeno.

– Meu anjo... eu... eu não intendo o que esta acontecendo... mas... mas eu não sou sua mãe meu anjo, e você sabe disso pois... – ele a interrompeu.

– Por que esta fazendo isso mamãe? Não nos ama mais? Quer viver uma nova vida e esquecer eu e o papai? Por que esta mentindo mamãe?

– Eu... eu não sou sua mãe Alex... – ele a interrompeu

– MENTIROSA! – ele se levantou do sofá – você sempre me ensinou a não mentir, por que esta mentindo? – ela não sabia o que fazer, como agir com ele e isso a deixará nervosa.

– Pequeno, você sabe que não sou sua mãe... – disse de forma doce. – Quando ela se foi... bem... você já era grandinho.

– Não mente pra mim! – ele fechou os olhinhos e lagrimas escorreram pelas maças do rosto dele. Ele abriu seus olhos e pegou sua mochila que estará no sofá, abriu a mesma e retirou um porta-retrato do mesmo. Ele pois novamente a mochila no sofá e encarou o porta-retrato, e então o entregou a ela.

            Dulce assim que pegou o porta-retrato que o encarou, piscou três vezes e quase pediu para que alguém lhe beliscasse, a mulher da foto com um sorriso iluminado lhe lembrará bastante, a semelhança chegou ate mesmo lhe assustar, e um “Meu Deus” escapou de seus labios, ela analisava a foto perplexa, não conseguia acreditar em tamanha semelhança, a única diferença visivel na foto era a cor do cabelo já que a mulher da foto era ruiva, com os cabelos em um tom de vermelho intenso ao contrario dela que tem seus cabelos loiros, a semelhança era assustadora e Dulce já não sabia o que dizer, agora intendia o porque de Alex achar que ela era sua mãe. Ela se levantou do sofá segurando o porta-retrato e então caminhou ate Vanda em silencio e então entregou a ela o porta-retrato.

            Assim que Vanda pegou o mesmo e o olhou seus olhos arregalaram instantaneamente e provavelmente se ela estivesse segurando algum copo lhe deixaria cair novamente ao chão com toda certeza. Ela encarou a foto e depois a Dulce, depois encarou novamente a foto e depois voltou a mirar a Dulce.

– Meu pai amado, são identicas! – disse ela voltando a atenção para o porta-retrato.

– só muda a cor do cabelo. – comentou Dulce encarando a Vanda.

– Exatamente! – disse Vanda ainda perplexa. Então ela encarou a Alex. – essa é a sua mãe? – perguntou se referindo a mulher da foto.

– Sim, minha mãe! – disse ele dando um sorriso forçado e encarando a Dulce – Você é minha mamãe! – afirmou olhando para Dulce que balançou a cabeça negativamente.

– Não Alex... sabe, existem diversas pessoas parecidas no mundo... – ele a interrompeu.

– Mas você é a mamãe, não mente mãe, por que não quer mais ficar comigo? – ele novamente voltou a chorar, então Dulce caminhou ate ele e se abaixou em frente a ele.

– Meu Anjo, eu amaria ser sua mãe, queria muito poder dizer que sou eu, mas não sou, se fosse obviamente nunca iria lhe deixar... – ela suspirou – eu sinto muito... mas não chore... – ela abaixou o olhar e quando levantou novamente pode se ver lagrimas se formando em seu olhar. – te ver assim me parte a alma, juro que parte... mas infelizmente não posso mentir para você, amaria ser ela. – ela mirou o porta-retrato na mão de Vanda e depois voltou a olha-lo. – mas eu não sou. – uma lagrima rolou no olhar dela.