Fanfics Brasil - Um vizinho pefeito DyC [terminada]

Fanfic: Um vizinho pefeito DyC [terminada]


Capítulo: 38? Capítulo

644 visualizações Denunciar


- Essa mulher é mesmo uma carrasca - res­mungou Daniel. –


 Bem, mas sente-se, rapaz, e diga­me como estão indo as coisas entre você e Dulce.


Alarmes soaram na mente de Christopher.


- Como estão indo as coisas?


- Ora, vocês são vizinhos, não são?


- Sim. - Christopher sentou-se, sentindo-se um pouco mais aliviado, mas não muito. - Nossos apartamentos ficam um em frente ao outro.


- Ela é linda como uma flor, não é mesmo?


- Vovô - ralhou Dulce, colocando a bandeja com chá sobre a mesa. - Não comece. Não faz nem dez minutos que Christopher está aqui.


- Começar o quê? - indagou Daniel, com ar inocente. Estreitando o olhar, acrescentou: -Você é bonita ou não é?


- Ah, sou adorável. - Ela riu e beijou-o no nariz. Aproveitando que estava perto dele, sus­surrou-lhe ao ouvido: - Comporte-se e eu colo­carei um pouco do meu uísque no seu chá quando ela não estiver olhando.


Os lábios de Daniel se curvaram em um amplo sorriso.


- Esta é minha garota.


- Não vai acreditar no sabor desses bolinhos, Christopher - emendou Dulce, satisfeita por haver conseguido subornar o avô.


- Nem eu mesma consigo imitar essa receita. Os daqui sempre ficam mais gostosos.


- Dulce é uma ótima cozinheira - falou Daniel, fazendo uma careta de desgosto ao ver Anna co­locar exatamente duas gotas de uísque em uma das xícaras, antes de entregá-la a ele. – Tem levado pratinhos com petiscos para ele uma vez ou outra, não é, querida? Como uma vizinha pres­tativa deve fazer.


- Ela preparou rocambole de frango para nós, ontem à noite - falou Matthew, enquanto pas­sava geléia de morango em um bolinho. Lembran­do-se de que havia prometido a Dulce que a "sal­varia" nos momentos críticos, acrescentou:


- Christopher, você quer uísque puro ou prefere chá?


- Vou querer o uísque, obrigado. Puro.


- E de que outro modo um homem deve tomá­-lo? - resmungou Daniel, olhando com desprezo para sua xícara de chá.


- Então já experimentou alguns dos dotes de nossa Dulce - perguntou ele, contendo o riso ao ver Christopher quase se engasgar com o bolinho.


- O que disse?


- Os dotes culinários de Dulce - esclareceu Daniel, com ar inocente. - Mulheres que cozi­nham tão bem como minha neta precisam ter uma família para alimentar, sabia?


- Vovô... - avisou ela, apontando o próprio uísque com discrição.


Quando um homem se encontrava dividido en­tre uma dose de uísque escocês e o futuro de sua neta, o que ele deveria escolher?, Daniel se per­guntou. Às vezes, era preciso fazer sacrifícios.


- Qual é o homem que não aprecia uma refeição quente e bem-feita? Estou errado, rapaz?


Christopher notou uma espécie de aura de perigo no ar.


- Não.


 


- Aí está! - Daniel bateu o punho fechado sobre a mesinha, fazendo a louça estremecer sobre a bandeja. - Uckermann é um sobrenome muito respeitado hoje em dia, não? E graças a você.


- Obrigado - Christopher agradeceu com cautela.


- Mas um homem de sua idade já deveria estar pensando em transmiti-lo a seus descendentes. Deve estar com trinta anos, não?


- Isso mesmo. - "E como diabos ele sabe dis­so?", Christopher se perguntou.


- Quando um homem chega aos trinta anos, deve começar a pensar em suas obrigações para com a continuação do sobrenome da família.


- Felizmente, ainda tenho alguns anos pela frente, antes de ser "sentenciado" - Matthew co­chichou ao ouvido de Dulce.


Ela lhe respondeu com uma discreta cotovelada.


- Faça alguma coisa! - pediu, por entre os dentes.


- Se ele começar com essa história para cima de mim, você é quem vai agüentar minhas recla­mações depois - avisou Matthew.


- Diga seu preço.


- Pensarei nisso depois. - Dizendo isso, ele não perdeu tempo em ocupar a poltrona próxima aos outros dois homens. - Vovô, por acaso, já lhe falei sobre a garota que conheci há pouco tempo?


- Garota? - Daniel pestanejou, distraindo-se da conversa com Christopher. Voltando-se para o neto, con­tinuou: - Que garota é essa? Pensei que estivesse ocupado demais, montando seus brinquedos de me­tal, para ter tempo de pensar em garotas.


- Penso nelas com mais freqüência do que ima­gina. - Matthew riu, levantando o uísque em um brinde. - Essa que conheci é muito especial.


- É mesmo? - Daniel se recostou na poltrona e cruzou as pernas. - Bem, deve ser mesmo para ganhar mais do que um ou dois olhares de sua parte.


- Oh, já faz algum tempo que estou de olho nela. O nome dela é... Lulu - Matthew inventou no último instante. - Lulu LaRue, embora eu desconfie que esse seja seu nome artístico. Ela é dançarina de mesa.


- Dançarina de mesa?! - bradou Daniel, en­quanto Anna escondia o riso com a mão, antes de continuar tomando o chá. - Ela dança nua em cima de mesas?


- Claro que dança nua! Que graça teria se fosse de outra maneira? Oh, vovô, e ela tem uma tatuagem tão interessante no...


- Nua! Uma dançarina nua e tatuada! Nem por cima do meu cadáver, Matthew Saviñon! Quer dei­xar sua mãe arrasada? Está ouvindo isso, Anna?


- Claro que estou, querido. Matthew, pare de brincar com seu avô.


- Seu desejo é uma ordem, vovó - gracejou ele, dando de ombros e rindo ao ver o avô estreitar o olhar. - Mas não vejo por que não posso na­morar uma garota que dança nua e que tem uma linda tatuagem no...


- Chega, Matthew! - ralhou Daniel, indigna­do, fazendo os outros disfarçarem o riso.


 


Muito tempo depois de a garoa haver cessado, de a noite haver caído e de Christopher haver apare­cido sorrateiramente em seu quarto para matar a saudade e testar a enorme cama de casal, Dulce suspirou alto.


O dia havia sido quase perfeito. Quase tão per­feito que ela se aninhou mais junto de Christopher, deitado ali, a seu lado. Então se permitiu imaginar que ele era um príncipe que havia escalado as paredes da torre do castelo para ir ao encontro dela. Para amá-la. Para ficar com ela para sempre.


- Diga-me uma coisa - sussurrou Christopher, re­laxado e desfrutando o calor do corpo de Dulce junto ao dele.


- Hum-hum - murmurou ela, em resposta. - Qualquer coisa.


- O que diabos significou toda aquela conversa com seu avô?


Dulce levantou a cabeça e afastou os cabelos do rosto. Então revirou os olhos.


- Oh, aquilo. Eu não o avisei antes porque tive a ingênua esperança de que não seria neces­sário. Reconheço que a culpa foi toda minha. - Passando a perna sobre as dele, ela o fitou por um momento. - Sabia que tem olhos lindos, Christopher? Eles são de um tom de azul diferente, como a cor da água do mar ao cair da tarde.


- Esse foi um comentário sincero ou apenas um artifício para fugir do assunto principal?


- Ambas as coisas. - Ela riu.


Porém, vendo que não teria como escapar das perguntas dele, Dulce se sentou, beijou-o e vestiu o robe que havia deixado ao pé da cama.


 


- Por que sempre se veste para conversar co­migo? - Christopher perguntou.


Dulce olhou-o por cima do ombro, parecendo sur­presa e acanhada ao mesmo tempo.


- Um impulso puritano latente?


- Incrivelmente latente - anuiu ele, sorrindo ao vê-la amarrar o robe com firmeza na cintura. - Agora, a respeito de seu avô e do súbito inte­resse dele pelo sobrenome da minha família... Ou, como ele disse durante o jantar, o "sangue forte" dos meus ancestrais...


- Bem, Christopher, você é escocês.


- Da terceira geração de minha família.


- Isso pouco importa no vasto e histórico es­quema das coisas. - Dulce serviu um copo de água. - Primeiro, quero me desculpar - disse, sem olhar para ele. - Espero que compreenda que meu avô não fez aquilo por mal. Ele age assim porque se preocupa conosco e não teria feito aquilo se não houvesse gostado de você.


Christopher sentiu um aperto no estômago.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): theangelanni

Este autor(a) escreve mais 24 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

- Feito o quê, exatamente? - Não me dei conta... Pelo menos, não até che­garmos aqui. Mas deveria ter prestado mais aten­ção - murmurou ela, sentando-se na cama e en­tregando o copo a ele, antes de tomar um pouco da água. - Na outra noite, quando você mencio­nou que já o conhecia e que ele havia su ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2103



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • dayvondy99 Postado em 13/02/2015 - 16:04:42

    Amei a web! Amei tbm o jeito arrogante e sexy do Uckermann do 3B kkkkkkkk... seria bom uma 2°tempora ja que a web permite isso. Bjs :* ;D

  • jessikavon Postado em 01/11/2009 - 14:58:53

    Q mara posta a nova logo...adoreiiii

  • jessikavon Postado em 01/11/2009 - 14:58:52

    Q mara posta a nova logo...adoreiiii

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:45

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:43

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:40

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:51:26

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:50

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:48

    amei!!! *-*

  • natyvondy Postado em 01/11/2009 - 13:50:45

    amei!!! *-*




Nossas redes sociais