Fanfics Brasil - Um vizinho pefeito DyC [terminada]

Fanfic: Um vizinho pefeito DyC [terminada]


Capítulo: 15? Capítulo

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- Não fui ao supermercado ontem - explicou ele, sem conseguir deixar de pensar em Dulce. - Para jantar, geralmente faço um pedido a algum restaurante.


- Pelo mesmo telefone que você não atende? - Eu vou recarregar a bateria, Mandy.


 


- Espero que sim. Se pelo menos ele estivesse funcionando, agora estaríamos sentados a uma mesa do Four Seasons, tomando champanhe Cris­tal para comemorar. - Com um sorriso, acres­centou: - Fechei o contrato, Christopher. Rede de Al­mas vai se transformar em um grande sucesso do cinema. Terá os produtores que quiser, o di­retor que preferir e a opção de fazer o roteiro pessoalmente. Tudo isso regado a uma generosa quantia, claro.


- Não quero que estraguem o roteiro - foi a primeira reação dele.


- Isso só dependerá de você. - Mandy suspi­rou.


- Para não correr o risco de que algo não o agrade, faça você mesmo o roteiro.


Sem dizer nada, Christopher se aproximou da ja­nela, ainda tentando absorver a notícia. Um filme mudaria a perspectiva que a peça havia atingido no teatro, mas, por outro lado, geraria uma renda de milhões de dólares.


- Não quero me envolver demais nisso, Mandy. Toda aquela loucura do cinema não me agrada.


Ela serviu duas xícaras de café e se aproximou da janela, entregando uma a ele.


- Então faça apenas o trabalho de supervisão. Ou de consultoria, se preferir.


- Sim, acho que isso será suficiente para mim. Providencie tudo, está bem?


- Pode deixar comigo. Agora, se você conseguir parar de dar pulos de alegria, poderemos conver­sar sobre seu trabalho atual.


Christopher curvou os lábios, sem conter o sorriso.


 


Levado por impulso, deixou a xícara sobre o pa­rapeito da janela e segurou o rosto de Mandy entre as mãos.


- Você é a melhor e, com certeza, a mais pa­ciente empresária desse ramo.


- Está absolutamente certo. Espero que esteja tão orgulhoso de você quanto eu estou. Vai dar a notícia à sua família?


- Deixe-me primeiro digerir a idéia por al­guns dias.


- A notícia vai se espalhar logo, Christopher. Não vai querer que eles a recebam por outros meios, não é?


- Tem razão - anuiu ele. - Vou ligar para eles. - Com um sorriso, completou: - Depois de recarregar a bateria do telefone, claro. Por que não saímos para comemorar, tomando champanhe?


- Pensando bem, por que não? Ah, só mais uma coisa - falou Mandy, em um tom casual. - Não vai me dizer o que está havendo entre você e a bela garota do apartamento 3A?


- Não tenho certeza de que haja alguma coisa para dizer - respondeu Christopher, em um resmungo.


 


Christopher continuava a não ter certeza sobre aqui­lo quando bateu à porta de Dulce naquela mesma noite. Mas sabia que tinha de fazer alguma coisa a respeito daquela sombra de indignação e tristeza que vira nos olhos dela, horas antes.


Não que aquilo dissesse respeito a ela de algu­ma maneira, lembrou a si mesmo. Não pedira a ela que bisbilhotasse sua vida. De fato, fizera tudo para que ela se mantivesse afastada. Pelo menos até a noite anterior, concluiu ele, com um suspiro exasperado.


Sempre detestara agir por impulso, e fora justa­mente isso que fizera na noite anterior. Para come­çar, não deveria ter aceitado sair com ela. Ainda mais por um motivo tão idiota. E muito menos bei­já-la, ainda que por um motivo louvável: puro desejo.


Quando Dulce abriu a porta, Christopher estava mais do que pronto para um pedido de desculpas.


- Ouça, sinto muito - começou, com um certo tom de impaciência. - De qualquer maneira, isso não era da sua conta. Vamos apenas esclarecer as coisas.


Ele fez menção de entrar, mas parou de repente quando Dulce o deteve, levando a mão a seu peito.


- Não o quero na minha casa.


- Não diga tolices, Dulce, foi você quem come­çou. Talvez eu tenha deixado as coisas saírem um pouco do controle, mas...


- Comecei o quê?


- Isso!


Christopher levantou as mãos, aborrecido pela falta de palavras e detestando ver aquela sombra de tristeza no olhar dela.


- Tudo bem, eu comecei - Dulce admitiu. - Nunca deveria ter levado biscoitos para você. Sim, foi pura idiotice da minha parte. Também não deveria ter me preocupado em arranjar um em­prego para você e nem em lhe oferecer uma re­feição decente, por pensar que você não tinha con­dições de pagar uma.


 


- Droga, Dulce...


- Você deixou que eu pensasse tudo isso! - ela o interrompeu, furiosa. - Deixou que eu acreditasse que estava passando por dificuldades, que era um músico desempregado, e aposto que deve ter rido muito disso. O brilhante e premiado roteirista Christopher Uckermann, autor da magnífica peça Rede de Al­mas. Aposto que está surpreso por eu conhecer o seu trabalho. Uma idiota feito eu não anda por aí lendo críticas sobre peças de teatro.


Christopher continuou em silêncio, e ela o fez dar um passo atrás.


- Não é mesmo, Christopher? O que uma "dese­nhistazinha" de tiras cômicas de jornal iria en­tender de arte? Ainda mais sobre teatro, sobre literatura séria? Deve ter rido muito à minha cus­ta, não? Seu arrogante elitista! - A voz de Dulce falhou, sendo que ela havia prometido a si mesma que isso não aconteceria. - Eu estava apenas tentando ajudá-lo.


- Mas eu não pedi sua ajuda. Eu não queria sua ajuda.


Christopher notou que ela estava prestes a explodir em lágrimas. E quanto mais isso se evidenciava, mais furioso ele se sentia. Sabia muito bem como as mulheres usavam o choro para arrasar um ho­mem, e não deixaria isso voltar a acontecer em sua vida.


- Meu trabalho diz respeito apenas a mim - acrescentou.


- Seu trabalho é produzido na Broadway e, se você não sabe, isso o torna público – retrucou Dulce.


- Não tinha nada que andar por aí fingindo ser um saxofonista.


- Toco sax porque gosto de tocar, só isso. Não estava fingindo ser, alguma coisa, foi você quem deduziu isso.


- E você não fez a mínima questão de me esclarecer.


- E se eu tivesse feito isso? Eu me mudei para cá em busca de um pouco de paz e tranqüilidade. Queria ficar sozinho. Mas quando me dei conta, lá estava você me trazendo biscoitos, seguindo-me pela rua e me fazendo passar metade da noite em uma delegacia de polícia. Como se não bas­tasse, depois apareceu pedindo que eu saísse com você para se livrar do olhar bisbilhoteiro de uma mulher de setenta anos, só porque não tem coragem de dizer a ela para não se meter em sua vida pessoal. E quando pensei que já tinha visto tudo que poderia ver, qual não foi meu espanto ao receber a proposta de ganhar cinqüenta dólares por um beijo.


O sentimento de humilhação finalmente fez uma lágrima rolar pelo rosto de Dulce, enquanto uma espécie de nó se formava em sua garganta.


- Não comece com isso - disse Christopher.


- Quer que eu não chore vendo-o me humilhar desse jeito? Vendo você me fazer sentir idiota, ridícula e envergonhada? - Dulce não se importou com as lágrimas que começaram a molhar seu rosto. Simplesmente continuou a encarar Christopher com toda sua indignação. - Sinto muito, mas não sou tão fria assim. Ainda choro quando alguém me magoa.


- Foi você mesma quem pediu isso.


Christopher tinha de dizer aquilo. De fato, ele estava desesperado para acreditar naquilo.


- Você conhece os fatos, Christopher - disse ela, num fio de voz. - Tem todos eles à sua disposição, mas insiste em ocultar seus sentimentos por trás deles. Levei biscoitos para você porque pensei que poderia precisar de um amigo. Já me desculpei por havê-lo seguido, mas posso me desculpar novamente.


- Eu não quero...


- Ainda não terminei - Dulce falou com tanta dignidade que o fez sentir uma onda de culpa. - Levei-o para jantar porque não queria magoar uma senhora muito doce e por pensar que você poderia estar faminto. Gostei de sua companhia e senti algo diferente quando você me beijou. Na verdade, pensei que você também houvesse sen­tido. Portanto, você está certo - ela assentiu, en­quanto outra lágrima rolava por seu rosto. - Fui eu mesma quem pediu isso. Suponho que guarde todas suas emoções para o seu trabalho e que por isso não encontre uma maneira de aplicá-las em sua vida. Sinto muito por você. E sinto muito por haver pisado em seu solo sagrado. Nunca mais farei isso.


Antes que Christopher pudesse pensar em algo para responder, Dulce fechou a porta. Então ele ouviu as trancas sendo acionadas com fúria. Girando sobre os calcanhares, voltou para seu apartamento e seguiu o exemplo dela, também fechando as trancas da porta.


Finalmente tinha o que queria, disse a si mes­mo. Solidão. Quietude. Dulce não voltaria a bater à sua porta, não o interromperia, não o distrairia e nem o envolveria em conversas das quais ele não queria participar. Não lhe traria sentimentos com os quais ele não sabia o que fazer.


De pé, na sala vazia, suspirou alto. Estava exausto daquilo tudo.



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Autor(a): theangelanni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2103



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  • dayvondy99 Postado em 13/02/2015 - 16:04:42

    Amei a web! Amei tbm o jeito arrogante e sexy do Uckermann do 3B kkkkkkkk... seria bom uma 2°tempora ja que a web permite isso. Bjs :* ;D

  • jessikavon Postado em 01/11/2009 - 14:58:53

    Q mara posta a nova logo...adoreiiii

  • jessikavon Postado em 01/11/2009 - 14:58:52

    Q mara posta a nova logo...adoreiiii

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:45

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:43

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:40

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:26

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:50

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:48

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:45

    amei!!! *-*


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